Capítulo 9

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Se o problema era ter uma ocupação para a minha cabeça, Jonathan West conseguiu me ajudar, pois desde a última noite não para de pensar nele, lembrar de tudo e de sentir que deveríamos fazer isso mais vezes.

Os poucos amigos que tenho sabem o quão desconfiada sou com tudo na minha vida, e isso não saia do percurso.

Por mais parecido e convencido fosse a sua explicação, eu buscava por um motivo plausível para que um homem como ele quisesse tanto sair com alguém como eu.

Bem, se a noite começou com uma possível amizade estranha e totalmente improvável, ela terminou me deixando de olhos bem apertos e com o pensamento de que não era isso que ele queria.

Como se já não bastasse a semelhança entre nós, sentia uma atração fora do comum que piorava todas as vezes que nos encontrávamos e ele me olhava daquela forma, como se quisesse me comer viva.

Minha mãe sempre me dizia para tomar cuidado com as atitudes impulsivas e paixões malucas, pois eram essas que nos deixava de pernas quebradas quando acabava.

Encarando o computador, não sabia como me concentrar no trabalho, e olha que dessa vez ele era interessante, apesar dos meus colegas ainda estarem rastejando sobre as evidencias.

- Você é Rebecca Miller? – Um homem perguntou-me, tirando-me das profundezas dos meus pensamentos malucos.

Ao observa-lo, vi que era um entregador, com calça preta e blusa marrom, ele segurava um copo de café que estava em um suporte e uma caixa com algum doce dentro. Estranhei, não fiz pedido algum.

- Sim, sou eu. – Respondi desconfiada.

- Isso é para você. – Ele disse estendendo os pacotes.

Franzi o cenho, logicamente estava acontecendo algum engano.

- Não fiz nenhum pedido. – Expliquei.

- Alguém fez, e pediu que fosse entregue a Rebecca Miller. – Explicitou deixando-me ainda mais confusa. – Tem um bilhete, creio que explique tudo.

Ainda desconfiada, peguei os pedidos e ele se foi. Olhei para o que havia pego e tentei entender tudo.

O bilhete em cima da caixa era pequeno e como estava sedenta pela explicação, logo coloquei os objetos em cima da mesa e o abri.

"Você é uma mulher diferente das outras. Flores seria um clichê que poderia odiar, então optei por lhe dar algo que tenho certeza que melhoraria seu dia. Sei que prefere o café forte, e Muffins com gotas de chocolate. Claro, tomei a liberdade de perguntar a atendente que achou estranho, mas depois de um bom papo e explicar o porquê, ela me contou. " - West

Minha boca estava doendo de tanto que eu sorria como uma idiota. Não era nada demais, porém, a sua atitude foi fofa e muito atenta.

Ele tinha razão, flores eram um exagero e antiquado, mas isso me agradava, ainda mais vindo de um homem como ele que achava necessário um presente pós encontro.

Abri a caixa e vi a perfeição em formato de doce. Amava Muffin. De todos os tipos, mas meu preferido era de baunilha com gotas de chocolate.

- O que aconteceu com o seu rosto? – Edward se intrometeu no meu momento fofo.

Levantei o rosto e ele juntamente com Mila, me encarava com surpresa e espanto.

- Vocês não me deixam em paz mesmo, não é? – Revirei os olhos. – Quem me importunou a semana toda sobre o meu mau humor?

- Nós, mas isso também é estranho. – Mila disse e sorrateiramente pegou o bilhete da minha mão, no qual tentei toma-lo de volta, mas Edward a ajudou a escapar.

dupla obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora