Capítulo 31 - Apertado conosco em uma fonte termal (parte 2)

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Veneráreis, quintou e o capítulo de hoje chegou! Se preparem porque o capítulo de hoje fez uma legião de fãs surtar tanto que em 6h tivemos fanart deste capítulo...

No capítulo anterior...

Zen se ausenta e Yusuke e Tetsurou encontram uma fonte termal depois de cavarem o fundo da caverna. Yusuke, Tetsurou e Zen dividem a fonte termal e Tetsurou investiga o passado de Zen com sua família. No início Zen resiste, mas acaba cedendo e confessando a Tetsurou o motivo de não se dar bem com seus pais.

Yusuke gostaria de se deliciar com o missoshiru que sua mãe preparava para aquecer as noites frias — como sentia falta da comida dela —, mas o que tinha a frente também não era nada mau: um coelho gordo e um salmão rosado

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Yusuke gostaria de se deliciar com o missoshiru que sua mãe preparava para aquecer as noites frias — como sentia falta da comida dela —, mas o que tinha a frente também não era nada mau: um coelho gordo e um salmão rosado.

Eles tinham que concordar que o príncipe de Sakuiya havia feito uma boa caçada.

Quando voltaram para a parte escura e fria da caverna, se surpreenderam ao encontrar comida pronta. Eles tinham trazido suprimentos para três dias, mas era uma refeição insossa de má aparência que os cozinheiros da rainha tinham fornecido. A de Tetsurou continha algumas coisas que ele não suportava sequer cheirar, mas não faria a desfeita de recusar.

Naquela noite, Zen não comeu com eles. Acomodou-se silenciosamente em um canto da caverna, na região onde a escuridão se aprofundava, e pareceu dormir. Não dava para ter certeza, ele não fazia um barulho sequer enquanto estava deitado. Foi nesse momento que Tetsurou percebeu que eles nunca tinham o visto descansar; sempre dormiam em cômodos separados ou simplesmente Zen fazia algo para derrubá-los antes.

Yusuke foi até os yuki-bakeshika do lado de fora para recuperar as esteiras em que passariam a noite. A fumaça branca escapava de sua boca, e ele precisava conter o vapor, temendo que os flocos gélidos o congelassem por dentro. Era ridículo como os yuki-bakeshika soltavam bufadas que não se condensavam no ar; eram tão gelados por dentro quanto a temperatura do exterior. Enquanto os humanos eram expurgados por essa mesma temperatura. Se passasse muito tempo ali fora, iria morrer.

Mesmo quando voltou para dentro a passos apressados, o resquício daquela tempestade já tinha afetado seu nariz e têmporas, criando uma dor aguda na cabeça. Ele ainda podia ver o rompante de luzes saindo da abertura que criou mais cedo, o som da água quente lá no fundo. Teve vontade de voltar para lá, onde era mais aconchegante.

Tetsurou não estava em uma situação melhor, tentando criar táticas para se aquecer. Nem seu chá fizera efeito — até porque ele estava tomando-o gelado, nem poder fervê-lo.

— Como está frio... — Tetsurou se abraçava para conter o tremor.

— Infelizmente para vocês, sem chance de trégua. — A voz de Zen respondeu de repente, parecendo se divertir com a fragilidade humana, caçoando deles enquanto não sentia absolutamente nada. Poderia ficar nu, se quisesse, e não seria atingido. — E deve piorar de madrugada. Tadinhos.

Pétalas de Akayama [PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora