𝐑𝐢𝐯𝐚𝐥 𝐓𝐞𝐚𝐦 | Charles Leclerc

#10

└─────── °∘ Sara Crumbleleg pov'

    Naquela noite, a agitação da cidade era visível. Luzes cintilantes, risadas e uma energia elétrica que parecia fluir pelas ruas da cidade. Estávamos no coração da movimentada cidade, Max e eu. A atmosfera era tão vibrante quanto a corrida que havíamos acabado de presenciar, a qual Leclerc ganhou, novamente.

   A adrenalina da corrida ainda pulsava em minhas veias quando nos dirigimos para uma boate próxima. Max e eu, lado a lado, como sempre. Desde que nos conhecemos, quando entrei na Fórmula 1, éramos inseparáveis. Ele sempre foi aquele amigo que estava lá nos bons e nos maus momentos, e essa noite prometia ser uma das melhores.    Adentramos a boate com a confiança que só os jovens têm, e eu sou uma jovem senhora. A música alta nos envolveu assim que cruzamos a porta de entrada da boate, e sorri ao ver Max animado com a batida já se movimentando e pegando um copo de alguma bebida duvidosa que o garçom estava passando. Ele sempre foi apaixonado pela vida noturna, quase todo dia me mandava fotos em lugares duvidosos.        Os pilotos e eu logo encontrou uma área reservada para nós, onde nos acomodamos com algumas bebidas não duvidosas dessa vez. As luzes dançavam ao nosso redor, criando um espetáculo hipnotizante que faziam minha cabeça latejar por não estar acostumada com o ambiente assim. Max estava animado, discutindo corridas e suas últimas vitórias com entusiasmo contagioso com as mulheres ali presentes, me deixando um pouquinho de lado.           Enquanto a noite avançava, nos perdemos na música e na companhia um do outro. Eu o via dançar, seu sorriso radiante iluminando o lugar. Max sempre teve esse dom de cativar as pessoas ao seu redor, seja nas pistas de corrida ou numa simples boate.Em um momento de euforia, decidimos nos juntar à pista de dança. Deixamos nossos copos vazios na mesa e nos lançamos na multidão pulsante. Max se movia com uma graça inesperada, seus passos tão coordenados quanto os de um piloto de Fórmula 1 em alta velocidade. Eu ri, admirada pela sua habilidade de se adaptar tão bem a qualquer situação. Nem sabia que ele era ótimo dançando bêbado.

   Aos poucos, me afastei vendo que uma morena lindíssima se aproximava dele e fui para a nossa mesa, pegando mais um pouco da bebida no baldinho.

─ Não sabia que gostava de festas assim... ─ A voz alta que Charles me fez arrepiar e eu olhei em sua direção na mesma hora que o arrepio correu por minha espinha.

─ Não gosto, vim por Max. ─ Falo sincera dando de ombros. ─ Não vai beber?

─ Não gosto, mas aceito dividir um copo com você... ─ Ele fala pegando o copo de minha mão e bebendo um pouco, logo fazendo careta e me fazendo rir. ─ Que porra tem aqui?

─ Vodka. ─ Ele arregala os olhos. ─ Com energético, relaxa. ─ Falo meio embolado por estar levemente alcoolizada.

─ Quer ir para o hotel?

─ Fazer o que lá? ─ Perguntei e bebi mais um gole.

─ Descansar. ─ Ela dá de ombros.

─ Não... ─ Falo e me viro procurando Max vendo o mesmo sair com a morena da boate. ─ Merda.

─ Max?

─ Com uma mulher lindaa! ─ Falo indignada por ele ter me deixado ali.

─ Eu te levo.

─ Não quero ir... ─ Insisto em ficar.

─ Eu fico até você querer ir, então. ─ Ele fala simples como se não se importasse me me esperar.

─ Vemmmm... ─ Falo deixando meu copo na mesa. 

─ O que? Para aonde?

─ Dançar, Leclerc! ─ Puxo ele até o centro da pista.

  Com alguns minutos, consegui fazer ele se soltar. As luzes coloridas dançavam ao ritmo da música eletrônica, e eu me deixava levar pela batida contagiante, assim como Leclerc. Estava ali, dançando e meu coração acelerado pela proximidade de seu corpo com o meu. Nossos corpos se moviam em perfeita harmonia, como se estivéssemos dançando juntos há anos. Charles tinha um jeito único de se mover, grácil e cheio de energia que eu não conhecia, e eu me sentia hipnotizada por sua presença magnética, pelos seus olhos verdes que me vigiavam de forma profana e maliciosa a cada segundo. Cada passo, cada movimento, era uma expressão da nossa conexão instantânea, a qual eu me abstenho de tentar explicar.

    Entre risos e sorrisos, senti uma faísca de eletricidade no ar. Era uma sensação incrível, estar ali com ele, compartilhando aquele momento maluco de nossa noite. E então, sem hesitação, nossos olhares se encontraram de uma maneira diferente, cheios de desejo, tesão e emoção. Em um instante de ousadia, Charles se aproximou, colocou as mãos em minha cintura e grudou nossos corpos e sem hesitar e seus lábios se tocaram aos meus em um início de um beijo suave, mas com muita vontade um do outro. Foi como se o tempo parasse ao nosso redor, a música ficasse lenta e as luzes apenas nos iluminasse, e por um momento, éramos os únicos no universo, entregues à um tesão que nos consumia.

     O beijo foi cheio de desejos ardentes, uma troca de emoções intensas que nos deixou sem fôlego. Era como se estivéssemos nos descobrindo um ao outro, explorando territórios desconhecidos, tudo em busca de cessar nossos desejos impuros e quando finalmente nos separamos, nossos olhares se encontraram mais uma vez, carregados de uma nova intimidade compartilhada. Era como se tivéssemos descoberto um segredo precioso, uma verdade que só nós dois conhecíamos, era palpável a faísca que saía da nossa conexão, dos nossos olhares.

    E assim, dançando e nos entregando ao calor da noite, eu soube que não era apenas um simples beijo, pelo menos para mim, era o início de algo extraordinário que ia acabar com minha cabeça muito em breve.

─ Quer ir embora? ─ Ele fala em meu ouvido com sua voz rouca.

─ Quero ir para o seu quarto. ─ Vejo ele sorrir malicioso e eu retribuo seu sorriso da mesma forma.

    O clima estava agradável, uma suave brisa noturna refrescava nossos rostos enquanto seguimos em direção ao hotel no carro de Charles. Entre pequenas conversas descontraídas e olhares profanos, sentíamos a eletricidade da conexão que se formara entre nós na boate. Com sua notável ousadia, ele coloca sua mão sobre minha coxa, a acariciando levemente, me fazendo arrepiar e morder meu lábio inferior, estava ansiosa para o que aguardava, com um pouco de medo também, mas nesse momento, eu não ligava mais.

e o hot? nada ainda?