SURVIVE - Maze Runner

15.

Durante esses seis meses, muita coisa aconteceu. Meu cabelo, por exemplo, havia crescido um pouco.

Eu e Newt nos tornamos mais próximos, construindo um relacionamento leal, como sempre foi.

Eu e Brenda também nos tornamos amigas muito próximas, compartilhando segredos e risadas.

Thomas e eu nos considerávamos irmãos, apoiando um ao outro como uma verdadeira família faria.

Vince, por outro lado, tornou-se uma espécie de figura paterna para mim. Ele me protegia, cuidava de mim, estava sempre lá quando eu precisava.

A marca da mordida do Crank que eu levei ainda estava lá, uma lembrança permanente do perigo que enfrentamos e que ainda tem mais pela frente, mas as coisas pretas ao redor já não existiam mais.

Nesse período, Thomas gerou um plano meticuloso e hoje era o dia de colocá-lo em prática. Eles escolheram eu, Newt, juntamente com outros dois garotos, para ficar perto da rodoviária onde passaria o trem que carrega Minho e os demais. Nos escondemos atrás de uma pedra massiva, aguardando ansiosamente o sinal de Thomas para agir.

— Acha que vamos conseguir? — perguntou Newt, lançando-me um olhar incerto.

—Eu espero que sim. — respondi, segurando firme a pistola em minhas mãos, observando cada detalhe ao nosso redor.

— Você fica linda com esse colete. — Newt disse com um sorriso travesso brincando em seus lábios. — De qualquer jeito, na verdade — ele continuou, fazendo com que eu soltasse uma risada baixa e olhasse para ele.

— Não é um momento tão adequado para flertar comigo — retruquei, tentando manter a seriedade. Ele apenas olhou para meus lábios,

— Claro, loirinha — Disse ele.

Quando Thomas assobiou, nós olhamos imediatamente em sua direção. Ele já tinha soltado os vagões, isso fez com que a gente corresse até lá. Eu estava destinada a dar cobertura a Newt, pois os homens do Jason estavam se aproximando. Minha pistola estava cravada na minha coxa e eu tinha em mãos o arco e flecha. Quando os homens se aproximaram, lancei uma flecha certeira, fazendo com que um deles caísse no chão.

— Lana, Newt, subam! — Disse Vince descendo do vagão enquanto atirava nos caras. Eu também atirava, tentando ganhar tempo.

— Sobe primeiro, Lana — Disse Newt, ainda ocupado no processo de descolar as rodas do trem para facilitar nosso trabalho. Brenda, Jorge e os outros estavam a caminho com a Nave, prontos para levar este vagão com as pessoas para um novo refúgio.

— Vem Newt! To te dando cobertura — gritei, atirando as flechas em alguém que se aproximava, até que Thomas me puxou rápido.

— Te salvei de um tiro — Thomas sorriu e eu apenas agradeci com um sorriso aliviado. Então Newt subiu, e logo a Nave chegou.

— Sobe, Vince — gritei, enquanto tiros voavam por todos os lados. No fim das contas, conseguimos resgatar as pessoas, levando-as para o refúgio.

Quando finalmente fizemos uma parada, adentramos os vagões com a esperança de encontrar Minho, mas o único rosto familiar que pude identificar foram os de Aris e Sony. Minho, para nossa infelicidade, não estava lá. Eu sabia que a tarefa de salvá-lo seria árdua, mas eu tinha certeza de que não seria impossível. Estávamos determinados a conseguir resgatar Minho. Ao longe, notei Brenda isolada e decidi me aproximar.

— Oi, como você está se sentindo? — indaguei, preocupada. Ela me fitou e respirou fundo antes de responder — eu só queria saber...

— Eu sei... todos querem. Todos os dias, quando eu finalmente me transformar em um Crank, todos vocês saberão. Estou falando sério — disse Brenda, tentando disfarçar a seriedade do assunto com um sorriso. E então, mudando de assunto, ela perguntou — E você e seu namoradinho, como estão?

— Estamos bem — respondi, sorrindo ao verificar Newt envolvido em uma conversa com Thomas, Sonya, Harriet e Aris.

— Deve ser reconfortante ter alguém ao seu lado nesse mundo apocalíptico — Brenda comentou, abaixando a cabeça e olhando para o chão. Decidi, então, confrontá-la sobre seus sentimentos por Thomas

— Você gosta do Thomas, não é? — Ela ficou em silêncio por um momento antes de finalmente responder.

— Eu não sou ela... Como ele me disse uma vez — disse ela, referindo-se a Teresa. Foi um golpe duro aceitar que Thomas, apesar de tudo, ainda tinha sentimentos por Teresa, e não por Brenda, enquanto Brenda, por sua vez, gosta de Thomas.

Com a confissão de Brenda ainda ecoando em meus pensamentos, deixei-a ali depois de termos conversado sobre isso. Voltei para o resto do grupo. Nós tínhamos um trabalho a fazer, afinal. Nós precisávamos planejar o próximo passo do nosso plano para resgatar Minho.

Em meio à discussão acalorada, não pude deixar de olhar para Newt de vez em quando, agradecendo internamente por ter seu apoio nesse caos. Ele me deu um sorriso encorajador toda vez que nossos olhos se encontravam, o que serviu para acalmar meu coração inquieto.

Aris havia mencionado uma cidade para onde estavam levando Minho. Hoje em dia, era difícil encontrar cidades intactas, mas sabendo que estávamos lidando com o Cruel, esperávamos tudo. Eles a chamavam de "a última cidade". Thomas sugeriu que poderíamos ir e voltar em uma semana, mas levamos seis longos meses para chegar ao lugar onde estávamos agora. Seis meses exaustivos e cheios de desafios.

Vince parecia irritado com toda a situação, mas Jorge chegou e explicou tudo. Então, em meio a tudo isso, prestei atenção no que eles estavam falando quando ouvi a voz de Jason pelo rádio.

— Dando busca no perímetro, setor A completo, vasculhando setor B — Aquelas palavras me fizeram estremecer.

— Merda! Apaguem as luzes — gritou Thomas, e eu corri para obedecer, mergulhando o local na escuridão.

Tive que escrever esse capítulo novamente, eu iria postar ele mais cedo porem acabei perdendo o que eu havia escrito antes. Esse é um capítulo bônus, espero que gostem!

mudei a capa!
Deixem a estrelinha!

💘