Capítulo 32

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(Izabella)

cinco meses depois...

Sorrio ao olhar o meu reflexo no espelho. Meu longo vestido floral é soltinho, mas não esconde a minha barriga redonda com o meu filho. É estranho e maravilhoso como de um dia para o outro eu acordei com uma barriga enorme, e Carter tem certeza que é porque o nosso filho é a cópia dele. E por mais que eu ame ter um mini Carter, espero que ele puxe um pouco o meu tamanho ou então o parto será bem mais doloroso do que o esperado.

Acabo de me arrumar e pego a minha bolsa antes de sair do quarto, sorrindo quando escuto uma música de ninar no quarto ao lado. Como já imaginava, encontro o meu marido configurando o móbile de ursinhos no berço do nosso filho. O quarto está praticamente todo pronto, mas ainda assim Carter consegue sempre arrumar outro objeto ou decoração que, segundo ele, "é de extrema importância termos". Acho fofo como ele passa horas pesquisando brinquedos, roupinhas e qualquer gadget para bebês. Amo comprar coisas para o nosso filho, mas Carter me supera e eu adoro isso.

- Sabe que ele ainda não vai dormir aí por pelo menos mais uns quatro meses, não é? - sorrio encostando no batente da porta enquanto observo ele acabar o seu trabalho dando uma risada - Do jeito que você arrumou tudo, parece que ele chega amanhã.

- Só quero estar preparado. - ele finalmente arruma o móbile do jeito que quer e vem até mim me puxando pela cintura - E como está a minha família esta manhã?

Passo os meus braços pelo seu pescoço e beijo os seus lábios. Acho que me apaixonei pelo Carter assim que o vi, quando saí do lago e ele me encontrou no que agora é o nosso lugar preferido. Na hora posso até não ter tido ciência do que estava acontecendo, mas hoje acho que foi instantâneo o meu amor por ele. No momento em que nossos olhos se conectaram, acredito que nos reconhecemos e a partir daí não tinha mais volta. E ainda assim, a cada dia que passa, eu o amo mais. A cada novo dia ao lado desse homem maravilhoso eu me apaixono novamente.

Vê-lo todo animado em se tornar pai, é demais para mim. A felicidade em ter ele ao meu lado, em ser dele é um sentimento puro e enorme. Valeu a pena tudo que eu passei para chegar até aqui, todas as vezes que sofri e me senti sozinha foram poucas se no final era esse o meu prêmio. Não ter mais a minha família ao meu lado e até mesmo ter tido o monstro do John na minha vida, tudo me levou até ao Carter. Não posso me arrepender ou sofrer por nada do meu passado se foi isso que me trouxe até ao homem que eu amo e a nossa família.

- Estamos bem, só com muita fome. - belisco o seu braço quando ele dá uma gargalhada - Ei, você prometeu um almoço especial, e o seu filho escutou. Não é a minha culpa que ele me deixe em um constante estado faminto.

Tem sido a nossa piada interna o quão faminta essa gravidez me deixou. Juro, é como se eu estivesse com fome vinte e quatro horas por dia. Até mesmo dormindo eu sonho com as refeições que farei quando acordar.

No começo tentei seguir uma dieta mais equilibrada, com medo de acabar engordando demais durante os próximos meses, mas Carter cortou isso pela raiz. Ele proibiu que eu me privasse de qualquer desejo ou vontade, e disse que a "sua esposa e filho não iriam definhar de fome só porque eu tinha medo de crescer belamente para acomodar o nosso bebê". Claro que era um total exagero, eu dificilmente definharia com o tanto de comida que ele vem me dado.

Em um dia que os meus hormônios estavam especialmente me deixando louca, eu chorei e confidenciei a ele que estava com medo que o meu corpo mudasse e ele não me desejasse mais. Carter ficou completamente ofendido com essa suposição, e disse que em hipótese alguma eu deixaria de ser a mulher mais linda e gostosa do mundo. Foi bom ouvir isso, mas ainda estava me sentindo insegura, então meu marido me surpreendeu mais uma vez. A partir desse dia, ele começou a me acompanhar em todas as minhas refeições. Incluindo todos os meus desejos loucos de madrugada. Ele disse que vai engordar e perder o seu físico junto comigo, assim eu não preciso me preocupar com as mudanças no meu corpo. Porque o dele também iria mudar.

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