MARCAS DA NOITE

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— Por que isso está acontecendo comigo? — pergunta Luna, com lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto se observa no espelho. Ela se encontrava sem roupas, examinando a marca que havia deixado profundas cicatrizes em sua pele.

Luca, preocupado, bate gentilmente na porta. — Posso entrar? — ele questiona, sua voz carregada de preocupação.

— Pode — responde Luna, envolvendo-se em um roupão, sua tristeza transparecendo em cada palavra.

— Senhorita Luna, está tudo bem com você? O que ocorreu? — pergunta Luca, com o coração apertado pela angústia que percebe em sua voz.

— Eu estou exausta! Tom abusou de mim e me agrediu — diz Luna, esforçando-se para conter as lágrimas que ameaçam derramar.

— O que esse filho da puta fez?! — exclama Luca, a fúria e a indignação dominando seu tom.

— Ele me feriu profundamente — diz Luna, retirando o roupão e revelando a marca em sua pele, enquanto uma expressão de tristeza se instala em seu rosto.

— Isso é uma marca de chicote? Meu Deus, por favor, me perdoe, senhorita!

— Não é sua culpa. Eu desobedeci você, me perdoe. Ele não compartilha nada sobre suas atividades comigo e só me usa como se eu fosse um brinquedo sexual. Estou sendo constantemente perseguida e não consigo suportar mais isso.

— Não podemos continuar dessa forma. É preciso parar com isso, por favor.

— Como posso fazer isso? Ele não vai me deixar em paz. Eu sei exatamente o que vou fazer — responde Luna, sua voz cheia de desânimo.

— A senhorita me desculpe por vê-la assim, nua — diz Luca, desviando o olhar, um tanto envergonhado.

— Está tudo certo, só não conte a ninguém o que você viu aqui — pede Luna, seu olhar suplicante.

— Claro que não, prometo. Apenas tenha cuidado. Boa noite! Se precisar de algo, não hesite em me chamar.

— Obrigada! — diz Luna, movendo-se em direção a ele para um abraço reconfortante.

Luca, sem dizer nada, a abraça, transmitindo um pouco de calor e apoio.

— Me perdoe, foi um hábito; não tinha a intenção de incomodá-lo — diz Luna, afastando-se do abraço, um pouco preocupada.

— Está tudo bem, não se preocupe com isso — responde Luca, admirando-a em silêncio, mas mantendo uma expressão neutra.

Ele sai do quarto, deixando Luna sozinha.

Sozinha, Luna reflete: — Eu não aguento mais essa situação! É hora de mudar, de me tornar mais forte, mas sem perder o respeito. Não vou ser mais submissa ou abaixar a cabeça diante de ninguém. Vou reverter essa situação e assumir o controle da minha vida, não serei mais um mero objeto para satisfazer as vontades dele!

[...]

CAMINHO DO CRIME [Reescrita]Onde histórias criam vida. Descubra agora