Um espírito maligno coloca um vilarejo em risco e agora dois rivais terão que se unir para salvar quem amam.
Na antiga Ise, Yusuke e Tetsurō eram melhores amigos, mas conflitos ancestrais entre suas famílias os levaram a tomar caminhos distintos: Yu...
Veneráveis, o capítulo dessa semana é para quem quer sentir altas emoções. Estejam avisados e se preparem para uma cena muito esperada por vocês (não, não é o beijo)!
Ah, devo avisar aos veneráveis também uma novidade que vocês vão amar: O FÍSICO DE PÉTALAS DE AKAYAMA 2 ESTÁ PREVISTO PARA A BIENAL DE SÃO PAULO DE 2024, QUE OCORRE EM SETEMBRO.
Animados? Vão comprar? Vão ter extras bem legais, hein!
No capítulo anterior...
Depois de Zen absorver Hebi e atravessarem um longo caminho pela neve, Yusuke, Tetsurou e Zen chegam na estalagem administrada por dois velhos youkais que dividem o mesmo corpo. Eles tentam alugar um quarto para cada, mas não possuem dinheiro e Zen provoca os anfitriões por achar o preço um absurdo. Os humanos quase são expulsos, mas Tetsurou apela para o emocional dos youkais idosos e consegue um quarto para os três passarem a noite.
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O colchão era de solteiro e apertado demais para os três. Caber mais de dois ali exigiria muita força de vontade e sacrifício de espaço pessoal.
Os kumocchin haviam os guiado por uma porta corrediça de papel, com desenhos de camélias brancas e amarelas por todo seu comprimento. Ela deslizou assim que o pequenino se aproximou, afoito, com a chave pendurada nos bracinhos. Quando tiveram a visão de onde iam dormir, deram um sorriso amarelado.
O cômodo era ajeitado e limpo como se algum outro hóspede tivesse acabado de utilizá-lo. A simplicidade era vista em cada parte: desde tatame, já amarelado pelo envelhecimento e com apenas quatro retângulos como organização modular, até as estantes, apenas com o necessário para se aquecer e descansar. Era confortável, mesmo não havendo janelas. Do lado direito, nos fundos após um degrau para baixo, ficava uma mesa baixa com cobertos com uma colcha espessa e um poço de carvão sob sua madeira. Do lado esquerdo, um irori, com uma chaleira suspensa por um gancho ajustável.
No fim, a cama ficou toda para Zen. Yusuke o colocou deitado ali e disparou até o armário, onde três cobertores grossos estavam enrolados. Colocou todos de qualquer jeito entre os braços.
— Yuu-chan, calma...
— Como posso ter calma? Ele está queimando em febre! E você — Atirou um dos cobertores contra Tetsurou, e os outros dois despejou sobre Zen, soterrando-o — cubra-se, antes que fique doente também e me dê mais trabalho!
Tetsurou desdobrou o cobertor e gentilmente o envolveu nos ombros, repetindo o gesto com Zen, cobrindo completamente o corpo do kitsune-humano.
— Acenda o irori para mim, então, pode ser? Eu vou cuidar dele — uma pausa e outro sorriso sem graça — e de mim.
Tetsurou fitava estático — e um pouco atarantado — as costas do samurai, se movimentando para colocar lenha na lareira do irori, como havia solicitado. Sua atenção foi puxada para Zen suando no colchão. Não era tão expressivo quanto Yusuke, mas não significava que não estava se corroendo de preocupação. A vivência da sua profissão o tinha ensinado a ser paciente e de forma alguma deixar os pensamentos de desespero atrapalharem. Se Tetsurou começasse a demonstrar seus medos, ele e o paciente perdiam. Tinha que preparar uma sopa de legumes, um chá analgésico e uma compressa de água o quanto antes.