Capítulo 13 - O príncipe de Sakuiya não aceita deslizes

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Olá, venerável!

Pronto para mais um capítulo? O de hoje será exclusivo do Zen com o Izagaki! Antes de prosseguir, não indico a leitura desse capítulo se você estiver comendo! Deixe para depois, sim?

Então, o que aconteceu mesmo no capítulo passado?

O Palácio Impuro não é bem o que esperavam – é bem pior. Mas sendo a única opção, se resignam a ver Zen bajulado por homens e mulheres até serem guiados por Hikaru a uma sala de banho, ao invés da suíte privativa do kitsune. Como se a situação não estivesse ruim o bastante, Yusuke descobre que perdeu o pergaminho dado por sua mãe antes de ele partir.

Um pequeno Glossário para o capítulo:

hahaue: uma forma educada de dizer mãe em japonês.

nihonshu: é um tipo de saquê, feito de arroz fermentado e água, também é chamado de "vinho de arroz japonês".

ouji: literalmente "príncipe".

⚠️ Aviso de conteúdo: violência gráfica (gore)

Izagaki pigarreou, interrompendo a cena que acontecia em sua banheira particular

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Izagaki pigarreou, interrompendo a cena que acontecia em sua banheira particular.

— Quando Zen-kun disse que iria se acomodar em outros aposentos essa noite — ele começou —, não imaginei que ficaria no escritório desta divindade. E nem que pretendia vir acompanhado.

Zen levantou as pálpebras entorpecidas, os olhos vagando pela figura de Izagaki com desinteresse. A água quente do ofurô fumegava, exalando o aroma de essências florais e de pêssego, amolecendo os músculos. Mãos delicadas massageavam suas costas, acariciavam seu cabelo, resvalavam em sua pele de jade. Sorrisos encantadores de homens e mulheres o rodeavam, servindo-o da melhor forma que conheciam. Zen estava tão relaxado que havia se esquecido da presença de Izagaki. Tão alheio ao mundo que quase se esqueceu o motivo de estar ali, e não em seus aposentos privativos.

Apertou os olhos, uma pontada de irritação martelando a cabeça.

— Não vou poder ficar muito tempo aqui, de qualquer forma. — Suspirou, puxando pela cintura um rapaz à direita. — Me deixe descansar e aproveitar o meu banho em paz.

O escritório de Izagaki, uma sala simplória se comparada ao tamanho total do estabelecimento, era dividida em duas partes: o piso baixo, onde estava sua mesa, repleta de inúmeros papeis e selos fantasmas a serem contados, quadros de decoração abstratos, e uma estante de cinco prateleiras repleta de objetos decorativos; joias como coroas e anéis, pedras brilhantes, selos ornamentais para emergências, roupas milenares, jarros com líquidos transparentes, vermelhos e negros — quanto mais olhasse, mais utensílios esquisitos encontrava. Poucos foram os que tiveram a oportunidade de presenciá-la, de toda forma. Um degrau separava a parte alta, específica para relaxamento, pois aquela divindade vivia estressada com as brigas fúteis, clientes insuportáveis e lutas sangrentas por discordâncias nas apostas. Ser o responsável pelo Palácio criava responsabilidades pesadas como rochas, mas nada que um banho com pétalas de cerejeira e sais de relaxamento não dissolvessem. Por isso o ofurô estava ali, e não em outro ambiente. Zen, no entanto, podia ter escolhido qualquer outro dos mil banheiros luxuosos do Palácio para se satisfazer sem que Izagaki fosse feito de plateia.

Pétalas de Akayama [PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora