A luz da manhã filtrava-se pelas cortinas, lançando sombras suaves sobre o quarto de Luna. Ela ainda estava na cama, os lençóis amassados ao seu redor, quando a realidade começou a pesar sobre seus ombros. A noite anterior parecia um pesadelo do qual ela não conseguia acordar.
Luna sabia que tinha cometido um erro — um erro que poderia custar sua paz. A mentira que contara a Bill, agora crescia como uma sombra em sua mente. Ela disse que foi um mal entendido e que beijou Tom mas na verdade passou a noite com Tom, seu irmão, em um momento de fraqueza que desafiava qualquer explicação lógica.
O som de passos pesados ecoou pelo corredor. Bill estava em casa. O coração de Luna disparou. Ele sempre tinha uma maneira de transformar o ambiente ao seu redor; a tensão com ele era palpável, como uma tempestade prestes a eclodir.
Quando ele entrou no quarto, seus olhos escuros estavam carregados de uma mistura de raiva e decepção. "Luna", ele disse, sua voz baixa e controlada, mas havia um tremor que denunciava o furor contido. "Podemos conversar?"
Ela sentiu um frio na espinha ao ouvir aquelas palavras. “Conversar” nunca era bom quando se tratava de Bill. Ele tinha um jeito peculiar de transformar diálogos em interrogatórios intensos.
"Sobre o que?" Luna tentou manter a voz firme, mas as palavras saíram trêmulas.
Ele se aproximou, cada passo dele soando como um aviso. "Sobre suas mentiras." A palavra "mentira" saiu de seus lábios como uma condenação. "Você acha que eu não sei? Você acha que pode me enganar?"
Luna tentou articular uma defesa, mas as palavras falharam em sair. O olhar dele era penetrante, como se estivesse tentando despir suas camadas de proteção e expor a verdade crua.
"Eu confiei em você", Bill continuou, sua voz agora mais baixa, mas carregada de um veneno sutil.
A angústia tomou conta dela enquanto ele falava. Luna sabia que estava em apuros e que Bill não era alguém que deixaria isso passar em branco. A culpa corroía seu estômago enquanto ela tentava encontrar uma maneira de se justificar.
"Ele não queria—"
"Silêncio!" A interjeição dele cortou o ar como uma faca afiada. "Agora você vai entender as consequências das suas ações."
Bill sempre foi possessivo, mas naquele momento ela viu algo mais profundo nos olhos dele — uma determinação sombria que a fez sentir um calafrio percorrer sua espinha. A vida dela estava prestes a se tornar um inferno e ela sabia disso.
“Você vai pagar por isso”, ele sussurrou com uma frieza assustadora.
Luna percebeu então que havia cruzado limites perigosos.
Naquele instante, com o olhar fixo nos olhos escuros de Bill, Luna compreendeu: as mentiras têm um preço alto — e ela estava prestes a pagá-lo em sua totalidade...
— Você achava o quê? Que com um beijo ia se livrar do seu destino e que Tom ia ficar com dó de você? Coitada, isso só vai te foder mais ainda! — exclamou Bill, demonstrando ódio em seus olhos.
— Eu não tinha essa intenção de me fazer de coitadinha, beijar Tom para ele pensar que eu estava apaixonada e me deixar ir. Eu fiz isso porque realmente estou apaixonada e agi por impulso. Você não sabe como seu irmão é atraente — disse Luna, suas palavras saindo trêmulas. Ela estava nervosa, mas tentava conter a mentira que a consumia.
— Pobre Luna, eu tenho dó de você, para ser sincero. Tenho dó das consequências que você vai enfrentar — disse Bill, enquanto retirava lentamente uma arma de sua cintura.
— O que é isso? Você vai me matar? Vai em frente, me mate assim acabamos logo com tudo isso — desafiou Luna, seu tom de voz carregado de desespero.
— Docinho, você acha mesmo que eu vou te dar esse prazer? Você merece sofrer. Vai pagar caro pelas suas atitudes; isso é para você aprender. Eu não tenho a intenção de te matar, mas quero que você deseje estar morta — disse Bill, passando a arma lentamente por todas as curvas de Luna, até parar em seu rosto, um sorriso cruel se formando em seus lábios.
Nesse momento, Luna ficou em silêncio, o medo a deixando paralisada.
— Qual foi, gata? O gato comeu sua língua? — Bill provocou, com um tom de deboche.
— Seu irmão que me comeu inteirinha ontem! — respondeu Luna, tentando se mostrar forte.
Bill, em um acesso de raiva, deu um tapa em seu rosto.
— Eu faço isso muito melhor do que ele, você vai ver — disse Bill, passando a mão em sua cintura, fazendo sua lingerie levantar aos poucos.
— Hoje eu não estou afim, Bill! — exclamou Luna, sua voz trêmula.
— Não quero saber, Luna! Você vai ficar comigo agora! — ele segurou o braço dela com força, a determinação em seus olhos era ameaçadora.
— Me solta! — gritou Luna, tentando se desvencilhar.
— Agora, Luna! Você vai fazer o que eu quiser! — a voz dele era firme, como se não houvesse espaço para contestação.
— Não vou não! Não sou sua e você não pode fazer o que quiser comigo! — ela protestou, mas sua voz soava mais fraca do que desejava.
— Você é minha agora e vai fazer o que eu quiser na hora que eu quiser! — a possessividade de Bill era palpável, como uma sombra que a seguia.
— Quero ver se você vai me obrigar! — desafiou Luna, a bravura começando a se esvair.
— Você vai mamar agora! Eu estou mandando! — Bill gritou, a fúria transparecendo em cada palavra.
— Não vou não! — ela respondeu, determinada a resistir.
— Eu estou mandando, porra! — a raiva de Bill explodiu, enquanto ele segurava a cabeça de Luna, tentando forçá-la a obedecer.
— Para! — Luna gritou, tentando se segurar, o desespero crescendo dentro dela.
Nesse instante, a porta se abriu com um estrondo.
— Que merda está acontecendo aqui? — disse Tom, entrando pela porta, seu olhar preocupado logo se transformando em uma expressão de choque ao ver a cena.
— Essa puta não quer fazer o que eu mando! — retrucou Bill, sua frustração evidente.
— Deixa a menina, seu merda — Tom respondeu, segurando a mão de Bill e desprendendo-a de Luna, a proteção que ele oferecia era palpável.
— Qual é, vai defender sua namorada agora? — Bill provocou, tentando manter sua postura agressiva, mas já começando a hesitar.
— Ela falou que não, então é não! — Tom afirmou, sua voz firme e autoritária, um choque de realidade para Bill.
O clima na sala estava carregado de tensão, como se o ar estivesse prestes a se romper. Luna, com o coração acelerado, olhava para Tom, buscando nele a esperança que parecia se esvair.
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CAMINHO DO CRIME [Reescrita]
FanficLuna, uma gangster, é enviada por sua gangue para conquistar Tom Kaulitz, o temido mafioso da cidade. Sua atração se transforma em paixão, e Tom faz de tudo para protegê-la. Ao descobrir o verdadeiro motivo de Luna, ele se vê dividido entre vingança...