Capítulo 24 - Um feiticeiro humano

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Olá, venerável!

Opa, este gatinho está atrasado alguns momentos, certo? Desculpe, é que na Espiral o tempo passa um pouquinho diferente. O quê? Estou arrumando desculpas? Claro que não, não sou uma raposa!

Bem, vamos ao capítulo?

Mas o que rolou no capítulo passado?

Com a vitória de yusuke, novos gritos são ouvidos pelo salão. Youkais saudam a dança de Tetsurou, disfarçado de uma bela dançarina. Yusuke não consegue escapar e acaba sendo guiado por Tetsurou para performar com ele e entreter a plateia. O samurai só consegue escapar quando vê um sorriso perverso conhecido no meio da multidão que os assistia...

 O samurai só consegue escapar quando vê um sorriso perverso conhecido no meio da multidão que os assistia

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Fracassos da última noite: Yusuke tinha que lidar com uma ferida no braço que não parava de sangrar e doer. Tetsurou, com uma ressaca que o incapacitou. Hikaru, na sua forma animal, conquistou um alvo nas costas: o olhar desconfiado de Nikko lançado como uma flecha. Não tinham conseguido nenhuma resposta decente — nenhuma informação útil. Não tinham nada que pudesse ajudá-los a se preparar para a rainha de Sazanka ou que dissesse que estavam no caminho certo até o Cravo Solar.

Êxitos da última noite: tinham convencido Ha-onna de que eram dignos de participar da comitiva até Sazanka e se apresentar para a rainha.

E Zen, ao contrário do que Yusuke presumiu, não estava entre eles.

O rumo do kitsune era desconhecido, Ha-onna garantiu que saberia se o príncipe estivesse na Academia. Logo, presumiu que o que capturou-o durante os momentos finais da apresentação de Tetsurou foi um vislumbre. Uma ilusão da mente. Saudade — como brincou a bibliotecária da Academia, mostrando os dentes da boca numa linha astuciosa, arrancando um xingamento de Yusuke. Estranho que, mesmo ali, ela tratasse Zen como príncipe, quando era só um título decorativo usado no Palácio Impuro de Izagaki. Não queria julgar pela aparência, mas ela não parecia ser o tipo de pessoa que frequentava aquele lugar.

Depois da festa, Tetsurou ficou um bom tempo no colchão, rolando reclamações manhosas para que cuidassem dele.

Yusuke não cuidou. Deixou que os estudantes lhe dessem uma goma de mascar estranha para aliviar os sintomas do ki desordenado. No fim, era um alívio que a bebida fosse só álcool batizado por um sacerdote, mas Yusuke ainda tinha o estômago embrulhado de raiva pelo curandeiro ter se arriscado. Nunca colocaria uma gota de álcool na boca, não suportava sequer o hálito amargo da bebida. Então, Tetsurou ter se prestado àquele papel o irritava além do normal, já que se não fosse por isso, teria arrancado dos irmãos Azai algumas informações.

Ele até teria cobrado de Yuno sua resposta após duas vitórias, mas o youkai havia desaparecido. Não o encontrou em nenhum lugar olhando às pressas, e não teve tempo para ficar procurando.

Os preparativos começaram cedo, e antes do sol assumir o céu, os youkais haviam se reunido em um dos salões da Academia, um rodeado de plantas, árvores e mudas usadas por apotecários. Tetsurou teria adorado o lugar, mas não tinha forças para se levantar e causar mais problemas. Ali havia espaço o suficiente para o grupo de trinta ou quarenta seres se reunir, mesmo que uns ocupassem mais espaço que outros. Ao lado, um protótipo de uma... coisa que Yusuke jamais havia visto — dentre as várias novidades que Makai lhe apresentara. Era muito parecido com uma liteira grande e sem assentos, feita para se viajar deitado, mas com uma diferença particular: não possuía pés de apoio nem vigas de sustentação horizontais para ser carregada; em vez disso, flutuava a centímetros do chão, como se enfeitiçada, mas o mecanismo que fazia a carruagem se sustentar no ar era visível: quatro asas que saíam das laterais, se movimentando num bater fluído e frequente. Reparando melhor, dava para ver que eram orgânicas, como se tivessem sido arrancadas de alguém e acopladas à madeira.

Pétalas de Akayama [PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora