14 | Pedaço de pau

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O dia havia se iniciado calmo, o ambiente confortável e o clima gostoso. S/n estava sentada à mesa para o café da manhã, as pequenas garotas estavam lá, servindo.

— Como está se sentindo hoje, Yokubo-san? — a pequena garota com laço azul perguntou, servindo um chá para S/n com mochis artesanais.

— Bem o suficiente para poder voltar. — assentiu. 

— Fico feliz. — a garotinha sorriu, deixando a sala. 

Um tempo depois, S/n já havia terminado de comer, estava apenas sentada e pensando. Questões como “Quão longe será que é daqui à casa de Iguro-san?”, ela já havia enviado cartas o avisando sobre, mas não recebera respostas, isso que era intrigante, mas nada além do que Obanai já não tenha apresentado, indiferença. 

Ela encarava a mesa meramente vazia enquanto sua mente lhe produzia um monte de paranoias. Em um certo momento, onde S/n não estava prestando atenção, um homem adentrou a sala, ele exibia machucados no rosto e várias outras cicatrizes já curadas. 

— Shinobu-san está por aqui? — ele perguntou, já se aproximando da mesa. 

S/n o olhou confusa.

— Não, ela está em missão. 

— Ah… quem é você? 

— Yokubo S/n e você? — ela encarou as vestimentas dele, típico de um Hashira. 

— Shinazugawa Sanemi… — ele permaneceu a encarando. — Hashira do Vento. 

S/n assentiu com a cabeça, não tinha o que falar. 

— Foi você que alertou sobre o demônio superior, não? — ele se sentou na frente dela na mesa, já pegando a comida que tinha ali. — Foi de grande ajuda, Kanae-san está bem por sua causa.

— Kocho-san? Como ela está? Vocês chegaram agora? Como foi… lá? — S/n o olhou.

— Ela está ótima, melhor que eu… — ele riu fraco. — A missão foi rápida, eu estava lá, né?

S/n assentiu novamente, feliz por aquele demônio ter morrido, a dor que ele causou àquelas pessoas… aquela criança, que nem teve a oportunidade de viver. 

— Brincadeiras a parte, como você sobreviveu àquele demônio? — ele encarou, mordendo um mochi. 

— Fugi. 

Ele riu, concordou com a cabeça.

— Foi uma decisão sábia.

Dessa vez, S/n riu.

As conversa era confortável, sempre perguntas rasas e respostas descomplicadas, Sanemi não era difícil de conversar, ao menos, era isso que parecia. 

— Yokubo, você namora ou algo assim? — perguntou — Não que eu esteja interessado… 

— Não…? — respondeu. 

— Ah… mas já namorou ou algo perto disso? 

S/n ficou em silêncio por um momento, confusa, ainda olhando para Sanemi.

— Por que você quer saber?

Ele desviou o olhar, parecia envergonhado e S/n percebeu.

— Tem uma garota… que eu gosto. — ele parou, parecia errado falar. — Eu não tenho o porquê  estar falando sobre isso… não com você, mas não sei o que fazer para deixar isso claro para ela… e você é uma garota, o que é aceitável nesse momento?

— Aceitável?

— É, o que posso fazer que seja aceitável? — ele a encarava, bem atento.

— Não sei… seja sincero? Não é só chegar e falar? — ela franziu as sobrancelhas.

ʏᴏᴋᴜʙᴏ, ʟᴇɢᴇɴᴅ. ⸺ Obanai Iguro +18Onde histórias criam vida. Descubra agora