ʏᴏᴋᴜʙᴏ, ʟᴇɢᴇɴᴅ. ⸺ Obanai Iguro +18

28 | SERÁ REESCRITO

Ambos já se encontravam no trem, Hikari apreciava a vista que a viagem lhe oferecia. Kyojuro, por outro lado, devorava as marmitas como se não ouvesse amanhã.

ㅡ Maravilhoso! Maravilhoso!

Ao menos o trem passando rapidamente por cima dos trilhos atribuíram ruídos que impediam ela de se frustrar com os barulhos que o mais novo emanava ao comer.

Hikari redirecionou os olhos até ele novamente, respirando profundamente.

ㅡ Se você comer tudo de uma vez, não vai sobrar nada para a volta.

Ele continuou mastigando e, assim que engoliu, respondeu:

ㅡ Eu compro mais na volta.

A viagem durou algumas horas, o Santuário Meiji era um lugar grande e bonito, porém as ferragens faziam uma volta bem grande para conseguir chegar perto de lá. Hikari levantou-se enquanto olhava pela janela, deu um toque na mesa e acenou para fora chamando a atenção de Kyojuro.

Ambos seguiram pelo corredor do trem até o fundo, Hikari abriu a porta e a deixou entreaberta, logo após pulou do trem para fora. Ela pousou desajeitada no chão, ainda girou alguns metros devido a velocidade que saira. Segundos depois, Kyojuro caiu do mesmo jeito um pouco mais a frente.

A escuridão prontamente abraçava o céu. Os dois começaram a correr, Kyojuro parecia saber exatamente onde estava o problema.

ㅡ Senhorita Hika, está tudo bem com você agora!? ㅡ perguntou Kyojuro, corria muito a frente dela.

Hikari franziu as sombrancelhas enquanto olhava para ele.

ㅡ Está! Kyojuro-kun!

ㅡ Que bom, o problema está bem a frente, prepare-se!

Uns metros a frente, uma névoa densa de cor lilás clara se encontrava, Hikari notou que Kyojuro entrou nela sem questionar, talvez um ato falho. Entretanto, Hikari não o acompanhou, parou diante a névoa e sentiu um doce cheiro de Glicínias.

"Como pode... O Oni está claramente aí dentro." Ela pensou, notando a névoa se remexer de forma tenebrosa.

O cheiro doce agora deixava um rastro de sangue, ela não ouvia nada. Aquele frescor queria penetrar em seu cérebro, ela notou, parecia que a névoa forçava para entrar em contato.

Hikari andou alguns passos para trás e retirou o haori das costas, o tecido era de um material impenetrável. Ela o enrolou no rosto, guardou o máximo que conseguia do ar limpo, seria difícil de respirar, mas ela não se importou. Cobriu até os olhos, deixaria que sua habilidade a fizesse resolver tudo, aliás, a névoa não deixaria que ela enxergasse nada.

Com o rosto coberto grosseiramente, Hikari adentrou a névoa, ela sentiu o vento querer penetrar seus vasos sanguíneos através dos braços descobertos, mas isso não a fez parar.

Já dentro da névoa, Hikari correu na direção onde a aura demoníaca estava mais forte, mesmo sem visão ela tinha certeza de onde estava o monstro. Brandou suas espadas, abandonando uma na bainha, pois não dava para usar as três nesse combate. Hikari tocou bravamente uma espada na outra fazendo um barulho estridente ao se chocarem. Em um vacilar, ela saltou no ar.

"Primeira forma, Minamogiri"

Com passos fluidos, a mulher atingiu bravamente o Oni que se encontrava parada, porém, naquele instante, ele se moveu rapidamente, mas o ataque de Hikari atingiu seu corpo, o partindo em dois.

A pele parecia ser difícil de cortar, Hikari notou que suas lâminas demoraram para atravessar, isso fez com que ela pensasse no tamanho poder do demônio. Como costumeiro, Hikari continuou avançando em direção ao Oni, mesmo sem o olfato e a visão, sua aura lhe mostrava o caminho a seguir. Entretanto, o Oni parecia apenas fugir.