Escudos e Ampulhetas

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Olaaá 🌻 ✨
Eu sei, eu sei... Disse que voltaria semana passada, mas as coisas não foram exatamente como eu esperava.
Eu sei que vocês já odeiam a Alba, mas será que nessa continuação esse ódio aumenta ou diminui?!
Boa leitura 📖 ✨
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Scarlett não se lembrava de um momento na vida em que se sentiu tão apavorada quanto no momento em que viu o sangue nas roupas. O chão pareceu ter saído de seus pés, a sensação de perda começando a deixar um buraco em seu peito. Ter ouvido sobre a perda do primeiro bebê era diferente de ver e sentir como naquele momento.  

Chris parecia compartilhar do mesmo sentimento, encarando de forma consternada, preocupada, parecia um animal enjaulado, abatido, enquanto o médico obstetra de plantão a examinava, o olhar muito sério e preocupado do doutor não o agradava em nada a nenhum dos dois.

– Doutor. — A enfermeira que estava junto com ele, o ajudando a examinar, apontou para os pés de Scarlett, que estavam bem inchados.

— Eu notei. — Disse consternado. — Senhora Johansson,  está sentindo dores de cabeça ou na barriga? Visão turva? — Scarlett fez que não, deixando que a enfermeira colocasse um medidor de pressão em seu braço. 

— A Doutora Caroline está a caminho, Dr. Gonzales. — Outra enfermeira entrou no quarto informou, deixando Chris um pouco mais aliviado. 

— Ótimo, agora preciso do ultrassom e do monitor para o bebê. — Solicitou e elas foram rápidas em atender.

— Vou passar por sua barriga. — Mostrando uma faixa elástica, ligada ao monitor, uma das enfermeiras passou por baixo da cintura da loira. 

— Está de 19 semanas, certo? — Gonzales reafirmou, espalhando um pouco do gel na barriga dela. 

— Isso. — O murmúrio saiu de uma forma que nem ela mesma se reconheceu. 

O doutor ligou a máquina, colocando o aparelho na barriga de Scarlett. Nesse momento, Chris se aproximou mais da maca, procurando a mão da loira para segurar. Scarlett não o afastou, só que ele a sentiu tensionar um pouco, porém não teve tempo de prestar mais atenção, a imagem do bebê estava na tela. 

— Vamos te dar um remédio para diminuir sua pressão, está muito além do limite para gestantes. — Ele passava o doppler pela barriga de Scarlett analisando o que via na tela. — O líquido está bom, mas os batimentos do bebê estão baixos, estão a 100, precisamos que suba até 120, pelo menos.

— Mas se a pressão dela está alta, a do bebê… — Chris perguntou, tentando entender.

— Como a pressão dela está alta, o fluxo de sangue para o bebê é menor pela compressão dos vasos. — O médico explicou, sem olhá-los, ainda analisando o ultrassom. — O que ocasionou o início de um deslocamento de placenta, por isso o sangramento. 

— E o que acontece agora? — Scarlett perguntou apreensiva. Apesar de não ser a primeira gravidez, aquilo era novidade, na vez de Rose, as coisas tinham sido tranquilas. 

— Você não sentiu contrações ou nenhuma dor abdominal? — Repetindo a pergunta. 

— Não, isso não. Só vi o sangramento quando fui trocar de roupa e não senti nada. — Ela tentava puxar na memória algum incômodo ou dorzinha, mas nada. — Não senti nada. 

— Isso nos deixa no deslocamento de placenta em grau um, que é leve, precisa apenas de repouso por um tempo, mas com muitos cuidados. — O médico advertiu, desligando a máquina, entregando algumas toalhas de papel para que ela limpasse a barriga. Quando o excesso de gel tinha sido retirado, ele posicionou o aparelho que monitoraria o bebê na barriga dela, conferindo o bebê e possíveis contrações. — 250mg de metildopa. — Solicitou a enfermeira, que se dirigiu ao carrinho de medicamentos, entregando os comprimidos ao médico. 

Meu Refúgio - Evansson - Te Quero De Volta Onde histórias criam vida. Descubra agora