— Senhorita Luna! — Victor chama, interrompendo a tranquilidade do ambiente.
— Sim? — responde Luna, voltando-se para ele com curiosidade.
— Eu encontrei pistas sobre o sujeito "Tom Kaulitz".
— Muito obrigada, Victor! O que você descobriu? — diz Luna, seu olhar repleto de malícia e gratidão.
— Ele terá uma apresentação no dia dez, em uma boate, e com certeza estará presente.
— Que boate? — pergunta Luna, agora mais interessada.
— Na "Casa de Shows Shet" — afirma Victor, com um ar de importância.
— Que horas será essa apresentação? — questiona Luna, já começando a planejar sua estratégia.
— Às 19h.
— Estarei pronta. E você fez os relatórios que pedi? — pergunta Luna, levantando-se com determinação.
— Fiz sim, vou pegar para você.
— Eu mesma pego. Onde está? — diz ela, já se dirigindo para a saída.
— Na sala de reuniões, nas fixas. Você tem um plano? — Victor a observa, preocupado.
— É claro! Você acha que eu iria entrar nessa sem um plano? — responde Luna, com um sorriso confiante.
— Mas, de acordo com minhas investigações, você não pode ficar com ele na primeira noite — alerta Victor, com um tom sério.
— E como conquistarei ele se não posso fazer o que mais gosta? — pergunta Luna, com um tom de deboche que esconde sua determinação.
— Ele é um mafioso que com certeza não quer um relacionamento. Depois da noite, ele irá te deixar — diz Victor, tentando ser cauteloso.
— Eu sei, Victor. Mas estou ciente das consequências após essa noite. Fique tranquilo, eu sei o que pode acontecer — responde Luna, sua frustração
transparecendo
em sua voz.
Ela se vira, decidida. As palavras de Victor ecoam em sua mente, mas a adrenalina da busca por Tom Kaulitz a impulsiona. Luna sabe que essa é a oportunidade que estava esperando, e não deixará nada nem ninguém a impedir de alcançar seu objetivo.
— Ele é muito perigoso. Cuidado! Se fosse você, iria armada.
— Impossível. Seria muito arriscado ir com uma arma em uma boate — Luna tenta não demonstrar, mas seu tom já revela a perda de paciência.
— Só tome cuidado — fala Victor, preocupado.
— Victor, eu sei me cuidar. Já estou bem grandinha; nada vai acontecer — diz Luna, colocando as mãos nos ombros dele.
— Não faz assim. Você sabe que não resisto. E da última vez, não deu certo — diz Victor, afastando-se de Luna.
— Victor, por favor, saia da minha sala.
— Sim, senhorita — responde ele, recuando e abrindo a porta.
— Pegue mais informações sobre Tom.
— Sua ordem. Não se esqueça de pegar os relatórios — diz Victor, enquanto se afasta.
— Obrigada, Victor.
— À sua disposição — murmura ele, saindo da sala de Luna.
— Quem ele pensa que é para falar assim comigo? Eu sou a chefe dele! — diz Luna, falando sozinha e se irritando ainda mais.
Nesse momento, alguém bate na porta.
— Licença, senhorita — diz Luca, entrando.
— Entre.
— Já falou com o Victor? — pergunta Luca, percebendo a tensão no ar.
— Sim, ele acabou de sair daqui — responde Luna, com um tom de frustração.
— A senhora parece estressada. Aconteceu algo? Posso ajudar com alguma coisa?
— Não é nada, é só o Victor.
— Ele desagradou a senhorita? — pergunta Luca, curioso.
— Ah, você pode me ajudar sim. Pegue os relatórios na sala de reuniões, por favor — pede Luna, tentando se acalmar.
— Sim, senhorita. Mas... alguma coisa mais?
— Não, obrigado! — diz Luna, enquanto Luca se afasta em direção à sala de reuniões.
Luna reflete por um instante. Preciso de ajuda. Já sei com quem falar! — pensa, decidida, enquanto sai de sua sala em direção à sala de Dominic.
Luna estava irritada com Victor, por ele não corresponder às suas expectativas, mas por que isso a incomodava tanto? Ele havia feito algo de errado? Seria um motivo pessoal? Apesar das palavras suspeitas e desconfiadas que ela ouviu, Victor não havia se comportado mal. O comportamento estranho dele poderia ser apenas uma reação ao gesto dela, quando colocou os braços nos ombros dele como um consolo. Talvez ele tenha pensado que isso tinha segundas intenções. Ou, quem sabe, estava com pensamentos intrusivos e viu aquele gesto como um chamado? Esses eram questionamentos que até Luca percebeu na irritação de Luna. Mas por que ela estaria brava com Victor?
Luna entra furiosa na sala de Dominic, sem bater na porta ou pedir licença. Porém, sendo a chefe, ela tem esse direito. Dominic estava apenas fazendo seu trabalho como de costume, até que o barulho da porta o assustou.
— Senhorita, você me assustou! No que posso ajudar? — diz Dominic, com uma expressão de espanto.
— Você é amigo do Victor, né? — pergunta Luna, sem rodeios.
— Sim, somos colegas de trabalho. Por que, há algum problema nisso?
— Não, muito pelo contrário. Inclusive, quero saber algumas coisas sobre ele.
— Desculpe, senhorita, mas por quê? — pergunta Dominic, confuso.
— Não devemos fazer perguntas ao chefe, e você sabe disso — declara Luna, com firmeza.
— Sim, senhorita. Me desculpe. Com o que posso ajudar? — pergunta Dominic, tentando se adaptar à situação.
— Lembrando que você não pode me fazer perguntas e nem contar para o Victor sobre nossa conversa, pois, se não, já sabe...
— Claro, senhorita — responde Dominic, já compreendendo a seriedade do momento.
— Então fique sabendo que…
[Continua...]
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CAMINHO DO CRIME [Reescrita]
FanfictionLuna, uma gangster, é enviada por sua gangue para conquistar Tom Kaulitz, o temido mafioso da cidade. Sua atração se transforma em paixão, e Tom faz de tudo para protegê-la. Ao descobrir o verdadeiro motivo de Luna, ele se vê dividido entre vingança...