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Quando a noite caiu, me levantei e caminhei para fora do quarto, perdida em pensamentos profundos, como era meu hábito, mas quando olho para a fogueira um barulho alto dos garotos comemorando e gritando "Thomas" repetidamente

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Quando a noite caiu, me levantei e caminhei para fora do quarto, perdida em pensamentos profundos, como era meu hábito, mas quando olho para a fogueira um barulho alto dos garotos comemorando e gritando "Thomas" repetidamente. O garoto, que antes não lembrava de nada, de repente recordou de seu próprio nome "Thomas". Eu já havia sonhado com esse nome antes... No entanto, decidi ignorar, questionando se não era apenas minha mente tentando me sabotar.

Ao chegar no meu destino, um grito cortante vindo do labirinto invadiu nossos ouvidos. Era um verdugo, mas isso era normal. Mesmo assim, estávamos seguros pois os muros estavam fechados, nos protegendo de qualquer perigo que pudesse vir de lá. Gally, tentando acalmar Thomas, disse:

— estamos seguros, nada passa pelo muro — Então Alby, percebendo o peso do dia sobre nós, sugeriu que já estava na hora de dormirmos.

Eu mal havia saído do quarto e já estava sendo convocada para retornar, mas tudo bem, eu estava cansada e com muito sono. No primeiro mês, eu mal conseguia dormir direito, atormentada por pesadelos que insistiam em me assombrar noite após noite, então eu acabava passando a maior parte da noite acordada. Enfim me deitei na rede e fechei meu olho, logo começando o meu sonho, ou melhor, pesadelo:

Era uma situação caótica. Eu estava correndo freneticamente, com Thomas logo atrás de mim. Ele gritava em um tom que eu nunca tinha ouvido antes,

— Corre! Não olha pra trás! — Eu estava dominada pelo medo, ansiando por escapar daquele laboratório claustrofóbico. Meu peito subia e descia rapidamente enquanto eu respirava ofegante.

Em um esforço desesperado, abri uma porta à minha frente e esperei ansiosamente por Thomas, que estava logo atrás de mim, lutando para manter o ritmo. Atrás de Thomas, uma gangue de cinco homens corria em nossa direção. Eles eram capangas do Cruel, que havia ordenado nossa captura.

Com um estrondo, Thomas e eu conseguimos fechar a passagem. Eu apertava o botão do elevador repetidamente, implorando silenciosamente para que ele chegasse mais rápido. Não havia outra saída além daquele elevador. Foi quando Thomas olhou para cima e avistou um duto de ventilação.

— Você vai subir. — Ele disse, esforçando-se para abrir o duto o mais rápido possível, enquanto os homens do Cruel tentavam abrir a porta que Thomas e eu havíamos fechado. — Me prometa que você vai sair daqui, mesmo sem mim. — Eu franzia a testa, confusa. Em um sussurro, eu disse "não... Thomas." Thomas, então, me ajudou a subir para o duto.

—Eu vou atrás de você — ele disse, em uma tentativa de me confortar. Entrei no duto e estendi a mão para ele, mas ele recusou.— Nossas mães gostariam que você fosse corajosa e seguisse em frente — disse Thomas, enquanto a porta estava prestes a se abrir.

Então, ele voltou a empurrar a porta, lutando contra os homens do Cruel.

— Vai! Lana, corre! —Eu chorei após Thomas ter dito aquilo. Então, comecei a engatinhar pelo duto, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

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