Em uma tarde qualquer, a caixa se abriu, revelando um garoto assustado, Thomas, era seu nome. Agora, ele estava unido aos demais garotos e uma única menina na busca por uma saída.
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Depois daquela situação, as luzes permaneceram apagadas. Afinal, já tinha caído a noite. Me deitei na cama. Meus olhos estavam fixos no teto, perdidos em pensamentos, até que o cansaço me venceu e acabei adormecendo. Fui despertada de um sono leve por um balançar suave. Era Newt. Ele tinha uma expressão séria no rosto.
— Thomas vai sozinho para a última cidade — ele disse com uma convicção que não deixava espaço para dúvidas. — Falei com Caçarola, vamos resgatar Minho juntos com Thomas — Ele continuou. Eu sabia que Thomas teria essa ideia, ele queria ir sozinho no meio da noite, mas a gente não poderia permitir isso, nao que ele fosse sozinho. Assim, levantei-me lentamente, ainda envolta na escuridão da noite.
— Vou colocar uma roupa melhor para isso — declarei, me levantando e buscando um casaco e uma blusa de manga comprida. Eu já estava de calça, então só precisei trocar de blusa e vestir o casaco. Prendi meu cabelo de uma forma diferente, deixando duas mechas soltas na parte da frente.
Mas uma coisa que eu não poderia esquecer de forma alguma era o meu arco e flecha. Peguei ele, colocando-o nas minhas costas junto com as flechas. Peguei todas as que eu conseguia carregar. Era hora de partir.
Eu estava sentada em cima de uma mesa pesada de madeira, tentando não entregar ao sono que pesava sobre as minhas pálpebras. Newt estava em pé à distância esperando Thomas e Caçarola no carro estava. Até que Newt acendeu a luz.
— Onde você pensa que vai? — Perguntou Newt dirigindo-se a Thomas. Thomas, com um semblante de surpresa, voltou-se para nós e negou com a cabeça
— Não...
— Para de bobeira! — Disse Newt, com um tom de voz que misturava frustração e preocupação.
— Já estamos dentro desse seu plano — Eu falei, levantando-me da mesa com um suspiro cansado. Newt, sem dizer uma palavra, pegou a bolsa que Thomas estava segurando e caminhou em direção ao carro.
— Vamos — Disse Newt, e eu o segui até o veículo.
— Não, não dessa vez — Disse Thomas, com uma expressão de determinação. — Mesmo que a gente ache o Minho, ninguém garante que a gente vá voltar — Acrescentou, deixando um clima de tensão no ar. Newt, ignorando a fala de Thomas, abriu a porta de trás para eu entrar e me entregou a Mochila de Thomas. Eu entrei no carro e me acomodei no assento
— Por isso vai precisar de toda ajuda, né? — Eu falei, tentando aliviar a tensão.
— A gente começou isso juntos, podemos acabar com isso juntos também — Newt cruzou os braços, concordando comigo.
— Beleza... vamos buscá-lo — Disse Thomas, finalmente cedendo. Então, ele entrou no carro na parte da frente e Newt sentou-se atrás comigo. Eu me encostei em Newt e, vencida pelo cansaço, peguei no sono.
Quando acordei, o sol já estava alto no céu, anunciando o início de um novo dia. Paramos de frente a um viaduto extremamente escuro e, com um frio na barriga, saímos do carro.
