Capítulo 44 - Deusa da Morte

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Olá, venerável! Cheguei com o terceiro ato de Pétalas de Akayama 2!

Sabiam que os livros 2 já estão começando a chegar na casinha das pessoas? Pois é, sua chance de comprar fisicamente e ler o final no livro <3

Contagem regressiva pro fim de PDA2: só mais dois capítulos...

No capítulo anterior...

Zen derrota Akeshi e o devora. Susanoo aparece e tenta pegar sua espada de volta, mas se frustra ao perceber que o fogo preto de Zen a consumiu. O Deus tenta matar Yusuke para pegar sua espada, mas desiste quando o humano cospe sangue. Susanoo os deixa para morrer, mas Zen consegue escapar e tirar todos de lá a tempo.

 Susanoo os deixa para morrer, mas Zen consegue escapar e tirar todos de lá a tempo

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Tetsurou nunca gostou de ser o portador de más notícias. De doenças terminais ou degenerativas, de curas malsucedidas, de períodos longos de tratamento que nunca transformariam a pessoa de volta ao que era, e de morte. Durante anos, teve pavor de ouvir más notícias sobre Yusuke nas linhas de frente, mas, ano após ano, era ele quem se confortava dando os pêsames para outras pessoas, como uma troca egoísta para que os Deuses poupassem a pessoa que mais amou em sua vida.

Tetsurou sempre aparentava estar bem, enquanto apodrecia por dentro.

Depois de acordar em um futon, sentiu a agonia de ainda estar vivo. Podre. Não se mexeu, mesmo depois de alguns instantes inerte, com os olhos abertos. Sua mente era uma casca vazia, até as memórias passarem as imagens dos últimos momentos quando consciente. Ele virou sutilmente a cabeça, vendo a cena diante de si como um delírio.

A dor. Deuses, a dor excruciante em todas as partes do corpo. O cabelo úmido e sujo, o frio como as garras de um urso polar, dilacerando-o. O rastro de sangue no chão. Não dele; de Yusuke. Pingando por um de seus dedos, criando uma trilha de gotas rubras na neve. Zen tinha conseguido os poderes de volta, mas não conseguiu transplanar longe o bastante para estarem seguros. O vazio em seu coração sendo preenchido pela dor que o quebrou. "Eu não consigo."

"Tetsurou, não ouse parar agora! Levante-se!"

"Eu não consigo."

Era difícil ouvir o que Zen estava dizendo e era ainda mais penoso respirar.

"Eu não consigo. Me deixe para trás", ele se lembrou das palavras vergonhosas.

Havia sido o único a desistir, deixando seu corpo cair para abraçar a neve enquanto Zen lutava para levar Yusuke de volta. O constrangimento trouxe cor às bochechas e lágrimas aos cílios, mas que se recusaram a descer. A constatação do estado de Yusuke era o único capaz de apavorá-lo a ponto de acordar da dissociação.

Tetsurou tentou se erguer, mas a fraqueza nas pernas não permitiu. Forçou-se ao máximo, o maxilar trincando com as dores agudas que o nocautearam. Agarrou-se à parede para conseguir. Ao lado do futon, só havia aquela mochila que trouxera de Ningenkai, na última noite ao lado de sua irmãzinha, e uma muda de roupas limpas. Uma fonte no centro do quarto reproduzia um som calmo, e era por onde uma neblina suave se espalhava. Devia ser algum tipo de sonífero, mas Tetsurou nunca foi afetado por qualquer medicamento ou veneno.

Pétalas de Akayama [PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora