𝐑𝐢𝐯𝐚𝐥 𝐓𝐞𝐚𝐦 | Charles Leclerc

#28

└─────── °∘ Sara Crumbleleg pov'

    Os últimos três meses foram uma montanha-russa emocional e física para mim. Desde o momento em que descobri que estava grávida, minha vida mudou de maneiras que eu jamais imaginaria. A notícia me pegou de surpresa, e, por mais incrível que seja, também trouxe uma série de desafios e ajustes que eu estava pronta para enfrentar.
    Quando o teste de gravidez deu positivo, fiquei em estado de choque. Era um turbilhão de emoções, do espanto à euforia, da ansiedade ao medo. Charles e eu não tínhamos um relacionamento fixo; nossos encontros eram casuais e cheios de uma química indiscutível, mas nada mais. Descobrir que eu estava grávida foi um balde de água fria, uma realidade que eu precisava processar sozinha antes de compartilhá-la com ele.

   Eu trabalhava como engenheira na Scuderia Ferrari, e o impacto da gravidez na minha carreira era algo que eu precisava considerar cuidadosamente. O início da gravidez foi particularmente desafiador. As náuseas matinais foram quase constantes e, para complicar ainda mais, o cansaço me atingiu de forma implacável. Cada dia parecia uma batalha para levantar da cama e enfrentar as tarefas mais simples. A comida estava se tornando um inimigo inesperado, eu mal conseguia comer algo sem sentir uma onda de enjoo. Naquele período, comecei a valorizar cada momento de descanso e me permiti aceitar a ajuda de quem estava ao meu redor, embora eu tentasse manter o foco em minha privacidade.
   Nos primeiros dias após contar a Charles e vir morar com ele, eu estava profundamente focada em manter minha saúde e o bem-estar do bebê. Como engenheira na Scuderia Ferrari, eu tinha um trabalho exigente e que demandava muita energia, especialmente durante a temporada de corridas. Comecei a encontrar maneiras de gerenciar o estresse e as demandas do trabalho enquanto tentava lidar com as mudanças físicas e emocionais da gravidez.
   Para lidar com a privacidade e minimizar a exposição midiática, eu tomei a decisão de me afastar das redes sociais e das aparições públicas. Isso me deu a liberdade de me focar em minha saúde e no bem-estar do bebê sem a pressão constante da atenção da mídia. A equipe na Ferrari foi compreensiva e solidária. Eles me ofereceram suporte e permitiram que eu ajustasse minha carga de trabalho para acomodar as necessidades da gravidez, o que foi um alívio imenso.
   Ficar em casa e lidar com as mudanças no meu corpo foi uma experiência singular. A sensação de que algo estava mudando em mim era constante, e eu comecei a perceber mudanças no meu corpo, como a crescente barriga e a necessidade de roupas mais confortáveis. Eu passei a cuidar de mim mesma com mais atenção, seguindo as orientações médicas e tentando me manter saudável. O trabalho na Ferrari, embora desafiador, também me ajudava a manter a mente ocupada e focada em algo positivo.

   Durante esse período, comecei a preparar a casa para a chegada do bebê. Arrumei um dos quartos, transformando-o em um espaço acolhedor e funcional. A decoração era simples, mas feita com muito carinho, eu escolhi cores suaves e móveis práticos, e comecei a comprar algumas coisas essenciais para o bebê, o qual vamos descobrir o sexo amanhã. Cada item que eu escolhia me fazia sentir mais conectada com a nova vida que estava prestes a começar.
   Charles continuava a ser uma presença intermitente em minha vida. Ele fazia o possível para estar presente quando podia, embora nossos encontros fossem esporádicos devido às suas responsabilidades profissionais. Eu apreciava seu esforço e seu apoio, mesmo que nossa situação não fosse ideal. Ele trouxe alguns presentes para o bebê e tentou participar das decisões, mesmo que à distância por conta das corridas.
   À medida que o terceiro mês começava, as náuseas e o cansaço começaram a diminuir, e eu comecei a sentir uma onda de energia renovada. Essa melhoria no meu estado físico me deu uma sensação de alívio e otimismo. Com mais energia, pude me concentrar melhor em minha preparação para a maternidade e na organização da casa.