Capítulo 16 - Guardiões do templo

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Olá, venerável!

Como foi a sua semana? O capítulo da semana passada doeu no coração, eu sempre fico triste quando leio sobre o passado do Yusuke e Tetsurō e como tudo isso afetou muito o jeito deles se relacionarem com os outros e com si mesmos. Muitos obstáculos psicológicos ainda precisam ser ultrapassados!

E se você não lembra, é disso que estou falando:

Após serem convencidos por Zen, Yusuke e Tetsurō comem o bolinho cor-de-rosa. Yusuke desaba no chão, mas Tetsurō permanece acordado até ser colocado para dormir à força pelo kitsune. Sonhos do passado invadem a mente do Seki, lembrando-o que pediu desculpas para Yusuke tarde demais.

E tenho uma super novidade! Pétalas de Akayama foi obra DESTAQUE do perfil @WattpadLGBTQ-LP em Outubro! Esse gatinho está muito feliz com cada conquista que temos juntos, e por todo carinho que recebo de vocês todos os dias. É muito bom me distanciar das sombras um pouquinho, porque vocês são os pontinhos de luz da Becca e da Thai. :3

Muito obrigado por cada leitura, voto e comentário! Vocês são purrrfeitos!

Bom, agora é hora da fofoca! 👀

Quando as camadas escuras da mente teciam sonhos, usavam fogo como matéria-prima

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Quando as camadas escuras da mente teciam sonhos, usavam fogo como matéria-prima.

O desvaneio se desfazia, queimava, encolhia — e então vinha o pesadelo.

Sempre começava em fogo e cinzas.

Daquela vez, foi diferente.

Uma flor de cerejeira no topo de uma colina murchava. A canção de uma flauta morria com ela. Sua mãe estava aos prantos. Gritava por Yusuke enquanto ele corria e corria e corria para longe.

Era noite. As pessoas gritavam de horror. Enquanto casas, palhas, carvão e árvore sofriam e também gritavam. Palavras cheias de ódio eram proferidas. Tudo era pintado de vermelho. Vermelho-fogo. Vermelho-sangue. Para onde quer que Yusuke olhasse, sentia as lágrimas evaporarem pela brasa assoprada por demônios. A pulsação batia no mesmo ritmo das labaredas selvagens, consumindo tudo o que Yusuke já conheceu como casa.

Ouviu algo parecido com uma risada sendo trazida pelo vento e se virou, percebendo que algo mudou. O cheiro de morte fedia, insuportável como enxofre. Yusuke estremeceu quando avistou a placa talhada com o nome do seu clã: Kou. Dentro daquela casa, só poderia encontrar dois corpos: o de sua mãe e do marido dela. O que fez sua respiração falhar, porém, foi notar quatro pessoas dilaceradas, amontadas umas sobre as outras. Dois deles, carbonizados.

Lá dentro, o silêncio vazio.

Lá fora, a cacofonia pesada.

Os gritos continuavam. E continuavam.

Aterrorizantes como uma onda que esmaga tudo o que vê pela frente e depois regressa, levando mil e uma oferendas para o Deus das tempestades.

A boca de Yusuke não emitia som. Sem saber o porquê, ele colocou os braços em volta do corpo e deu um passo hesitante para trás. Outro. Mais um. Incapaz de desviar as pupilas dos cadáveres. Quem eram aquelas pessoas?

Pétalas de Akayama [PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora