CAPÍTULO 07. CAPÍTULO POR LENNON. 📍RIO DE JANEIRO — RJ. DIAS DEPOIS.
— Cara, melhor ir no hospital. — falo sentando na beirada da cama, próximo dela.
A Mirella tava deitada, sentindo dor de ouvido, mas tava teimando em não ir pro hospital.
— Esse remédio que eu pedi vai ajudar. — ela fala baixinho.
— Cê tá derrubada o dia todo, mano. Vou ligar pra tua mãe. — ela ri.
— Pinga o remédio aqui que vai melhorar. — ela pega o remédio e me entrega.
Cheguei mais perto, pinguei a quantidade que ela mandou, e guardei levantando e deixando ela ali quietinha. A mina tinha vindo pra cá, pra nós dois fazer aparição em algum lugar e pela noite ia no show. Mas já chegou aqui com dor, reclamando e nem demorou pra chegar no jeito que ela tava agora.
Fui pro estúdio e os moleques me olharam.
— Melhorou? — Léo pergunta e eu balanço a cabeça negando.
— Não é melhor ir no hospital não, viado? — Caio pergunta.
— E quem convence ela de ir? — pergunto sentando na cadeira do lado do Léo. — Pingamos o remédio lá, tem que esperar pra vê.
Peguei meu celular pra pegar a letra da música que ia gravar, mas desviei a atenção pro Léo quando ele riu.
— Qual foi? — pergunto e ele balança a cabeça negando.
— Nada, mano... só que cês tão parecendo casal de verdade mesmo. — ele ri e eu que balancei a cabeça negando.
— O índio tava falando que no dia do almoço lá na mãe dela, pintou um clima na hora que eles tavam vindo embora. — Caio fala e o Léo concorda.
— Mané pintou o que. — falo e eles dão risada. — Isso é viagem do índio.
— Ah Lennin, nós vai entender teu lado... a mina é gata. — Léo fala e ri junto do Caio.
— Cês tão de muita gracinha, isso sim. — falo pegando meu celular e abro a letra da música. — Bora gravar logo, que tu tá com tempo sobrando pra gracinha.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Entrei no quarto pra me arrumar pro show. Tomei banho, e quando sai parei no espelho colocando o relógio, os anéis e o cordão. Fui pegar o perfume e bati com a mão no carregador que foi direto pro chão.
Virei e vi que a Mirella se mexeu, e se apoiou na cama olhando pra cá.
— Ué, já tá na hora? — ela pergunta perdida e passando a mão no cabelo. — Porque não me acordou? Agora vou te atrasar.
— Não, cara. Relaxa, eu não te acordei porque achei melhor tu não ir hoje, teu ouvido tá ruim, e tu vai pro barulho, pode piorar.
— Mas independente, Lennon. Compromisso é compromisso.
