Capítulo 34 - Fogo branco

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Venerável, chegamos mais uma quinta com um novo capítulo!

Quinta que vem, dia 18/07, nós não conseguiremos postar o próximo capítulo pois estaremos em uma mesa do artist alley no anime friends e eu irei para ajudar Bex e Thai. Espero que compreendam e aproveitem o capítulo de hoje ✨ Ah, e não esqueça de vir nos visitar e adquirir conteúdos exclusivíssimos de Pétalas de Akayama! Podem levar o livro de vocês para autógrafo, se desejarem.

No capítulo anterior...

Assim que chegam no quarto, Yusuke e Tetsurou correm para cuidar de Zen o mais rápido possível. Com o kitsune estabilizado, os dois humanos finalmente sentam para comer e ler a carta dada por Akane. Yusuke e Tetsurou discutem e o curandeiro enfim consegue se explicar para seu melhor amigo de infância.

 Yusuke e Tetsurou discutem e o curandeiro enfim consegue se explicar para seu melhor amigo de infância

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Zen tentou acordar Tetsurou muito cedo. Fez alguns ruídos de protesto, que foram recebidos com insistência. Esperava abrir os olhos e ver as orelhas de raposa no topo do crânio de Zen, mas isso não aconteceu. O kitsune continuava com a alcunha de humano e parecia atipicamente afetado por isso, pois era perceptível a calma se esvaindo de sua expressão corporal. Tetsurou observou-o pelas fendas quase seladas de suas pálpebras pesadas, os músculos amortecidos no espaço quente e não tão confortável assim. Tetsurou reconhecia o espelho da insuficiência em seu rosto. Uma criatura como ele ser testemunha da própria perda de controle deveria ser enlouquecedor.

Tetsurou tomou consciência naquela manhã com o pensamento martelando: "Eu consegui. Consegui falar tudo, dar a satisfação da verdade que sempre quis para Yusuke".

Durante a noite, a agitação o fez demorar para dormir. Ficava olhando para Yusuke. O samurai calado, deitado de cócoras enquanto apertava o cobertor porque o fogo havia consumido os fios dos seus sonhos, revertendo-os em pesadelos. Assim que terminou de despejar toda a sua versão dos fatos, vira um Yusuke com os olhos vazios, e a perturbação explícita deixou Tetsurou nervoso e esperançoso.

A sensação era a mesma de flutuar muito acima do próprio corpo. Sempre pensou em como seria aquele momento, mas se interrompia nas possibilidades de como Yusuke iria encará-lo depois de saber o lado que ficara por tanto tempo oculto. Como ele iria reagir? O que falaria? O que estava pensando? Iria perdoá-lo? O que viraria a relação deles? Quando a ansiedade e coragem fizeram Tetsurou abrir a boca, afinco para falar alguma coisa, Yusuke o interrompeu: "Me deixe pensar. Nós vamos falar sobre isso quando voltarmos", encerrando a conversa.

Sentia-se culpado de estar preocupado com sua relação em uma ocasião tão crítica, no meio de uma missão. Ele queria desesperadamente que o ex-amigo voltasse a encará-lo como parte do seu passado e uma possibilidade para o futuro. Era uma esperança tola, mas que crescia como uma borboleta prestes a sair do casulo: o retorno de uma relação, qualquer que fosse. Teria que abafar a vontade de acelerar o tempo para se resolverem e se concentrar em retornar para casa. Assim, finalmente... Finalmente voltariam a ser algo. Amigos? As vísceras dele se contorceram ao pensar nisso.

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