Capítulo 13

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Seu toque me incendiava. Não consegui respirar direito sentindo seus lábios no meu corpo, suas mãos me excitando e o calor que emanava do seu corpo.

O mundo lá fora passava em um ritmo diferente.

Quanto mais fundo ele ia dentro de mim, mais eu o queria, não conseguia controlar a minha boca, que foi calada ela sua logo em seguida.

Ele era forte e rude, mas nada disso era ruim. Não quis que fosse romântico. Não! Eu quis que me saciasse, que libertasse o meu corpo daquela tortura e foi isso que ele fez, me deixando mole, submissa e pedindo por mais a cada segundo.

Minhas unhas arranhavam a suas costas, mas ele não reclamava. Beijou meu pescoço, apertou a minha carne e me invadiu de novo e de novo, me fazendo perder todo o equilíbrio.

Quando aquela sensação de satisfação boa começou a brotar na minha barriga ela logo se espalhou por todo o meu corpo como uma avalanche que arrastava a minha sanidade. Ele foi logo depois de mim. Satisfeito e cansado, assim como eu.

A última coisa que me lembro e dos seus braços sobre o meu corpo, ainda quente, o beijo no meu rosto e depois tudo apagou, como um interruptor.

- O que está acontecendo com o seu rosto? – Mila perguntou, franzindo o cenho e sentando-se sobre a minha mesa. – Tem alguma coisa fora do comum.

- Ha ha, muito engaçado. – Falei fazendo uma careta. – Você não vai consegui mudar a minha felicidade.

- Onde você foi ontem à noite? – Ela me interrogou com aquela cara de malvada. – Claro, West também sumiu, então.... você sumiram juntos e está feliz, ou seja, você e o gostoso tiveram uma noite agitada.

- Sei que só está me zuando e que seu interesse é outro, mas se referir ao meu namorado como gostoso me deixa enciumada e isso me incomoda porque não quero ter ciúmes igual aquelas neuróticas.

- Espera um minuto, namorado? – A cara que fez quase me fez rir. – Aquele homem deve ser fantástico na cama e pela sua cara ele é.

- Idiota. – Voltei a encarar o computador. – Acho que deveria olhar para si mesma, ou melhor, para o chefão bonitão no qual está obcecada.

Provocar Mila era o tipo de mulher que se não provocava. Ela era boa em bater ou em achar seus podres, por isso amava a sua amizade, mas odiava brigar.

- Volte ao trabalho Miller. – Falou fechando a cara e saindo de perto de mim.

***

A noite, assim como o dia, não estava tão frio como o habitual. Pela primeira vez estava gostando disso, ver o céu limpo e as estrelas.

Ed me chamou para um drink depois do trabalho e aceitei, com a promessa de que não ficaria até o fim por um compromisso que teria após isso.

Desde que minha mãe morreu eu nunca estive tão feliz. Até penso que deve ser alguma recompensa do destino ou exagero meu.

Achar alguém como Jonathan era estranho e reconfortante ao mesmo tempo.

Sempre tive gostos peculiares como gostar de ficar só, optar pelo frio, me focar no trabalho e imaginar possibilidades ou até mesmo teorias para as mortes. Comentar isso só era permitido no trabalho, por isso vivia enfiada nele e saia pouco.

Confesso que não era comum. Desde pequena tinha essa coisa de saber mais sobre as partes sombrias da vida como a morte. Seguir na carreira de perita foi uma grande alegria e oportunidade para explorar isso dentro de mim, e descobrir ser boa nessa parte.

Jonathan, um homem maduro e importante nunca entraria na minha frente com facilidade. Ir ao tribunal não era corriqueiro, não sabia como alguém como ele foi posto na minha vida e a transformado completamente.

dupla obsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora