capítulo 19

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CAPÍTULO 19.
CAPÍTULO POR LENNON.
📍RIO DE JANEIRO — RJ.

Acordei com a Mirella dormindo nos meus braços e com os cachos espalhados pelo rosto. Me soltei dela devagarinho e com maior cuidado pra não acordar ela.

Sai da cama, fui no banheiro, escovei os dentes e sai do quarto. Arrumei uma mesa maneira pro café, e quando terminei a campainha tocou. Estranhei por não estar esperando ninguém, mas quando abri e vi o síndico, estranhei pra hora.

— Bom dia, Lennon. — ele balança a cabeça como cumprimento e eu repito.

— Bom dia, posso te ajudar em alguma coisa? — pergunto e ele ri me estendendo um papel, peguei e abri pra ler.

Ao:
Condomínio do Edifício Barra da Tijuca 0777, Rio de Janeiro.
Ref.: Barulho.
"O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.”

Na reunião do condomínio foi conversado com todos os moradores a questão do barulho diante a tantas reclamações.
Também foi orientado e pedido para os casais que as intimidades sejam mantidas com menos barulho.

Sr. Lennon, recebemos reclamações bagulhos, palavrões, e gemidos referente a noite de ontem e a madrugada de ontem pra hoje vindo do seu apartamento. Essa foi a primeira relacionado a esse acontecimento, mas não foi a primeira vez que recebeu advertência por incomodar os vizinhos com música alta, ou festas ao longo da noite.
O caso reincidente é passível de multa, no valor de R$730,00

Vamos colaborar para um convívio pacífico e harmônico no condomínio.

Dobrei o papel e procurei coragem pra olhar pro síndico.

— Pô, foi mal. De verdade. — ele assente.

— Você acerta a multa junto com o pagamento da taxa do condomínio. — assenti. — Era só isso mesmo, tenho um bom dia.

— Valeu, pro senhor também. — fechei a porta e voltei pra mesa.

Terminei de ajeitar e sentei ali esperando a bonita acordar, peguei meu celular e vi que estava cheio de mensagens, dos meninos, da minha mãe, do Adriano, mas nem deu tempo de responder. Senti o perfume da Mirella, e logo senti ela me abraçando por cima dos meus ombros, antes de beijar meu rosto.

— Bom dia. — ela fala e eu puxo ela fazendo ela sentar no meu colo.

— Bom dia. — selo a boca dela que sorri pra mim. — Dormiu bem? Tudo bem? — ela assente e olha pra mesa.

— Que mesa linda! Cê que arrumou? — assenti. — Arrasou. — ela olha pra mesa, mas logo pega o papel da multa e me olha. — Que isso?

— Lê. — ri e ela franziu o cenho curiosa, e conforme foi lendo os olhos arregalaram, ela levou a mão na boca, e quando terminou me olhou. — O síndico entregou agorinha.

— Meu Deus, que vergonha. — ela esconde o rosto nas mãos, e me olha em seguida com as maçãs do rosto vermelhas.

— Imagina se é tu que abre a porta? — ri e ela riu junto balançando a cabeça negando.

— Mas aqui... nossa, muito caro essa multa, hein. Cruz credo.

— Da próxima vez geme baixo. — ela revira os olhos, em seguida me dá um tapinha no ombro e eu dou risada antes de selar a boca dela. — Bora tomar café.

Amor culposo | L7NNON.Onde histórias criam vida. Descubra agora