Capítulo 32 | passado

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Tomamos um banho e depois descemos para almoçar.

— Oi pai, faz quanto tempo que o senhor chegou? — Elle perguntou, assim que viu o senhor Denilson sentado no sofá.

— Faz um tempinho já — ele respondeu.

Elle se sentou ao lado de seu pai.

Vi que a Márcia estava pondo a mesa e eu resolvi ajudar. Desde que eu comecei a morar aqui, eu sempre faço questão de ajudar a Márcia em tudo que eu posso.

Peguei os pratos e os talheres, distribuindo-os de forma organizada.

Logo, a mesa estava pronta e todos se juntaram para o almoço. Sentamos ao redor da mesa.

— Como foi a sua manhã, filha, fez algo de bom além da escola? — Denison perguntou.

— Acho que nada . E o que o senhor fez de bom essa manhã, além do trabalho? — ela perguntou.

— Não, só trabalhei sem parar hoje — respondeu.

Ficamos em silêncio por um tempinho.

Desde aquele dia em que a Elle deu uma facada no Alberto, o pai dela sempre faz de tudo para me ignorar e sempre fica de cara fechada para mim, e sempre que ele pode ele me trata mal.

— Teve notícias da sua mãe depois do ocorrido, Wendy? — ele perguntou, quebrando o silêncio.

— Não — respondi seco.

Desde o que aconteceu naquele dia, eu sempre faço de tudo para não entrar nesse assunto, justamente porque ainda dói...

— Ai pai, para de ficar fazendo perguntas como essas para Wendy — Elle soltou um suspiro — O senhor sabe muito bem que isso magoa ela .

— Desculpe, não foi minha intenção — ele disse em um tom de deboche.

A atmosfera pesada pairava sobre a mesa, mas todos continuaram a comer em silêncio, tentando evitar confrontos desnecessários. O almoço seguiu em um clima desconfortável, com poucas palavras trocadas e olhares evitados. Cada um estava perdido em seus próprios pensamentos, carregando o peso das tensões familiares. Era difícil ignorar o passado e suas consequências, mas todos estavam determinados a seguir em frente, mesmo que isso significasse enfrentar os desafios diários com sorrisos forçados e palavras não ditas.

 Era difícil ignorar o passado e suas consequências, mas todos estavam determinados a seguir em frente, mesmo que isso significasse enfrentar os desafios diários com sorrisos forçados e palavras não ditas

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Após o almoço a Wendy foi ajudar a Márcia a lavar as louças.

— O que foi aquilo pai ? — confrontei ele .

— Não sei do que você está falando — se fez de sonso .

Respirei fundo — Você sabe muito bem o que eu estou falando .

Ele levantou uma sobrancelha, parecendo indiferente. — Respeito se conquista, Elle. E ela não tem feito muito para merecer o meu.

Fiquei furiosa com a resposta dele. Como ele podia ser tão insensível? Wendy não merecia o tratamento que recebia dele.

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