03.

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Essa foi, sem dúvida, a noite mais longa e inquietante da minha vida

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Essa foi, sem dúvida, a noite mais longa e inquietante da minha vida. Eu estava triste, extremamente desolada. Sonhei com Thomas, e comecei a suspeitar que esses sonhos poderiam ser fragmentos da memória que havia sido apagada da minha mente. Agora, a incerteza era minha única certeza eu nem sequer sabia se teria a chance de ver Thomas novamente. Meu coração estava apertado, um nó de preocupação e medo que me consumia por causa dos três Alby, Minho e Thomas.

Eu me sentava perto da fogueira, as chamas dançando na escuridão da noite, e a inquietação me dominava.

— Você acha que eles irão sair vivos? — era Chuck quem falava. Eu considerava Chuck como um irmão mais novo, eu faria de tudo para protegê-lo.

— Sim.. eles vão voltar — eu respondi, cortando um galho com movimentos firmes. Eu estava ansiosa, e precisava me distrair de alguma forma.

— eles não vão voltar, ninguém sobrevive uma noite lá dentro — Newt disse, sentando-se ao meu lado. Sua voz soou pesada, repleta de desesperança.

— Você disse que eu e Thomas éramos negativos, agora você está sendo! — eu disse, revirando os olhos, tentando manter o semblante de bravura. O que eu menos precisava naquele momento era ouvir palavras negativas, precisava manter a esperança viva.

Aquele momento foi crucial, era uma questão de vida ou morte. O silêncio então se estabeleceu entre nós, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Eu olhei para a fogueira, suas chamas pareciam dançar ao ritmo de minha ansiedade. A escuridão ao redor parecia mais densa, quase palpável, como se estivesse tentando engolir a tênue luz da fogueira.

Eu podia sentir o olhar de Chuck sobre mim, procurando algum tipo de conforto ou garantia. Eu queria poder oferecer isso a ele, mas a verdade é que eu estava tão assustada quanto ele. Ainda assim, me forcei a sorrir para ele, um sorriso fraco, mas esperançoso. "

— Eles são fortes, Chuck. Eles vão voltar — eu disse, tentando infundir minhas palavras com a convicção que eu mesma estava lutando para encontrar.

Por um momento, permiti-me fechar os olhos, me perdendo no ruído suave do crepitar da fogueira e no canto distante dos grilos. Eu pensei em Thomas, em sua determinação pelo pouco que eu vi. Eu tinha que acreditar que ele encontraria um jeito de sair, não só por ele, mas por todos nós.

Mas, no fundo, uma voz persistente sussurrava a dura realidade que Newt havia expressado mais cedo. Ninguém jamais havia sobrevivido a uma noite lá dentro. Cada segundo que passava tornava essa verdade mais difícil de ignorar. Mesmo assim, eu precisava acreditar. Precisava acreditar, não apenas para minha própria sanidade, mas por todos nós que estávamos esperando, esperando pelo amanhecer, esperando pelo retorno de nossos amigos.

Naquele momento, Chuck se levantou com um suspiro cansado, anunciando que iria se retirar para descansar. Ele se sentia exausto, e acho que percebeu que eu e Newt precisávamos de um tempo sozinhos. Assim que ele nos deixou, o silêncio foi preenchido apenas pelo som suave dos grilos ao fundo, que de alguma forma só serviu para intensificar minha ansiedade.

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