E então, sem aviso, me vi completamente paralisada. Ali estava ela, a mulher que havia me dado à luz, minha mãe. Eu não sabia o que dizer. Cada vez que a via, a mesma tristeza tomava conta de mim. Eu apenas desejava que ela estivesse presente em minha vida, talvez tudo o que eu precisava era que ela tivesse sido uma mãe presente e amorosa. Sem dizer uma palavra, apenas me virei para ir embora.
— Lana — ela me chamou, fazendo-me parar. Senti a ansiedade me invadir como uma onda. — Tem certeza da sua escolha? — ela perguntou, com um olhar penetrante.
— E você, tem certeza da sua? — eu retruquei, virando-me novamente para encará-la.
— Saiba que fez a escolha errada — foram as palavras que ela proferiu. Aquelas palavras desencadearam uma enxurrada de lágrimas, e uma dor aguda e intensa no meu peito, não física, mas emocional. Peguei minha pistola que estava presa à minha perna e apontei para ela. Minhas mãos tremiam. Depois de um momento que pareceu uma eternidade, finalmente consegui falar.
— Eu te odeio pelo o que você fez, mas me odeio mais ainda por sentir sua falta — eu disse segurando as lágrimas que ameaçavam cair. — Eu só queria que você tivesse estado presente na minha vida — continuei.
— Eu precisava da cura — ela disse, quase em um sussurro.
— Precisava tanto que me mandou para um labirinto cheio de perigos — respondi, mantendo a arma apontada para ela.
— Eu não me arrependo de nada, pode atirar — ela falou, com lágrimas em seus olhos.
E então, um barulho de tiro ressoou. Eu me assustei, não foi o meu tiro nela, mas o de outra pessoa em mim. Por sorte, a bala apenas roçou a minha barriga. Quando olhei para trás, era Jason. Com um esforço comecei a correr, deixando minha arma para trás. A dor era imensa, a cada passo que dava, parecia aumentar ainda mais.
A dor era um lembrete constante da situação em que me encontrava. A cada passo que dava, uma pontada aguda me lembrava da bala que havia acabado de me atingir. Meus pensamentos estavam todos confusos, mas uma coisa era certa: eu precisava fugir e encontrar Newt. Com toda a adrenalina que corria em minhas veias, consegui continuar correndo, mesmo com a dor. Eu podia ouvir os passos de Jason atrás de mim, mas não ousava olhar para trás. Eu não podia me dar ao luxo de perder nem um segundo.
Em meio ao caos, um sentimento de ressentimento e tristeza tomou conta de mim. Como minha própria mãe poderia fazer isso comigo? Como ela poderia me mandar para um labirinto cheio de perigos, sabendo que eu poderia não sobreviver? Eu precisava da cura foram as palavras que ela usou para justificar suas ações.
Finalmente, consegui me esconder atrás de uma pilha de destroços, ofegante e suando frio. A dor era quase insuportável agora, mas eu precisava aguentar. Eu não podia deixar que Jason me encontrasse. Respirei fundo, tentando acalmar minha respiração. Eu precisava pensar em um plano, precisava encontrar uma saída.
VOCÊ ESTÁ LENDO
SURVIVE - Maze Runner
AdventureEm uma tarde qualquer, a caixa se abriu, revelando um garoto assustado, Thomas, era seu nome. Agora, ele estava unido aos demais garotos e uma única menina na busca por uma saída.