Um espírito maligno coloca um vilarejo em risco e agora dois rivais terão que se unir para salvar quem amam.
Na antiga Ise, Yusuke e Tetsurō eram melhores amigos, mas conflitos ancestrais entre suas famílias os levaram a tomar caminhos distintos: Yu...
Olá, venerável! Mork passando para avisar: o capítulo que todos esperavam finalmente chegou! Roí o resto das minhas garrinhas de tanta ansiedade para presenciar esse momento. Preparades para conhecer o último integrante do trisal?
Confiram a ficha dele no capítulo "personagens".
Mas antes, que tal lembrar o que aconteceu no capítulo passado?
As lembranças do passado com Tetsurō perturbam Yusuke, piorando as manchas que se alastram por seu corpo. Ilusões os pegam desprevenidos e quando conseguem se libertar, Tetsurō havia corrido atrás de uma raposa que apareceu de repente. Yusuke ficou para trás, vendo o antigo amigo sumir na ponte vermelha...
Por fim, para uma experiência imersiva, a música para esse capítulo: Akeboshi, LiSA.
Hora do capítulo 🦊
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Quando Yusuke pisou com o pé direito na ponte, não imaginou que estivesse atravessando uma barreira milenar, nem que forças maiores colaboraram para isso. Seu ceticismo não o permitiu cogitar a possibilidade de ser uma anomalia o céu rosa sobre sua cabeça, as árvores coloridas ao redor e as formas estranhas das plantas e flores, numa espiral psicodélica.
Não adiantava mais prosseguir. Faltavam-lhe forças. Faltava-lhe ar. Tudo doía, ardia, machucava. Mesmo usando a espada e o corrimão como apoio, não suportou o peso do corpo. A marca sombria na pele se estendia até os dedos dos pés e mãos, sufocando, além de tudo, sua esperança.
Seus joelhos foram ao chão. Depois, o corpo, de barriga para baixo. Perdeu o alcance da Verdadeira Lâmina da Serpente, que tombou para o lado em um baque surdo. Grama pinicou a lateral do rosto, mas o toque soava distante. Só conseguiu apertar os olhos, a respiração saindo fraca entre os dentes.
— Droga, droga... merda! — ele sibilou, pensando que iria mesmo morrer de um jeito tão banal quanto aquele. Sem voz, sem vontade e sentindo a dor aumentar, ele não desistiu. Sua voz soou baixa, um grunhido sofrido: — Tetsu...
— Você não deveria estar aqui, Yusuke. Não sabe que yōkais habitam essa montanha?
Os olhos castanhos se arregalaram e um fio gelado percorreu sua espinha.
O impacto do susto o fez mexer a cabeça e olhar para frente, mas a voz vinha de trás. Não reconhecia o timbre aveludado e nem teve tempo de pensar no tom irônico antes de uma sombra crescer sobre si, escura como a de duas pessoas, tapando o nascer do sol. E não era humana.
O queixo batia, sons inaudíveis escapavam de seus lábios. Medo. A sombra de incontáveis caudas balançava, aumentava, ficava mais escura, até cobri-lo completamente. Um monstro pronto para comer sua presa. A impotência era sua melhor amiga; a morte, sua irmã. Mesmo assim, ele ainda estava vivo.
Ainda estou vivo. Ainda estou. Ainda posso lutar.
Ainda posso levar aquele idiota de volta para o vilarejo!