Olá, venerável!
Pronto para mais um capítulo? O de hoje será exclusivo do Zen com o Izagaki! Antes de prosseguir, não indico a leitura desse capítulo se você estiver comendo! Deixe para depois, sim?
Então, o que aconteceu mesmo no capítulo passado?
O Palácio Impuro não é bem o que esperavam – é bem pior. Mas sendo a única opção, se resignam a ver Zen bajulado por homens e mulheres até serem guiados por Hikaru a uma sala de banho, ao invés da suíte privativa do kitsune. Como se a situação não estivesse ruim o bastante, Yusuke descobre que perdeu o pergaminho dado por sua mãe antes de ele partir.
Um pequeno Glossário para o capítulo:
hahaue: uma forma educada de dizer mãe em japonês.
nihonshu: é um tipo de saquê, feito de arroz fermentado e água, também é chamado de "vinho de arroz japonês".
ouji: literalmente "príncipe".
⚠️ Aviso de conteúdo: violência gráfica (gore)
Izagaki pigarreou, interrompendo a cena que acontecia em sua banheira particular.
— Quando Zen-kun disse que iria se acomodar em outros aposentos essa noite — ele começou —, não imaginei que ficaria no escritório desta divindade. E nem que pretendia vir acompanhado.
Zen levantou as pálpebras entorpecidas, os olhos vagando pela figura de Izagaki com desinteresse. A água quente do ofurô fumegava, exalando o aroma de essências florais e de pêssego, amolecendo os músculos. Mãos delicadas massageavam suas costas, acariciavam seu cabelo, resvalavam em sua pele de jade. Sorrisos encantadores de homens e mulheres o rodeavam, servindo-o da melhor forma que conheciam. Zen estava tão relaxado que havia se esquecido da presença de Izagaki. Tão alheio ao mundo que quase se esqueceu o motivo de estar ali, e não em seus aposentos privativos.
Apertou os olhos, uma pontada de irritação martelando a cabeça.
— Não vou poder ficar muito tempo aqui, de qualquer forma. — Suspirou, puxando pela cintura um rapaz à direita. — Me deixe descansar e aproveitar o meu banho em paz.
O escritório de Izagaki, uma sala simplória se comparada ao tamanho total do estabelecimento, era dividida em duas partes: o piso baixo, onde estava sua mesa, repleta de inúmeros papeis e selos fantasmas a serem contados, quadros de decoração abstratos, e uma estante de cinco prateleiras repleta de objetos decorativos; joias como coroas e anéis, pedras brilhantes, selos ornamentais para emergências, roupas milenares, jarros com líquidos transparentes, vermelhos e negros — quanto mais olhasse, mais utensílios esquisitos encontrava. Poucos foram os que tiveram a oportunidade de presenciá-la, de toda forma. Um degrau separava a parte alta, específica para relaxamento, pois aquela divindade vivia estressada com as brigas fúteis, clientes insuportáveis e lutas sangrentas por discordâncias nas apostas. Ser o responsável pelo Palácio criava responsabilidades pesadas como rochas, mas nada que um banho com pétalas de cerejeira e sais de relaxamento não dissolvessem. Por isso o ofurô estava ali, e não em outro ambiente. Zen, no entanto, podia ter escolhido qualquer outro dos mil banheiros luxuosos do Palácio para se satisfazer sem que Izagaki fosse feito de plateia.
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Pétalas de Akayama [PT-BR]
FantasíaUm espírito maligno coloca um vilarejo em risco e agora dois rivais terão que se unir para salvar quem amam. Na antiga Ise, Yusuke e Tetsurō eram melhores amigos, mas conflitos ancestrais entre suas famílias os levaram a tomar caminhos distintos: Yu...