P.O.V OBANAI [on]
Há muito à nossa frente, tanto do que nós ainda precisamos encarar juntos, mas agora eu não quero pensar em nada disso. Agora eu só quero aproveitar a proximidade dela. Eu quero assistir os movimentos gentis de sua respiração. Eu quero inalar o perfume suave de seu cabelo e me inclinar para o calor firme de seu corpo.
Cuidadosamente, eu toco meus dedos na bochecha dela.
Seu rosto é suave, livre de dor e tensão. Ela parece tranquila. Ela é linda.
Meu amor.
Seus olhos se abrem e eu me preocupo, por um momento, que devo ter falado alto, mas, então, ela olha para mim, seus olhos ainda suaves com o sono, e eu trago minha mão para seu rosto, desta vez arrastando meus dedos levemente ao longo de sua mandíbula. Ela fecha os olhos novamente. Sorri.
ㅡ Eu te amo ㅡ ela sussura.
Um choque de sensação aumenta dentro de mim, torna difícil para respirar. Eu só posso olhar para ela, estudando seu rosto, as linhas e ângulos que sempre quero apreciar.
Lentamente, deixara cair-se no sono novamente.
P.O.V. OBANAI [off]
Quando acordou no dia seguinte, ainda jazia nos braços do rapaz. Levantou-se, atordoada.
ㅡ Obanai... Obanai, acorde.
Sacudi-o com suavidade até que ele abriu os olhos, piscando. Obanai olhou para ela com um sorriso radiante, parecia nem se lembrar das ataduras.
ㅡ S/n ㅡ disse ele ㅡ Bom dia. Quero beijar você outra vez ㅡ acrescentou, muito convencido.
Ela se sentiu ruborizar. O que fizera? Confessara seu amor por Obanai na noite anterior, mas poderia se casar com alguém como ele? E que classe de mulher seria aos olhos de todos se mantivesse uma relação sem intenção de formalizá-la?
Quando voltou a olhar Obanai nos olhos, contudo, rechaçou toda censura.
ㅡ Bom dia ㅡ respondeu. ㅡ Também quero seus beijos.
E ele a beijou, mas não podiam passar todo o dia ali, concluiu, com uma pontada de culpa. Receberam missão em conjunto. Tinham de cumpri-la.
ㅡ Precisamos sair, S/n.
Levantou-se e foi se lavar no banheiro. A jovem foi para o lado contrário.
Ao caminho da missão, que até então não se sabia muito, eles não conversavam tanto, apenas curtiam a paz do caminhar. Porém, ao terem que apressar os passos, a situação ficou outra. A velocidade dos movimentos de S/n surpreenderam Obanai, ela estava tão rápida quanto ele.
Em certo momento, S/n teve que se distanciar alegando sentir uma presença demoníaca vinda da direção paralela a que eles precisavam ir, Obanai assentiu e continuou seu caminho.
Ao se aproximar do que pareciam ser um casarão, um ar tenebroso passou por seus fios, os movimentando levemente. S/n deu alguns passos e a energia demoníaca ficava mais intensa, deveria ter 2... 3... 4... Ou, até mesmo, 5 Oni's lá dentro.
A garota encarou os próprios pés, segurou duas de suas katanas e apertou com firmeza o cabo. Ela deveria encontrar Obanai e pedir reforço, ou, deveria averiguar o ambiente primeiro?
Sem pensar muito, a garota deu seus primeiros passos dentro do casarão, um Oni extremamente feio veio até ela no primeiro instante, mas com um movimento simples ela o matou. Isso se repetiu por minutos, a cada novo cômodo, era uma nova morte.
S/n se perguntara qual era o intuito de tantos Oni's em um lugar só, no qual a maioria não teria condições de comer, já que não havia vilas ou cidades por aquela região, e as presas que surgissem teriam outros estômagos para alimentar.
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ʏᴏᴋᴜʙᴏ, ʟᴇɢᴇɴᴅ. ⸺ Obanai Iguro +18
أدب الهواةQuando Hikari retorna para casa tarde da noite, ela é recebida por uma cena aterrorizante: sua mãe e seu irmão estão mortos. Antes que ela possa processar a tragédia, seu irmão ressuscita como um demônio sedento por sangue. Em um momento de desespe...