Full Custody

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Olaaá 🌻✨
Quinta e voltamos com a programação normal.
Acho que esse é um dos maiores capítulos que eu já escrevi pra cá, 7 mil palavras é quase um conto! (Ou é um conto)
Enfim, o que importa é que o capítulo está gigantesco!
Boa leitura 📖 ✨
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Entrando com as malas, eles as deixaram no hall de entrada, indo para a sala, ansiosos. Sentando-se no sofá os dois ficaram encarando a carta por um momento, as lembranças dos dias em Taormina vindo frescos a mente, a felicidade de recém casados, a estadia na pousada daquela senhorinha simpática… 

– Quer fazer as honras? — Entregando o envelope a ela. Scarlett pegou a carta, virando-a para o lacre, o rompendo e tirando o papel dobrado do envelope. — Acho que já posso sentir o cheiro de mar daqui.

— A brisa italiana. — Acrescentou nostálgica, fazendo uma pausa antes de continuar. Seu coração estava apertado e ela não conseguia entender porque. — Não sei porque, mas essa carta não me deu uma sensação exatamente boa. — Comentou nervosa.  

— Mas nós só temos lembranças boas de lá. — Estranhando a reação dela, ele procurava entender o porquê do sentimento. 

— Eu sei. Só que eu senti um aperto no peito quando você disse que a carta era dela. — Aquele sentimento estranho que ela não sabia identificar o porquê de senti-lo apertava seu coração como se fosse descobrir algo ruim vindo da carta.

— Que tal lermos a carta? Talvez passe. Deixamos uma carta de amor com ela, não é possível que a Giulia retribua com ódio. — Sugeriu, esfregando os braços dela em um carinho reconfortante. Scarlett assentiu, desdobrando o papel, sorrindo ao ver a letra cursiva, um pouco trêmula, no papel. Procurando as primeiras palavras, Scarlett respirou fundo ao começar. 

 — Queridos senhor e senhora Evans, (sei que não precisamos de tantas formalidades, mas acho tão bonito chamar um casal de senhor e senhora!) desde que saíram de La Passeggiata, a pousada pareceu perder um pouco do brilho. Sempre recebemos casais e famílias, mas amores como o de vocês é raro de se ver. Um amor que eu estava com saudades não apenas de ver, mas de viver e por vocês eu pude não só presenciar como sentir de novo. Vocês me trouxeram o amor de volta, me presentearam com algo perdido há anos, que achei que nunca mais encontraria. O amor de vocês me fez mais feliz pelos breves dias em que estiveram aqui e me deixaram essas palavras para serem faladas e precisavam ser escritas nesse papel. — Fazendo uma pausa, Scarlett respirou fundo, não sabia o que esperar daquela carta, mas algo dentro de si se apertava a cada palavra lida. — Posso falar com certa propriedade que a vida não é uma linha reta, que não segue os planos que traçamos ao longo do caminho, temos muitos altos e baixos, as coisas ficam muito difíceis  de uma maneira tão rápida e demoram a melhorar, mas com a pessoa certa esses momentos se tornam toleráveis, as coisas se tornam suportáveis. A dificuldade continua ali, mas com a pessoa certa, passamos por muito. O amor, bonito como o de vocês, suporta muito. — Em mais uma pausa, ficou ainda mais aconchegada nos braços do marido, entendendo cada vírgula que a senhora tinha escrito. Ficar aquelas semanas sem Chris tinha sido algo torturante para ela, coisas pequenas do dia a dia pareciam muito maiores, a deixando irritada e nervosa. 

— Quer que eu continue? — Sugeriu ao ver que ela estava demorando para retomar a leitura. 

— Não, tudo bem. Eu só… faz sentido o que ela está dizendo. — Disse ainda pensativa. — Quando você não estava aqui parecia que eu vivia num constante copo cheio, prestes a transbordar, e qualquer coisa me deixava muito irritada ou com vontade de chorar. E em alguns dias, quando o copo transbordava, eu só queria você. Eu sabia que tudo estaria menos pior se você estivesse comigo, se eu tivesse o seu abraço, uma palavra sua. — Contou ainda sentida com tudo aquilo. Eles estavam bem, é claro, mas ainda era recente e doía pensar naqueles dias longe. — Amar realmente torna as situações difíceis mais toleráveis. — Reforçou.

Meu Refúgio - Evansson - Te Quero De Volta Onde histórias criam vida. Descubra agora