CAPÍTULO 33.
CAPÍTULO POR MIRELLA.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.
UMA SEMANA DEPOIS.Uma semana que aconteceu toda aquela turbulência. Carlos não resistiu, veio a falecer, mesmo diante tudo o que ele me fez, não desejei mal. Cada um colhe o que planta. Tudo basicamente foi resolvido, voltei a trabalhar e agilizar as coisas do salão.
A semana estava sendo corrida, hoje, domingo, foi o dia que eu tive um tempo pra mim, pra descansar e organizar o que eu queria fazer para contar pro Lennon sobre a gravidez. Fui atrás das coisas, e foi difícil achar lojas abertas por ser domingo.
Mas consegui achar o que queria. Lennon ia chegar de viagem hoje, então eu vim pra casa dele, ajeitei o que tinha fora do lugar, e ajeitei as coisas no quarto, pedi comida pra nós dois, e fiquei só esperando ele chegar.
Ele mandou mensagem avisando que estava chegando, arrumei as coisas na cama e fiquei esperando, junto com o nervosismo e ansiedade que bateu. Eu sabia que era um dos sonhos dele, mas não sabia de era o momento pra realizar.
Ouvi a porta abrir e ele me chamar, respondi avisando que estava no quarto e não demorou pra ele passar pela porta. Sorriso no rosto, e eu sorri de volta. O olhar dele foi na cama, e aos poucos e em segundos o sorriso se desfez.
Ele analisava a caixa aberta com a roupinha branca de neném, junto de uma cartinha e do teste que eu fiz. Ele me olhou e voltou a olhar pra caixa antes de suspirar cortado, e me olhar novamente. Os olhos marejados não demoraram a transbordar, e eu não me aguentei chorando junto.
— Eu vou ser pai? — perguntou com a voz rouquinha e falhada.
— Vai amor, você vai ser papai. A gente vai ter um bebê, vida. — ele sorri em meio ao choro e eu faço o mesmo.
Ele deixa a mala, e veio até mim me abraçando. Abracei ele de volta e ficamos quietinhos, abraçados e chorando um com o outro até ele se afastar, e segurar meu rosto me dando vários selinhos.
— Eu te amo, eu te amo, eu te amo... obrigado, preta. — sorri e selei a boca dele que riu e peguei a caixa.
Ele estava olhando tudo muito atento sem tirar o sorriso do rosto. Ele foi me perguntando sobre desde a descoberta e eu contei tudo.
— Gosto nem de pensar se tivesse acontecido alguma coisa com vocês. — ele faz um carinho na minha cintura, e olhando nos meus olhos. — Eu sempre sonhei com isso, sabia?
— Com o que, amor?
— Em ser pai junto da mulher da minha vida. — sorri e ele levou a mão no meu rosto fazendo carinho depois que afastou um fios de cabelo.
— Você tá feliz?
— Óbvio, preta. É meu maior sonho.
— Eu tô feliz por ser com você. — falei baixinho. — E feliz por ter esse serzinho aqui. — coloquei a mão na minha barriga olhando pra mesma, e ele colocou a mão do lado da minha.
— É o início da nossa família. — ele sorri. — Agora mais do que antes, mais do que nunca, não é mais só por mim, ou pela gente, é por nós, pela nossa família.
— Pela nossa família. — afirmei sorrindo.
Depois de ficar de chamego por mais um tempinho, ele foi tomar banho pra gente poder comer.
— Cê contou pra alguém? — Lennon pergunta enquanto enche meu copo.
— Não, pensei em nos dois contarmos juntos. Combinar um almoço e contar.
— Já tô pensando na reação deles. — ele fala rindo e eu ri junto. — Os moleques vão ficar malucos.
— A Ray também, com certeza.
— A briga pra quem vai ser o padrinho.
— A Ray tá líder nesse título de madrinha. — o Lennon dá risada assentindo. — Mas eu tô muito imaginando, nossas mães, seu pai, seus avós. — ele sorri.
— Eles vão ficar muito felizes, certeza.
Fui responder, mas veio um enjôo absurdo fazendo eu levantar da mesa e correr pro banheiro. Vomitei tudo o pouco que tinha comido, o Lennon estava segurando meu cabelo, e ficou aqui até eu acabar.
Quando eu terminei, resolvi tomar um banho depois de ter escovado os dentes. Quando voltei pro quarto, estava tudo arrumadinho e o ar ligado deixando o quarto geladinho. Me ajeitei na cama pegando o celular e o controle, depois que escolhi um filme, não demorou pro Lennon entrar no quarto com duas taças com açaí.
Ele deitou do meu lado e me entregou uma. Ficamos assistindo o filme por cima enquanto nós dois conversávamos, depois ele levou as taças e voltou, deitei praticamente em cima dele, que riu.
— Daqui uns dias não vai dar pra fazer isso.
— A gente vai ter que dar um jeito, eu amo dormir assim.
— Eu gosto que cê durma assim. — ele me aperta nos braços dele. — Bem que isso podia rolar todos os dias, né?
O silêncio no quarto ficou por uns segundos, até eu levantar e me ajeitar olhando pra ele que solta um risadinha.
— Ei... cê tá fazendo isso mesmo? — ele assente com um sorriso no rosto. — Preto?
— Ah, amor... não vai ter lógica você lá e eu cá, quero você aqui. — sorri junto dele. — Quero vocês aqui perto de mim. Só depende de você, preta. A decisão é sua.
— Eu quero, amor. — respondo logo sem enrolar e ele até se surpreende.
— Caraca, pô... eu te amo.
— Eu te amo. — falei rindo.
Ele sorriu, me puxou pra ele e me beijou. Com certeza, o melhor lugar do mundo é em qualquer lugar que eu esteja com ele, e daqui uns meses, eu vou ter em meus braços outro alguém que pra acrescentar essa sensação incrível de estar ainda mais completa.
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Amor culposo | L7NNON.
Fanfictionamor culposo: é um amor, onde sem intenção específica, uma pessoa ama a outra.