09.

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A porta mais uma vez, se abriu

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A porta mais uma vez, se abriu. Senti que precisava refrescar meus pensamentos e decidi tomar um banho. Assim que terminei, vesti uma blusa da cor vinho, uma calça cinza e uma bota preta que foi a roupa que eles me deram.

Com passos lentos, me dirigi ao refeitório. Ao chegar lá, notei que já haviam colocado comida para mim. Newt, de forma preocupada, me observava enquanto comia um pedaço de bolo.

— Você precisa comer. Desde ontem que você mal toca na comida — Disse Newt. Eu apenas suspirei em resposta.

— Eu... não consigo, não tenho fome — eu confessei. A simples ideia de comer fazia meu estômago revirar, como se estivesse prestes a vomitar. Em meio ao silêncio desconfortável, Thomas falou:

— O que tem atrás daquela porta... — Eu não pude evitar a frustração e respondi

— De novo essa história?

Thomas tinha mencionado várias vezes que tinha visto corpos sendo levados para algum lugar não identificado. Ele afirmava que um garoto chamado Aris o havia guiado por algum duto. Essa menção me fez lembrar... O sonho! Como não havia pensado nisso antes?

— Eu preciso contar algo á vocês... Estou começando a acreditar que minhas memórias estão retornando lentamente. — Eu disse, recebendo olhares confusos e surpresos em resposta, especialmente de Newt. — Desde que Thomas chegou na clareira, tenho tido sonhos estranhos, mas tudo neles me pareceu estranhamente familiar. E antes mesmo de Teresa revelar seu próprio nome, já havia sonhado com ela, só não a reconheci de imediato. Lembro inclusive, do corredor do quarto onde estou agora. E ontem, tive um sonho particularmente vívido com Teresa. Foi ela que fez isso. — Eu levantei a manga para mostrar a cicatriz no meu braço direito.

— Não... Teresa não poderia ter feito isso... — Thomas protestou.

á Thomas, precisamos considerar a possibilidade de Teresa ser capaz de fazer algo assim. — Minho interveio, revirando os olhos.

— É verdade que ela trabalhava para Ava, igual a mim, mas Ava já está morta agora. Além disso, Teresa perdeu a memória... Não podemos colocar toda a culpa nela. — Eu, depois de um momento de silêncio, respirei fundo.

— Bem... uma coisa é certa. Esse lugar não é seguro. — Foi a única coisa que eu consegui dizer.

Thomas, impaciente, tentou passar pelos seguranças, o que acabou nos levando mais cedo para os quartos. Eu estava começando a detestar a ideia de dormir separada de Newt. A primeira vez que compartilhamos a mesma rede, não tive nenhum pesadelo e dormi profundamente. Foi uma noite tranquila e confortável. Com esse pensamento, me deitei.

Depois de alguns minutos, escutei um ruído vindo de debaixo da minha cama. Assustada, pulei de pé, e quando vi um fio de cabelo loiro, respirei aliviada. Reconheci imediatamente que era Newt.

— Que susto você me deu... — Eu disse enquanto ele saía de uma entrada de um duto debaixo da cama.

— Estava com saudades de você. — Ele se levantou e se aproximou, segurando meu rosto com suas duas mãos. Então, ele me beijou. Surpresa, mas feliz, eu retribui, mas depois ele parou o beijo.

SURVIVE - Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora