Pétalas de Akayama [PT-BR]

Capítulo 6 - Magia de raposa

Olá, venerável! Está preparado para o último capítulo do mês? Ele muito é importante, então leia com atenção 👀

Mas antes, hora de relembrar o que aconteceu no capítulo passado!

Tetsurō não teve coragem de deixar os samurais feridos para trás e os carregou consigo. Enquanto Tetsurō e Yusuke repõem suas energias, um dos rōnin acorda. Ele foi possuído por um yōkai, irado pelos humanos estarem roubando suas ervas sagradas — as mesmas que Tetsurō procura. Depois desse evento, Yusuke está convencido de que precisa tirar o Seki dali. Mas Tetsurō implora para seguirem, pedindo para Yuu não abandoná-lo.

Se quiser um parâmetro geral de todas as fichas de personagens, você pode encontrá-las no Wattpad, no capítulo "personagens".

A música escolhida para vocês entrarem no clima do capítulo dessa vez é:  The last rain, de Uru.

Prontes? Hora de voltar no tempo ❄️

Yusuke se distraía olhando as sombras de seus corpos no chão repleto de ervas daninhas, acompanhando o movimento da luz alaranjada das lanternas. Fazia um silêncio sepulcral entre eles — enquanto o mundo ao redor desabava numa chuva sem fim.

Ele voltava a sentir falta de ar, mas usava todo seu autocontrole para que Tetsurō não percebesse. Quando a imagem trêmula da própria sombra não foi suficiente para afastar os pensamentos, lembrou-se do sussurro de Tetsurō, antes de saírem da cabana. Seu humor azedava, o sentimento de rancor ardia. Evitou pensar na mancha queimando mais e mais, entretanto, era difícil não se deixar levar pela revolta do que foi dito, como se fosse sua culpa eles terem se afastado. Mas o primeiro que o empurrou para longe e o abandonou, junto com a sua amizade, havia sido Seki Tetsurō.

Os seus olhos ficaram turvos, desfocados pelas memórias que vieram. Mergulhou no momento onde eram melhores amigos. Sempre juntos, brincando o dia inteiro pelo templo de Inari e nas florestas que circundavam Akayama.

Não havia nada que Yusuke amasse mais do que estar com Tetsurō.

Ele era a única pessoa que o entendia e fazia se sentir feliz de verdade. Mesmo não tendo sido adotados pela mesma família, passavam a maior parte do tempo juntos, menos nas horas das refeições e quando a lua já estava alta no céu. Eram conhecidos por serem uma dupla inseparável, uma amizade que havia resistido ao ódio que seus clãs nutriam um pela outro.