Capítulo 4

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Rodrik🦇

Geralmente ir a festas e beber até cair faz as pessoas esquecerem dos problemas, mas comigo não funciona assim, eu bebo e lembro do porquê estou bebendo, então fico com raiva e vou embora, agora estou bebendo uma garrafa de whisky enquanto caminho pela floresta sangrenta. Pareço anestesiado por conta do álcool e isso me dá vontade de dançar, então é exatamente o que faço. Danço pela mata enquanto volto para casa. Já estou saindo da floresta, quando dou de cara com Amylla. Escuto seu coração bater forte, quando ela me vê, sua respiração fica tensa e seu corpo inteiro treme.

—O que faz aqui? Sabe como é perigoso entrar na floresta sangrenta?

Ela respira fundo e se aproxima.

—Estava te procurando, você não apareceu e eu fiquei preocupada

—Você é burra mesmo, ia entrar na floresta sozinha.

—Não sou burra! Eu vim por você e é assim que me agradece?

—Quer um agradecimento?

O vento bate forte em meu corpo, o cheiro de chuva invade minhas narinas, olho para o céu e observo tudo preto, esperando a hora de liberar toda água.
Levo a mão até a cintura de Amy e a puxo para mim, fazendo seu corpo bater no meu, o choque faz eu ficar com desejo, sua respiração falha e ela engole seco.

—Posso te agradecer de várias formas.

Aliso seu rosto delicadamente, ela fecha os olhos, como se esperasse que eu fizesse alguma coisa. Entrelaço os dedos em seu cabelo e puxo, inclinando sua cabeça para trás, ela apenas solta um gemido baixo, parece estar com medo. Dou um cheiro em seu pescoço e ela se arrepia.

Seu cheiro é bom...

—Você tem cheiro de rosas e... Chocolate —Sussurro em sua orelha.

Observo a mordida em sua pele, não está profunda, são quatro furos e já está cicatrizando por conta do sangue de Dalila em seu organismo. Delicadamente eu passo a língua quente nele, sentindo o pouco de sangue que estava escorrendo. Amy treme em meus braços, mas não diz nada. Minha outra mão viaja em sua perna e agarra ela, suspendendo-a para cima. Uso minha velocidade e a empurro, escorando-a na árvore. Seu coração bate forte, mas ela parece estar com falta de ar.

—É difícil respirar perto de mim?

—Tenho medo de você —Ela me encara

—Medo? Não... Acho que você sente outra coisa, além do medo, eu consigo sentir...

Beijo seu pescoço e depois corro os lábios até sua clavícula, com os dentes eu puxo o botão da capa e ela cai no chão, no mesmo segundo sinto uma gota de água pingar em mim.

—Rodrik... Precisamos voltar

—Ah, Amy, eu estou bêbado e cheio de desejos.

—Rodrik, vamos voltar.

Sua mão agarra meu braço e tenta me empurrar, mas ela é mais fraca. Dou um sorriso de canto, levo uma perna até entre as suas e pressiono com força, ela arfa e puxa o ar para si.

—Não vamos embora tão cedo, você veio atrás de mim, então agora faça de tudo para sair viva.

—Você não vai me matar!

—Não? —Lambi sua bochecha. —Sabe de uma coisa? Naquela casa já teve exatamente treze empregadas... Eu matei todas elas! —Dou uma risada e o corpo de Amy treme —Você é só mais uma, nada vai me impedir.

—Então me mata, o que está esperando? Me mata! —Seu tom de voz fica firme.
Afasto o rosto do seu pescoço e a encaro, sua expressão está tensa e zangada. —Eu vim te ajudar e é isso que você faz? Por isso ninguém é compreensível com você! Porque você gosta de estragar tudo, você quer ser do mau, quer te odeiem! É um idiota mesmo.

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