(Izabella)
Chegamos no clube e Carter logo teve que entrar em uma reunião com os membros, apesar de ser óbvio que ele não queria me deixar. Carter me trata como se eu fosse especial, como se ele visse mais em mim do que eu mesma vejo, e é viciante. Depois de pedir desculpas por ter que se ausentar, ele finalmente me deixou junto de Lili no bar e disse para eu não mover um centímetro até ele vir me pegar. Não consegui disfarçar meu sorriso ao ver Carter tão possessivo comigo, e senti que ele iria me beijar novamente, mas por fim ele só balançou a cabeça e se afastou. Eu totalmente o beijaria se ele tivesse iniciado, mas claramente não tenho pensado muito nas consequências dos meus atos.
- Como foi o dia de vocês? Se divertiram? - Lili me entrega uma taça de vinho e sorri docemente para mim - Devil parecia nas nuvens quando chegaram, mas também, ele tem parecido estar sempre assim desde que te encontrou.
- Realmente? - pergunto esperançosa e Lili solta uma risadinha me deixando envergonhada por estar tão ávida a informações - Foi um dos melhores dias que já tive em muito tempo, Carter é tão doce.
Agora Lili vira a cabeça para trás e solta uma gostosa gargalhada, me deixando confusa e me tirando da névoa sonhadora que Carter deixou ao meu redor.
- Querida, só você no mundo inteiro chamaria o Devil de doce.
- Bom, comigo ele é. - não sei por quê, mas sinto uma necessidade de o defender - Ele é o melhor homem que já conheci, doce, protetor e muito carinhoso comigo.
Lili me dá um sorriso feliz e me sinto tímida com toda a minha revelação. Continuamos conversando e ela me conta sobre seu trabalho como enfermeira, e como conheceu o marido Zero. Lili é tão fácil de conversar e gostar, sinto como se já fossemos amigas. Noto que ela evita perguntar qualquer coisa sobre o motivo que me trouxe até aqui, e isso só me faz gostar ainda mais dela.
Depois de mais algumas taças de vinho, duas mulheres com roupas minúsculas entram no bar. A loira bonita eu reconheço do escritório de Carter, é a mulher com quem ele estava discutindo. Quando ela me vê, lança um olhar furioso em minha direção antes de seguir a amiga para uma mesa um pouco afastada de onde estamos.
- Essas são algumas das putas do clube, elas andam com qualquer um dos irmãos e eles a passam entre si. Aquela ruivinha ali - Lili faz um gesto com a cabeça em direção a uma das mulheres - vivia correndo atrás do meu Zero, mas parece que aprendeu a lição agora. A loira é a Candy e está a anos tentando se tornar a old lady de qualquer um dos membros.
Lili as encara com nojo e um pouco de raiva, mas não elabora e eu não pergunto. Pelo seu sorriso de satisfação e o olho roxo que agora noto na menina, não precisa ser um gênio para entender o que aconteceu. Então deixa eu ver se entendi, os membros do clube transam com tudo que é mulher e depois, quando finalmente se casam com suas old ladies, elas têm que lutar por eles com as putas do clube? Definitivamente não é o tipo de homem que quero para mim. Depois de John, quero ser extremamente cuidadosa com quem me relaciono, e apesar de estar completamente encantada por Carter, jamais brigaria com uma mulher por ele. Até porque se Carter realmente me quiser, ele nunca vai dar espaço para outra mulher além de mim.
Simplesmente não é o tipo de atitude que eu tomaria, mas quem sou eu para julgar a Lili? Me digo mentalmente, depois de julgá-la de todas as formas possíveis sem nem ao menos entender a situação completamente.
- Querida, você parece perplexa - Lili coloca a mão na minha coxa chamando minha atenção de volta para ela - não é sempre assim. Em geral as old ladies são bem respeitadas e nosso casamento é sagrado para o clube, mas às vezes é preciso ser um pouco mais rígida.
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TREZE
RomanceAos quinze anos a vida de Izabella mudou completamente após sua mãe casar com um advogado americano. Mudando de país, cidade e amigos, Iza teve que se adaptar a uma nova realidade vivendo em Michigan e apesar de sentir falta do Brasil, ela conseguiu...