08.

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Então a noite caiu, um manto de escuridão envolvendo tudo ao nosso redor

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Então a noite caiu, um manto de escuridão envolvendo tudo ao nosso redor. O helicóptero parou abruptamente na areia quente do deserto. Estávamos diante de um grande edifício, um lugar que parecia tanto estranho. De forma abrupta, fomos empurrados para fora da aeronave e, antes que pudéssemos nos recuperar, ouvimos tiros. Não eram disparos contra nós, mas contra aqueles que haviam sido infectados pelo temível fulgor.

Newt, apresentando uma coragem, segurou minha mão e começou a correr. Ele me puxava em direção ao lugar que os homens armados indicavam ser seguro, e nós seguimos, confiando em suas instruções. Uma vez dentro, a porta se fechou atrás de nós, revelando um ambiente altamente protegido.

Havia várias pessoas ali, todas aparentemente ocupadas com suas tarefas. Os homens armados eram a maioria, criando uma atmosfera de tensão palpável. Fomos conduzidos para uma sala onde havia comida e água, e embora todos começassem a comer, eu simplesmente não conseguia.

Em vez disso, me sentei em um canto, olhando o boneco que Chuck havia me dado antes de sua morte. As lágrimas que eu havia segurado por tanto tempo finalmente escaparam, mas tentei escondê-las. Eu estava tentando ser forte, apesar de tudo o que estava acontecendo.

Chuck era como um irmão mais novo para mim, alguém que, neste mundo infestado de vírus e verdugos, eu tinha prometido proteger a qualquer custo. Quando me chamaram para comer, eu simplesmente recusei. Não conseguia sentir fome, não com tudo o que estava acontecendo. Pude ver Newt me olhando, seus olhos cheios de preocupação.

A expressão de Newt era um reflexo de nossa realidade incerta, um espelho do medo e da preocupação que todos nós sentíamos. Em seus olhos, eu podia ver a mesma dor que estava sentindo, a mesma perda. Já havíamos perdido muito, e a ideia de perder mais era insuportável.

Em meio a esse caos, eu me apeguei ao boneco que Chuck me deu, um símbolo tangível de nossa irmandade perdida. Era um lembrete de que, apesar da escuridão que nos cercava, havia momentos de luz, momentos que valiam a pena ser lembrados.

Eu estava profundamente chateada comigo mesma, angustiada pela sensação de falha. Eu não consegui cumprir a promessa que fiz, a promessa de salvar Chuck, de protegê-lo, de mantê-lo a salvo dos perigos que nos cercavam. As lágrimas escorriam pelo meu rosto, cada uma delas carregando uma culpa que eu não conseguia deixar de sentir.

Eu estava ali, perdida em minha devastação, chorando sozinha, até que Newt apareceu. Ele se aproximou e se sentou ao meu lado, seu braço envolvendo meus ombros num gesto de conforto.

— Ei... Lana, não foi sua culpa — ele tentou me acalmar, sua voz suave lutando contra o nó em minha garganta.

— Eu disse que iria proteger ele, Newt — eu consegui dizer entre soluços. Era uma promessa, uma promessa que eu fiz a Chuck e que eu não consegui cumprir. Eu não consegui salvá-lo, e isso me fazia sentir uma culpa tão grande que parecia me consumir por dentro.

SURVIVE - Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora