26

116 23 0
                                    


CAPÍTULO VINTE E SEIS

A segunda-feira amanheceu comigo enfeitando com flores meu escritório, como de costume. Rosas cor-de-creme com as pontinhas tingidas de pêssego e framboesa. Unidas em espiral dentro de um límpido vaso de vidro, cercadas por folhas de hortênsia, que coroavam de verde os talos. O vaso estava posicionado no canto esquerdo de minha mesa de ébano, coberta de pilhas perfeitamente organizadas de pastas de papel manilha, todas identificadas por cor. Cada pasta pertencia a um lar, escritório ou espaço público diferente e continha estimativas de custo, projeções de valor, paletas de cores, amostras de tecidos e de materiais e referências estéticas. Cada uma contava a história de uma nova criação, de um sopro de vida em um espaço, fosse ele já existente ou novinho em folha. No entanto, hoje não era dia de soprar, e sim de sorver – sorver todas as novidades de Jillian, recém-chegada de Amsterdã.
Ela havia começado um pequeno negócio de consultoria em sua nova cidade, pegando um projeto de amigo aqui, outro ali, e parecia estar se adaptando bem à vida multinacional.
Mas agora estava de volta ao escritório principal e esperava ser colocada a par de tudo assim que pisasse nele. Embora sempre estivesse em contato por e-mail ou chamada de vídeo, quando voltava para casa, ela fazia questão de agarrar com unhas e dentes todo e qualquer projeto. Nós dois ainda estávamos nos adaptando a esse novo arranjo, mas ele vinha dando muito certo para ambos.
Tê-la de volta no escritório era ótimo; as coisas não eram as mesmas sem o clac-clac de seus saltos. Que eu agora escutei subindo as escadas, seguido das boas-vindas e dos cumprimentos de toda a equipe.
Saí da minha sala no exato momento em que ela pisou no corredor. Vestido preto sem mangas, botas over knee de couro de camelo com saltos impossivelmente altos, cabelo preso no coque chignon que era a sua marca registrada; ela estava elegante, maravilhosa e com uma cara ótima. E empolgada por estar de volta.
– Gato! Vem já aqui! – Jillian gritou, pousando a bolsa Chanel no chão e me puxando para um abraço perfumado.
– Como é bom ver você! – respondi, me lançando em seu abraço.
– Tenho presentinhos! – ela falou, me apressando até sua sala, que era limpa semanalmente durante sua ausência, para que nunca ficasse com cheiro de mofo ou de lugar abandonado. Isso seria inaceitável para nós.
– Você não precisa me trazer presentes toda vez que volta pra casa, sabe disso, né? – falei enquanto ela tirava algumas caixinhas de sua bolsa.
– Fecha a boca e abre isso! – ela instruiu, pousando uma caixa rosa em minha frente antes de se virar e se aproximar de seu aparato de chá, em um canto. – Sabe se temos…
– A água quente já está aí, acabei de encher. – Eu sabia que, assim que chegasse, Jillian iria querer uma xícara de chá.
– Você é o melhor.
– Já ouvi isso antes. E, puta merda!, onde você encontrou isso? – Ergui o par de broches pendentes. Repousadas em níquel escovado, havia contas em tons de rosa, pêssego, salmão, coral, fúcsia; todas as cores bafônicas em minha paleta favorita.
– Achei em uma lojinha minúscula em Roma e não resisti. Falei pro Benjamin: “São as cores do  Zhan”, e ele insistiu pra que  gente comprasse.
– Benjamin sempre teve uma quedinha por mim – provoquei, me referindo, na verdade, ao incontrolável estado de rubor que me tomava sempre que me achava na presença dele. Não só eu: Sophia e Mimi também tinham uma queda nada discreta pelo marido de Jillian.
– Experimenta logo os broches e para de imaginar as diferentes maneiras como você poderia agradecer a ele. – Com um brilho no olhar, ela soltou uma gargalhada. – Eu reparei nas pastas na sua mesa. O que acha de me atualizar sobre tudo durante o almoço?
E, com isso, Jillian estava oficialmente de volta. Tudo estava em seu devido lugar.
Na maior parte daquela tarde, nosso trabalho se deu em uma mesa de canto em nosso restaurante favorito em Chinatown: colocamos os assuntos de trabalho em dia entre porções de arroz fumegante e fofocas de escritório. Mesmo lá do outro lado do mundo, Jillian não deixava escapar quase nada. Mas ainda havia alguns babados para contar a ela, e, conforme a gente tagarelava, eu ficava cada vez mais relaxado.
– Me conta tudo sobre o casamento! – ela falou quando terminamos de tratar de tudo o que havia para tratar sobre o escritório.
Eu congelei, os hashis a meio caminho da boca.
– O casa… o quê?
– O casamento! Mimi e Ryan!
Levei os pauzinhos à boca, mastiguei e fiz que sim com a cabeça.
– Ah, claro, esse casamento.
– Fiquei arrasada por perder, mas na época eu e Benjamin estávamos tão loucos com a casa em Amsterdã que foi impossível voltar. – Ela misturou seu molho de mostarda. – Aposto que foi perfeito, não foi? Cronometrado até os milissegundos?
– O que é menor do que um milissegundo? – Resfoleguei e voltei a atacar os guiozas. Meu coração estava acelerado. Que diabos estava acontecendo?
– Eu não esperava outra coisa. Ela ficou na função de cada detalhezinho, ou conseguiu relaxar e aproveitar?
– Ah, ela aproveitou, pode acreditar! Foi um dia fantástico, apesar do desastre de última hora com o vestido.
– O que aconteceu?! – Jillian sugou ruidosamente seu macarrão.
– A Sophia estava com um enjoo matinal terrível… Na real, matinal, vespertino, noturno, pós-noturno, pré-matinal. Veio de repente e voilà: bem no vestido da Mimi.
– Mentira!
– Quem dera. Mas você conhece a Mimi. Ela tinha um vestido só para a festa, que acabou usando na cerimônia também.
– Eu teria morrido.
– Qualquer um teria! Mas, segundo a Mimi, se as celebridades podem ter mais de um vestido de casamento, ela também pode. – Eu ri com a lembrança. – Ela ficou arrasada mesmo com as sandálias… Por não ter pensado em um plano B para elas.
– Meu pai do céu, a Sophia não…
– A Sophia sim! Um jorrinho de vômito acabou nos Choos da Mimi. Isso sim a fez perder a cabeça. Até que o Ryan apareceu; aí ela se derreteu toda.
Jillian me lançou um olhar de surpresa.
– Como assim “o Ryan apareceu”? Antes da cerimônia? Eu sempre achei que a Mimi fosse super-supersticiosa com esse tipo de coisa.
– Oh, e ela é. Ela se escondeu atrás da porta para que ele não a visse. Mas aí, ai, meu Deus, Jillian, foi a coisa mais fofa! O Ryan falou que não via a hora de se casar com ela, de chamá-la de esposa, e então… Sandálias? Que sandálias?
– Ounn! – Jillian deixou escapar um suspiro.
– Sim, graças aos céus, ela não ligou de se casar descalça. Caso contrário, o padrinho aqui teria que ter batido perna pela cidade inteira atrás de sandálias novas. – Soltei uma risadinha.
– Ela entendeu. – O olhar de Jillian se tornou compassivo.
– Ela entendeu o quê?
– Ela se deu conta de que não era a cerimônia que importava, e sim o matrimônio, o vínculo. Ela. Ele. Juntos. Ela se casou descalça porque a única coisa que importava era ele. Aquele cara. E não seriam sandálias vomitadas que impediriam aquilo de acontecer.
– De fato, ela parecia mais zen depois do que rolou – falei, recordando a expressão no rosto de Mimi. – E um pouco safada.
– Lembro bem como é. – Jillian tinha uma expressão nostálgica agora.
– Oficialmente, eu deveria dizer “aaargh”. Mas, como estamos falando do Benjamin, não me poupe dos detalhes.
– Calado. Como estão as coisas entre você e Yibo ?
– Que sutileza para mudar de assunto. – Balancei a cabeça.
– Que sutileza para fugir do assunto. Como estão as coisas? – ela repetiu, caçando uma cenoura em seu prato.
– Não estou fugindo; as coisas estão bem. Muito bem. – Sorri ao pensar no sexo na varanda. E no sexo no corredor na noite anterior. E no sexo no banho naquela manhã. E…
– Pela sua cara, e pelo jeito como você está chupando esse rolinho-primavera, eu acredito que as coisas estejam muito bem – ela falou, contraindo os lábios.
– Você que perguntou.
– Eu que perguntei, não posso negar. Então… Amigos se casando, amigos tendo filhos… Isso tudo tem despertado algo dentro de você?
Apontei meu guioza para ela.
– Por acaso, tem uma placa nas minhas costas com os dizeres “Troco meus serviços por casamento”? Por que todo mundo tem me perguntado isso?
– Sério? Todo mundo tem te perguntado isso? – Foi a vez dela de apontar seu guioza para mim.
– Tá, não todo mundo. Mas parece que só se fala disso ultimamente. Sério, está no ar. Está na água. É bem possível que esteja nesse guioza.
– É aquela época da vida… Seus amigos estão entrando em uma nova fase. Quando meus amigos começaram a se casar e formar família, eu estava ocupada demais pra namorar. Minha vida se resumia ao Jillian Designs. Em cada casamento que eu ia, todo mundo me perguntava quem eu estava namorando, quando planejava me casar. É tipo: se uma se joga do penhasco, todas temos que nos jogar. – Ela bebeu seu chá e encolheu os ombros. – Desculpa, não era minha intenção te empurrar desse penhasco.
– Você não fez isso. Acho que demorei pra me dar conta de que as coisas estão mudando, só isso. É que a gente ainda é tão ridículo e imaturo às vezes… Fica difícil pensar que a Sophia e o Neil vão, tipo, ser responsáveis por uma pessoa agora. Uma pessoinha minúscula, mas, ainda assim, uma pessoa. – Com dificuldade para expressar o que eu queria dizer, apoiei a cabeça nas mãos. – Sei lá, acho que é bizarro que todo mundo esteja ficando velho.
– Ei. Ficar velho não significa ficar maduro. Neil, por exemplo, nunca vai ficar maduro. E ele aparece no noticiário, cara! – Jillian gargalhou.
– Você se arrepende de ter dedicado tanto tempo?
– Como assim?
– Naquela época, quando estava começando seu negócio. Se pudesse voltar no tempo, você teria preferido se casar mais cedo?
– Depende.
– Do quê?
– Se eu teria conhecido Benjamin mais cedo. Eu não pensava em me casar até conhecê-lo. E a gente demorou um tempão pra casar. Mas eu sabia que iria acontecer. Porque ele era o cara para mim. E felizmente eu tive a sabedoria de esperar pelo meu cara. – Ela sorriu para mim de uma maneira sugestiva.
– Você não acha que Yibo  é o seu cara?
O sorriso que se espalhou em meu rosto foi instantâneo – e amplo.
– Oh, Yibo  é o meu cara, não há dúvida.
– Então relaxa. E aproveita. Se dedica ao relacionamento de vocês dois e deixa seus amigos seguirem o caminho deles. Casamento significa coisas diferentes para diferentes pessoas, e nem todo mundo tem necessidade de casar. Algumas pessoas desejam aquele pedaço de papel, outras não precisam dele. Quem tem o direito de julgar o que é certo? Eu não, isso eu garanto. – Ela terminou de beber seu chá e fez um sinal para o garçom. – Agora, se você quer saber o que é certo quanto à escolha do sofá para a nova sala de cinema da Peggy Wimple, isso eu posso dizer com prazer. Porque você errou feio, queridinho. – Ela riu e espalmou sobre a mesa uma folha de um projeto cujo sofá eu havia acabado de encomendar.
– Vou te mostrar por que o nome do escritório é Jillian Designs.
E foi o que ela fez. E, quando terminou, eu não tive opção senão concordar.
▸ 🎕 ┈┈┈┈ 🎕 ┈┈┈┈ 🎕 ◂
Em casa, alguns dias depois
– Amor, onde foram parar os minilápis?
– Você sabe que essa frase nunca foi pronunciada antes, não sabe, Yibo ?
– Os lapisinhos que vieram com o Scattergories, sabe? Cadê?
– Ah. Então, acho que a Mimi quebrou todos na última noite de jogos. Você sabe que ela é uma péssima perdedora.
Nós iríamos receber nossos amigos para uma noite de jogos, para aproveitar que Jillian e Benjamin estavam de volta de Amsterdã. Sabíamos que esses encontros se tornariam mais raros depois que o bebê de Soph nascesse e, por isso, queríamos reunir o pessoal enquanto ainda era possível.
– Por que sempre sobra pra gente organizar a noite de jogos? – indagou Yibo , cuja cabeça despontou à porta do banheiro, onde eu tentava me aprontar.
– Porque nós temos a maior casa agora, o melhor espaço. Por isso.
– Ah, fomos convidados pra Filadélfia.
– A terra dos cheesesteaks? Não importa o motivo da viagem, a nossa resposta é sim!
– Sim para os cheesesteaks, ou sim para o convite?
– Eu não estava brincando quando falei que nossa resposta era sim independentemente do motivo. Mas, agora que você perguntou, para o que fomos convidados? – Torci para que ele não reparasse que a babação havia oficialmente começado.
– Haiukan, meu amigo do colégio, sabe? Você lembra do esposo dele, Zanjin, não lembra?
– Você está me zoando, né?
– Como assim? – ele perguntou, me fitando de um jeito curioso.
– Graças ao Zanjin, eu consegui o item mais valioso que existe nesta casa.
– Foi ele que te deu o vibrador novo?
– Jesus…
– Ah, o livro de receitas, claro…
Liu Zanjin, que tinha trabalhado no Food Network, me arranjara uma cópia autografada do livro de receitas da Condessa Descalça. Autografada pela Ina Garten. Dedicada a mim, veja bem; com votos de felicidade. Juro por tudo o que há de mais sagrado que estava escrito:
Para Xiao Zhan Felicidades, Ina
Pode morrer de inveja, eu aguardo. Já Yibo , não:
– Certo, então você lembra dele.
– Lembrar? Eu disse item mais valioso…
– Eu entendi, amor. Você não quer saber o que eles estão planejando? Ou vai ficar aí sonhando acordado com Ina e a cozinha dela?
– E eu. Na cozinha dela. Se você vai invadir meus sonhos, vamos pelo menos estabelecer o cenário correto. Eu e Ina estamos na cozinha dela, em sua casa nos Hamptons, cozinhando algo maravilhoso pra você e pro Jeffrey. Algo com frango assado, que ela vai me ensinar a cortar lindamente para servir. E cenouras assadas, que ela pronunciará com seu sutil sotaque nova-iorquino.
– Às vezes eu fico um pouco preocupado com você. – Yibo  esticou o braço para sentir a temperatura em minha testa.
– Eu estou ótimo. Não se preocupe comigo, vou continuar minha fantasia mais tarde. E aí, o que vai rolar na Filadélfia?
– Oh, podemos tratar do meu assunto agora?
Eu me aproximei dele e lhe dei um beijo para me desculpar.
– Perdão, amor, me conta tudo sobre o Haiukan e o esposo maravilhoso dele – falei.
Apesar da provocação a Yibo , eu gostava mesmo dos dois. Em seu reencontro de dez anos de formatura, ao qual eu o acompanhara, Yibo  fora recebido como um verdadeiro herói. Ele não voltava à Filadélfia desde o fim do ensino médio, mais ou menos a mesma época em que seus pais faleceram em um acidente de carro. Nenhum de seus antigos amigos o via desde então, e, embora estivesse nervoso com a recepção que teria, Yibo  logo se convenceu da empolgação de todos por vê-lo de volta. No colégio, ele fora coroado rei do baile e tudo mais. Era o cara no colegial; tinha até sua própria gangue, composta de seus velhos parceiros Haoxuan, Yizhou, e Haiukan  seu melhor amigo,– carinhosamente apelidados por mim de apóstolos. Yibo  e eu havíamos passado boa parte do reencontro de formatura com Haiukan e seu esposo, Zanjin, que na época estava grávido do primeiro filho deles.
– E eles estão curtindo a nova vida com um bebê? – perguntei.
– Tanto que ele está grávido de novo – disse Yibo , o que me fez deixar a escova de cabelo cair.
– Mas o que estão colocando na água hoje em dia? A partir de agora, só bebo vodca. Sempre.
– Apoiado. Vodca te deixa louco. E com tesão. E mais aberto a novas experiências. Se você começar uma dieta só de vodca, talvez eu consiga te convencer a tentar aquilo que você nunca me deixa fazer.
– Nem toda vodca do mundo vai fazer isso, Yibo . Pode esquecer. – Eu o cutuquei com a escova, e Yibo  fez uma careta de decepção.
– Então quer dizer que Zanjin está grávido de novo… Uau! Manda meus parabéns pra eles.
– Foi por isso que essa conversa começou... Eles convidaram a gente para o batizado do bebê número um e para celebrar o bebê número dois. Vai ser no mês que vem; acha que consegue uma folga?
– Para comer cheesesteak? Digo, para o batizado? Sim, a gente tem que ir! – Quando eu finalmente fui pentear o cabelo, a campainha tocou.
– Que ótimo, alguém está adiantado. Pega uns lápis coloridos na minha bolsa.
– Pra quê?
– Scattergories.
– Ah, é! – Yibo  desapareceu no quarto.
Sozinoa enfim, me distraí com pensamentos sobre Zanjin e Haiukan. Dois filhos em dois anos. Antes de se casar, Zanjin vivia a todo vapor com seu trabalho no Food Network, um trabalho, em muitos sentidos, dos sonhos. Mas ela desejava ter uma família e conquistara isso. E agora vivia a todo vapor com bebês. Em vez de produzir tábuas de queijos artesanais cenográficas e tornar carolinas visualmente mais apetitosas do que elas já são, Zanjin estava limpando catarro e pisando em chocalhos.
Fui acometido pela visão de Yibo  pisando em um chocalho roubado e deixado no caminho por Clive e deixei escapar uma risadinha. Havia bebês por todos os lados e nenhuma vodca à vista. Terminei de me arrumar e respirei fundo. Afastei os pensamentos sobre chocalhos e me deliciei brevemente com fantasias que envolviam cheesesteaks, antes de ser interrompido pelo grito de Yibo :
– Os idiotas chegaram!
Hummm, ele poderia estar se referindo a muitas pessoas; nós conhecíamos um monte de idiotas. Era hora de acabar com certos idiotas no Scattergories…
   ▸ 🎕 ┈┈┈┈ 🎕 ┈┈┈┈ 🎕 ◂
Como de costume, a noite de jogos terminou com uma surra. Os ômegas levaram um enorme pau dos alfas. Sim, eu tenho perfeita consciência do duplo sentido dessa frase. Mas foi o que aconteceu. A gente tomou um pau grande e grosso no Scattergories. E no Pictionary. Interpol bem poderia passar a ser chamado de Interpau. Enfim, os garotos ganharam de lavada. Mais tarde, porém, quando todos já haviam ido embora e meu short havia sumido conforme Yibo  dava em mim sua volta olímpica (sacou, sacou?), tudo estava em seu devido lugar.

(.....)

Amor entre as paredes ( livro II)Onde histórias criam vida. Descubra agora