Capítulo 15

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Rodrik🦇

Sanidade.
Tudo que eu não tenho mais.
Perdi no momento em que acordei e percebi que Amy havia sido raptada.
Agora fazem três dias em que tentamos encontrar onde Drácula estava enterrado. E quanto mais tempo eu passo longe de Amy, mais eu sinto que estou me tornando um completo psicopata sanguinário. Eu não ligo. Eu mato, ameaço e manipulo para conseguir o que quero... A localização.
Porque se eu não encontrá-la.
Eu vou destruir cada vida humana dessa terra.

“Ele vai te matar, está surtado, matando qualquer um a qualquer momento, é capaz de destruir tudo só pra ter o que ele quer, então fale o que você sabe, por favor”

—Ele tem razão!

Digo com o tom irônico, entrando na sala da biblioteca onde meu tio está conversando com o bruxo local da cidade de Foculls. Cruzo os braços e dou um sorriso para o bruxo. Ele tem o cabelo cacheado, pele escura, alto e com músculos de alguém que passa muita tempo praticando exercícios físicos. Ele deve estar na faixa dos 22 anos e se chama Roman

—Melhor me contar o que sabe ou cabeças irão rolar.

Roman me encara dos pés à cabeça e abre um livro gigantesco sobre a mesa.

—Xamahan é uma pequena cidade daqui de Transilvânia, aqui nesse livro da antiga bruxa da linhagem dos Sibellys, diz que o corpo de Drácula foi enterrado debaixo do jardim do grande castelo dele, foi onde cresceram as rosas.

—O senhor pegou uma rosa tio, onde conseguiu?

Encaro-o.

—Consegui com uma bruxa que ficava nessa cidade, o nome dela era Yana ela entregou a Tátia...

—Tátia era minha mãe. Ela te deu a última rosa que tinha no jardim do Drácula, depois disso falam que nunca mais cresceu. A rosa surgiu quando a bruxa nasceu, foi destinada a ela, está na profecia.

—Que profecia? E cadê sua mãe? Se ela sabe onde é, devemos nos levar!

Bato a mão na mesa.

—Não dá. Minha mãe foi morta, por um vampiro.

Ele me encara como se a culpa fosse minha.
Tátia...
Fui eu mesmo... Dou uma risada curta e aponto para o livro.

—Me fale mais sobre essa tal profecia.

—Eu não sei direito, mas a rosa surgiu junto com o nascimento da bruxa de cabelos brancos, e quando o poder for despertado ela irá exterminar todos os monstros que vagam pela terra.

—Os vampiros?

—Sim. Ela nasceu pra isso.

—Isso é ridículo, a Amylla não me mataria.

—Amylla? Esse é o nome dela? Não...

O garoto franze o cenho e começa a passar as páginas do livro uma a uma.

—Não é Amylla... É Angélica.

—Não, nada a ver... E Amylla! Acredite eu sei quem é, ela tem 17 anos, e o cabelo tão branco quanto as pétalas da rosa.

—Não pode ser. As bruxas foram atrás da mulher há muito tempo, ela se chama Angélica. E na profecia está escrito seu nome.

—Você nem tem a profecia em mãos, como tem tanta certeza disso? Sem contar que isso é uma idiotice, uma profecia boba! Tudo mentira, são esses enigmas de bruxos que vocês inventam!

Agarro com força o pescoço de Roman e levanto seu corpo para o alto. Ele começa a tentar respirar e tirar minha mão dele.

—Vai nós levar até Drácula primeiro, e se falhar... Eu vou arrancar seus olhos.

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