Um espírito maligno coloca um vilarejo em risco e agora dois rivais terão que se unir para salvar quem amam.
Na antiga Ise, Yusuke e Tetsurō eram melhores amigos, mas conflitos ancestrais entre suas famílias os levaram a tomar caminhos distintos: Yu...
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Agora, se segurem, porque já estamos no clímax e faltam apenas mais três capítulos para o fim do livro 2...
No capítulo anterior...
Zen navega nas memórias de Hao YaLing no Domínio de Conexão. Ele descobre que sua irmã gêmea, Samsara, está viva e usou seu corpo para hospedar a sua algoz.
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Ha-onna estendeu a mão para o casulo de água crescente e alguém a segurou. Viu-se os braços, a cabeça, até que todo o corpo da silhueta estivesse para fora. Ainda era só uma presença confusa que Tetsurou tentava desvendar, tomando forma aos poucos. A redoma de água deixou de ser sólida e se derramou em queda livre. Pingos espirraram no rosto congelado do curandeiro, refazendo o caminho de suas lágrimas.
Uma figura pequena, muito menor em comparação com Ha-onna, se ergueu sobre as pernas trêmulas. Seu rosto branco, sombreado pelos cabelos úmidos num tom de azul que poucas vezes se via na natureza, como uma lavanda desbotada, muito claro, mas ainda azul. A pele das pernas desnudas eram arranhadas por marcas azul-marinho, brilhando como as centelhas do céu. Do ponto onde seus pés tocavam a poça de água, um riacho começou a subir no ar, contornando o corpo pequeno e sem curvas, sem deixar derramar uma única gota. As íris tinham três camadas bem definidas e contrastantes em tons vibrantes de azul, roxo e vermelho e, bem no centro, em vez de uma pupila preta, uma bola branca olhava diretamente para Tetsurou.
Era como presenciar o nascimento de um bebê, a bolha de água estourando, seus membros se formando, e o choro que vem logo em seguida. Tetsurou estava tão atordoado que não conseguia compreender a dimensão do acontecimento, como se uma realidade paralela tivesse se aberto diante de seus olhos.
Não sabia se ainda podia confiar em seus instintos, mas ela não parecia uma inimiga.
"Reforços" foi o que Tetsurou premeditou.
Os olhos da nova nascida pareciam derreter. Não, eles estavam derretendo. As cores se misturando, deslizando pelo rosto como cera de vela, num choro exagerado e colorido.
— Isso é tão triste! Que terrível, eles parecem se gostar tanto! — A menina tentava conter o derretimento de sua face. Tetsurou percebeu que ela estava falando dele... e de Yusuke. — Que cruel que eu tenha que ter vindo de uma concha retalhada tão triste...
A situação era deplorável. Havia alguém embaixo de Tetsurou que precisava de ajuda; Yusuke mal respirava mais. Tetsurou iria implorar para qualquer um por socorro.
— Por favor... — Pela vida de Yusuke, Tetsurou tentou dizer, mas não conseguia. Depois de muito lutar, injetou todo o pedido nos olhos suplicantes.