A Rosa Vermelha

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Parte 3
Capítulo 21
Amylla

Já se passaram semanas desde que matamos Drácula, todos os dias quando eu durmo eu tenho o mesmo sonho. Roland me pedindo ajuda. O pior é que eu apago quase o tempo inteiro, passo o dia inteiro nessa casa sem fazer nada, então acabo dormindo, geralmente após o almoço Rodrik treina luta comigo, mas depois ele sai e só volta tarde. Também não sei onde estamos. Tudo aconteceu muito rápido. Rodrik apareceu, estava com a expressão fria e maligna. Eu não sabia o que fazer, porque... Ele me controla, pois eu coloquei a rosa dentro dele. Eu confiei nele, e agora estou presa em outro país, em um quarto estranho, trancada o dia inteiro, esperando ele vim, se alimentar e sair.

A porta range e Rodrik entra. Hoje está apenas com o brinco da letra A, é o único que ele nunca tira. Seu cabelo está amarrado, mostrando mais nitidamente o rapado da lateral, seus olhos continuam vermelhos, não mudaram de cor, e ao redor, toda a parte branca foi coberta pelo amarelo dourado, deixando ele com um olhar sombrio e perigoso.

Ele está sem camisa e com uma calça preta. Se aproxima de mim, permaneço sentada na ponta da cama, enquanto ele se abaixa na minha frente, por dezoito dias eu tenho perguntado a mesma coisa pra ele.

—Como isso aconteceu com você?

—Normal —Ele sempre responde a mesma coisa.

—Rodrik, eu não sei o que está fazendo, mas precisa parar.

—Ah, não... Não posso parar agora. Tenho novidades pra você. Fiquei sabendo que Marcus está em Dynastia, depois de abandonar o filho por semanas, ele resolveu voltar. Mandarei pessoas para trazê-lo até mim, estou doido para torturá-lo, afinal, preciso esfaquear alguém, se não vou enlouquecer.

—Por que não me esfaqueia então? —Provoco.

—Por que eu não quero!

Ele é tão arrogante, parece o Rodrik que conheci no início, aquele doido que dizia que não se importava comigo.

—Você se importa?

—Não mesmo.

—Será? Então porque não me fez fazer o ritual ainda? Me fala!

—Porque eu mesmo quero ter o prazer de te matar, então estou procurando uma forma de me desligar de você sem que você morra.

—Que papo furado.

Tento levantar, mas ele bateu as mãos em minha coxa fazendo-me sentar de volta da cama.

—Não te dei permissão para sair.

—Então se alimente e vá embora logo. Não quero ficar aqui discutindo com alguém que não sabe o que quer da vida!

—Ah, eu sei o que eu quero...

Ele se levanta, ainda com as mãos em minha coxa.
Minha nossa, seu toque me deixa louca
Eu não deveria me sentir assim, não com ele agindo desse jeito, mas ele faz de propósito, me provoca só pra me irritar. A mão de Rodrik pressiona meu pescoço devagar e ele desce meu corpo, fazendo  com que eu me deite na cama. Minha respiração acelera, meu peito sobe e desce, por conta do nervosismo.

—Eu quero você.

—Eu também quero você, mas quero o você de antes...  Aquele que se importava comigo.

—Esse Rodrik morreu, sinto muito.

—Não acredito nisso.

—Quer que eu faça você acreditar?

—Qual seu problema?

Meu corpo esquenta assim que entra em contato com o dele. Puxo o ar com força enquanto sinto seus lábios roçarem levemente minha clavícula. Levo a mão até seu pulso e ele aperta meu pescoço.

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