O INEVITÁVEL

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**Dia seguinte ao "Encontro à Meia-noite"**

Tom acorda de repente, confuso, sem entender por que estava desacordado a essa hora e sem a garota da festa com quem passou a noite. Ele se levanta, procurando por Luna, mas logo percebe um bilhete sobre a mesinha de cabeceira. Ao lê-lo, sente uma onda de raiva.

— Tom está bravo, pois aquela menina era dele, segundo suas próprias palavras. Ele percebe que foi dopado, adormecendo e ficando leve demais. Determinado, Tom se arruma rapidamente e sai do hotel. Enquanto caminha, liga para sua equipe: Bill, Georg e Gustav. A busca por Luna não é apenas uma questão de vontade; todos da equipe estão atrás dela, especialmente porque ela desobedeceu ao chefe e, além disso, o fez de trouxa.

**Narrativa Luna:**

Luna foi embora, deixando apenas seu telefone para Tom.

— Sr. Luna! — chama Victor, ao avistar Luna.

— Olá! — responde Luna, um sorriso no rosto.

— Como foi? Tudo bem? Ele fez algo? Conseguiu alguma informação? Dormiu com ele? — pergunta Victor, ansioso.

— Essas são perguntas que não deveriam ser feitas, mas vou responder: ele tentou me dopar com uma bala, mas eu inverti as taças. Descobri que Georg é um de seus colegas — responde Luna, quase impaciente.

— E, senhorita, vamos investigar? — pergunta Victor, com expectativa.

— Que pergunta boba, Victor. Mas é claro! Mas antes, vamos encontrar uma pessoa — diz ela, com um tom óbvio.

— Com quem? — questiona ele, intrigado.

— Lembra das regras? Se a chefe não informou, não pergunte. Você tem sido muito atrevido ultimamente — lamenta Luna.

— Está com raiva de mim? — pergunta Victor, com uma expressão confusa.

— Por que eu estaria?

— Só uma pergunta.

— Você se acha uma boa pessoa, Victor? Responda com sinceridade — pergunta Luna, fixando o olhar nele.

— Eu acho que sou ótimo no que faço — diz Victor, orgulhoso.

— E então você está ciente das suas atitudes sempre?

— Por que essas perguntas? — diz Victor, com um tom desconfiado.

— Eu que faço as perguntas aqui! Agora vamos, não quero me atrasar.

Luna e Victor estão a caminho de encontrar um dos maiores traficantes, e ela sente a tensão no ar. Enquanto caminham pela rua próxima ao local de encontro, de repente, Luna é parada por um puxão de cabelo.

— Eu não deixei claro que você era só minha? — diz Tom, segurando seu cabelo e aproximando os lábios de seu ouvido.

Victor se vira rapidamente, assustado, pois só vê Luna sendo puxada para trás. Com os olhos arregalados, Luna engole em seco e se vira.

— Tom! — diz Luna, com uma expressão de medo.

— Sofia, quem é esse? — pergunta Tom, claramente estressado.

— Eu sou Jake, apenas um colega — diz Victor, mentindo.

— Então você está desrespeitando minhas ordens, princesa?

— Podemos conversar em outra hora? Preciso encontrar uma pessoa urgente — responde Luna, tentando manter a calma.

— É sério que você está dizendo isso? Saia daqui agora, Jake, antes que eu te mate. Não se meta com a mulher dos outros — diz Tom, segurando Victor pela gola da camisa e olhando fundo em seus olhos.

— Não precisa disso, Tom! — exclama Luna, com desespero na voz.

— É melhor você correr — diz Tom, olhando para Victor.

— Por que você fez isso? — pergunta Luna, confusa.

— Você é minha! — responde Tom, com um tom agressivo.

— Não me importo. Apenas me chame de sua. Não me considere louca, mas você não me ama. Não sei por que precisa de mim.

— Olhe para meus olhos quando falo com você. Está claro, não é mesmo? Você só me pertence. Eu não te pertenço, e você só pode me ter. E não quero que você fale com ninguém.

— Entendido — diz Luna, sentindo a gravidade da situação.

— Vou te dar uma chance de me explicar quem ele era e aonde você estava indo com ele — fala Tom, tentando se acalmar.

— Ele era um colega de trabalho e estávamos indo buscar uma encomenda.

— Que encomenda? — pergunta Tom, desconfiado.

— Das mesmas coisas que você encomenda ilegalmente — responde Luna, desafiadora.

— Não fale essas informações para qualquer um.

— Você não é qualquer um.

— Assim espero mesmo... — diz Tom, com um olhar penetrante, enquanto a tensão entre eles aumenta.

CAMINHO DO CRIME [Reescrita]Onde histórias criam vida. Descubra agora