Capítulo 27 | A decisão

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Eu olhei para ele, com os olhos cheios de fúria e tristeza. Era como se todos os sentimentos negativos estivessem se acumulando dentro de mim, prestes a explodir. Mas eu não queria me render ao ódio e à violência. Eu não queria me tornar aquilo que tanto odiava.

Com um último suspiro, soltei a faca, deixando-a cair no chão. Meu corpo estava tenso, mas eu sabia que precisava me controlar. Eu não podia permitir que ele me levasse ao limite, que me transformasse em alguém que eu não era.

— Você não vai conseguir me provocar, Alberto. Eu sei quem eu sou e o que eu quero. Não vou permitir que suas palavras venenosas me atinjam. Agora, por favor, vá embora daqui. Eu não quero mais ter que lidar com você — falei, com a voz firme e determinada.

Alberto ficou surpreso com minha reação, talvez esperando que eu sucumbisse à sua provocação. Ele apenas riu .

— Você não tem coragem — ele afirmou .

Não sei o que deu em mim . Mas eu fiquei com tanta raiva daquele homem por tudo o que ele tinha feito com a Wendy e comigo que eu enfiei aquela faca no braço dele.

A dor que Alberto sentiu foi instantânea, mas não se comparava à dor que ele causou a mim e a Wendy. Era uma mistura de alívio e vingança que tomava conta de mim naquele momento. Eu sabia que não era certo, que não era a pessoa que eu queria ser, mas era difícil controlar a raiva que me consumia.

Olhei para ele caído no chão, segurando o braço ferido, e percebi que aquela ação não me traria paz. Pelo contrário, apenas alimentaria o ciclo de ódio e violência. Respirei fundo, tentando encontrar a calma dentro de mim.

Logo a Márcia apareceu na cozinha . Ela ficou com a expressão assustada , assim que viu o Alberto no chão com o braço todo ensaguentado .

Me apoiei na pia da cozinha , enquanto minhas mãos tremiam de raiva .

Eu sabia que tinha que lidar com as consequências das minhas ações, mas também sabia que não podia contar com a ajuda da Márcia. Ela era minha empregada , mas eu a via como uma mãe, alguém que sempre esteve ao meu lado, cuidando de mim como se eu fosse sua própria filha.

Márcia correu até mim, preocupada com o que tinha acontecido. Seus olhos se encheram de lágrimas ao ver a cena diante dela. Ela me abraçou, tentando me acalmar, enquanto eu me debatia entre a raiva e a tristeza.

— Minha querida, o que foi que você fez? — ela perguntou, com a voz embargada.

Eu não conseguia responder. Meus pensamentos estavam confusos, minha mente estava tomada pela fúria .

Márcia fez os primeiros socorros e chamou a ambulância para levá-lo para o hospital.

Márcia me levou até o sofá, me acolhendo em seus braços. Ela me abraçou com força, como se quisesse me proteger de todo o mundo lá fora. Eu me senti segura em seu abraço, como se nada pudesse me atingir.

— Minha querida, eu sei o quanto você está sofrendo. Mas precisamos lidar com isso de uma maneira diferente. A violência nunca vai nos trazer paz. — Márcia disse, com uma voz firme e amorosa.

 — Márcia disse, com uma voz firme e amorosa

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