Depois de tudo o que aconteceu, a noite já havia caído. Gally buscou Thomas, levando-o para o Amasandor com o intuito de puni-lo. No entanto, planejava-se que pela manhã Thomas retornasse ao labirinto. Eu estava no meio do caminho para o meu quarto, querendo descansar após um dia longo e desgastante, quando escutei uma voz me chamar.
— Lana! — Ao me virar, notei que era chuck. Um sorriso se formou no meu rosto ao vê-lo. — Fui levar água e comida para o Thomas. Achei que ele teria mais chances se estivesse com a barriga cheia — ele explicou. Eu sorri, apreciando o gesto altruísta dele.
— Verdade, deve ser terrível ter que correr sem ter ingerido nada. — Chuck então parou por um momento, parecia que algo estava o incomodando profundamente. — O que foi? — Eu perguntei, me aproximando dele com preocupação.
— Você acha que vamos conseguir sair daqui? Thomas me prometeu que iria encontrar uma saída, ele disse que eu iria entregar pessoalmente aos meus pais o boneco que eu fiz — ele falou, um tom triste permeando sua voz.
— Claro que vamos, Chuck. Lá fora, você vai encontrar seus pais e vai receber muito amor deles — eu respondi, abraçando-o para confortá-lo.
— Eu gostaria que você pudesse ser minha irmã. Se conseguirmos sair daqui... você promete que vai sempre me visitar? — Ele perguntou, me olhando com uma expressão esperançosa. Eu sorri, lutando contra as lágrimas que ameaçavam cair. Será que eu sou sensível demais ou isso é realmente emocionante?
— Eu prometo — garanti a ele.
Após garantir a Chuck que sempre estaria ali para ele, fui para o meu quarto. A conversa com Chuck havia me deixado emocionalmente esgotada, mas também repleta de uma nova determinação. Precisávamos sair deste lugar.
Ao entrar no meu quarto, sentei na borda da cama e permiti que as emoções do dia se apossassem de mim. A frustração de ser constantemente subestimada, a tristeza por ver Alby naquele estado, o medo pela vida de Thomas e a esperança que a promessa de Thomas a Chuck havia incutido em mim.
Naquele momento, me senti compelida a me entregar ao abraço do sono, deitando na rede que balançava suavemente sob o peso do meu corpo. Não apenas meu corpo estava exausto, mas também minha mente, era um cansaço que parecia se infundir em cada fibra do meu ser, físico e emocional.
Com os olhos fechados, fui levada por um sono turbulento, onde sonhos e pesadelos se entrelaçavam.
jEu estava em dor, uma dor excruciante que parecia se espalhar por cada parte do meu corpo. Me vi sendo arrastada para fora de um duto por capangas impiedosos, minha visão estava se tornando um borrão escuro até que finalmente, a escuridão consumiu tudo e eu desmaiei.
Ao despertar, me encontrei sozinha em um quarto - se é que poderia ser chamado assim. Longe de ser um lugar aconchegante, era apenas um espaço frio e sem vida. Então, homens grandes e mascarados entraram na sala. Tentei resistir, mas me deram um choque que atravessou meu corpo, seguido de uma injeção de algum tipo de sedativo que me levou de volta à escuridão.
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SURVIVE - Maze Runner
AdventureEm uma tarde qualquer, a caixa se abriu, revelando um garoto assustado, Thomas, era seu nome. Agora, ele estava unido aos demais garotos e uma única menina na busca por uma saída.