Segurança particular

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Na casa de Tom:

— Eu devia ter matado ele. Me segura para eu não voltar lá! — diz Tom, furioso, os olhos brilhando de raiva.

— Ele merece sofrer uma morte lenta e dolorosa. Assim, ele vai sentir a dor que eu senti quando passou aquelas mãos imundas em mim — responde Luna, a voz tremendo com a indignação.

Tom a observa, preocupado.

— Minha garota, mas você está bem agora, né? — pergunta ele, envolvendo-a em um abraço carinhoso.

— Uau, você está tão carinhoso hoje! Mas tô bem, sim. Obrigada — diz Luna, um pouco surpresa pela gentileza dele.

— Nem vem com essa! Eu tô normal — afirma Tom, tentando disfarçar seu afeto.

— Confessa que você está começando a gostar de mim e não quer assumir — provoca Luna, sorrindo maliciosamente.

— Tá muito perigoso. Melhor você não sair na rua sozinha. Vou mandar o Bill ser seu segurança quando estiver fora de casa — diz Tom, com um tom sério que não admite contestação.

— Não precisa de tudo isso, Tom! Eu vou ficar bem sozinha e só sairei para a rua quando necessário — responde Luna, decidida, cruzando os braços.

— Eu não quero que te machuquem. Não tô perguntando, estou avisando — diz Tom, firme, sua voz carregada de preocupação.

— Tom, por favor, vai tirar trabalho dele para ficar comigo? — questiona Luna, preocupada com a situação.

— Eu sou o chefe! Eu dou as ordens. E outra, ele é segurança, então não estou tirando trabalho. Já vou ligar para ele — afirma Tom, sem hesitar, pegando o telefone.

— Tom... — começa Luna, mas ele a interrompe.

— Sem mais nem menos! — diz Tom, já discando o número.

Ele liga para Bill.

— A partir de amanhã, o Bill irá te acompanhar aonde for — diz Tom, decidido.

— Por que você fez isso? Eu vou perder minha liberdade! Ele vai me dar ordens e dizer onde posso ou não posso ir! — protesta Luna, a frustração evidente em sua voz.

— Se ele fizer isso, você me conta, porque só eu posso dar ordens em você. E outra, é para sua segurança. Ninguém nunca mais vai olhar para você — responde Tom, sério, como se estivesse fazendo um pacto.

À noite:

— Você vai dormir aqui hoje — diz Tom, com firmeza, olhando nos olhos de Luna.

— Tá bom — aceita Luna, sem resistência, sentindo-se aliviada.

— Não vai me contrariar? — pergunta Tom, levantando uma sobrancelha, um sorriso brincando em seus lábios.

— Claro que não! Por que eu faria isso? Eu sou sua, mas você não é meu. Já entendi — responde Luna, com um sorriso provocante.

— Você está muito educada — comenta Tom, surpreso pela mudança de tom dela.

— Aprendi com o melhor — diz Luna, piscando para ele de forma sedutora.

— Se alguém relar em você, me conta que eu mato quem fizer isso — promete Tom, com um olhar intenso.

— Fala sério! Você tá gostando de mim, mas não assume — provoca Luna, desafiadora.

— Meu amor, eu sei de uma coisa: vadias vêm e vão — diz Tom, com um tom sério, mas seu olhar é suave.

— Então eu sou uma delas? — pergunta Luna, levantando uma sobrancelha.

— Você é diferente. Eu tinha acabado de te conhecer e já tinha te comido — responde Tom, com sinceridade, um sorriso de canto nos lábios.

— Você que escolheu isso — diz Luna, com um sorriso travesso.

— Talvez eu te ame algum dia — diz Tom, pensativo, como se estivesse refletindo sobre suas próprias emoções.

— Eu sei que você me quer, baby, e eu acho que te quero também — confessa Luna, olhando nos olhos dele, um brilho nos olhos.

— Eu acho que você me ama, e estou começando a te amar também — diz Tom, hesitante, com uma sinceridade que a surpreende.

— Você não me ama, apenas me usa para brincar. Sou sua bonequinha — diz Luna, com um tom de brincadeira, mas uma parte dela se pergunta se há verdade na afirmação.

— E eu amo brincar com a bonequinha — responde Tom, sorrindo, seu olhar cheio de malícia.

— Meu mafioso favorito, eu te amo! — diz Luna, inclinando-se para beijar Tom, seu coração acelerando.

— Esqueça esse fato... — diz Tom, desviando o olhar, mas o sorriso em seu rosto revela um misto de carinho e confusão.

A tensão entre eles é palpável, e Luna sabe que, apesar das dificuldades, algo especial está se formando entre eles.

CAMINHO DO CRIME [Reescrita]Onde histórias criam vida. Descubra agora