Capítulo 18

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Rodrik🦇

Amylla dormiu já no final da música. Peguei o envelope dentro da gaveta com as músicas traduzidas e a carta. Jogo a carta fora, pois ela era uma explicação do porque eu lhe dei o colar e isso eu já fiz. Consegui outro papel, traduzi a que acabei de cantar e coloquei dentro do envelope, depois o deixei em cima da cama do lado dela. Não vou dormir na cama com ela, pois não quero deixá-la nervosa ou assustada, mas não posso ir pra muito longe, pois quero estar aqui caso ela tenha um pesadelo. Arrumei uma cama no chão do lado que ela está dormindo e então deito e toco levemente em seus dedos, entrando em sua cabeça.

A vejo sendo arrastada por marcus, ela usa um vestido curto branco, o corpo está coberto de cortes que formam os símbolos. Marcus a joga para Drácula primeiro, ele a segura com força, apertando seu braço enquanto ela geme de dor. Ele alisa seu rosto, sua perna, passa a mão entre elas.

Minha pele queima de tanto ódio.

Há uma cova ao lado dele, onde ele joga Amylla lá dentro. Ela grita e chora desesperadamente, enquanto Drácula começa a tampar a cova.

Não consigo mais ver. Não aguento.
Me afasto e quebro a conexão.

Eu vou matá-lo. Vou matar Marcus, torturar... Fazê-lo desejar nunca ter existido.
Vou fazer o mesmo com Drácula... Vou dar um jeito de torturá-lo, mesmo que seja difícil.

Deito a cabeça no colchão da cama e faço Amylla sonhar com coisas boas.
Ela não merecia isso.
Machucaram tanto minha garota.

Acordo com o barulho dela levantando-se. Me estico e a observo ir até o banheiro, continuo deitado, escutando ela escovar os dentes ela termina e começa a voltar pra cá, quando me vê e leva um susto.

-Rodrik?

-Bom dia rosa do dia.

-Você dormiu aí? Rosa?

-Sim.

Ela dá um sorriso e cobre o rosto com as mãos.
Sento-me no colchão e apoio a cabeça na mão enquanto a encaro. Ela ainda está de pijama e isso me dá vontade de beijá-la todinha.

-Deixei um presente pra você, em cima da cama.

Amylla vem até a cama e pega o envelope, ela faz uma expressão confusa, dá de ombros e abre. Folheia os papéis correndo os olhos bem rápido pelas palavras. Um sorriso enorme se abre em seu rosto.

Finalmente ela sorriu de verdade
Aquele sorriso que me derrete inteiro.

-São as músicas? Traduzidas... Minha nossa! -Ela dá pulinhos de alegria com sorriso mais perfeito que eu já vi na vida. -Eu amei.

-Não faça afirmações ainda, você nem leu as traduções.

Ela mostra a língua pra mim. Levo a mão até o peito e puxo o ar de um jeito dramático.

-Que malcriada, será que eu pego de volta as músicas?

-Não!

Levanto e me aproximo dela, que se afasta segurando firme o envelope contra o peito.

-Ah, eu devo sim pegar!

-Não! Você me deu, já era!

Cruzo os braços e inclino a cabeça de lado.

-Está sendo muito mimada, não acha não?

-Bom, a culpa é sua.

Ela dá de ombros, passa por mim, se senta na cama e espalha as folhas.

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