Capítulo 11

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(Carter)

- Você quer o quê?

- Quero passar a titularidade das minhas terras para o nome da minha noiva. O mais rápido possível, pare tudo que estiver fazendo e foque só em mudar a posse da minha propriedade.

A linha fica em silêncio, mas sei que Spencer só está muito atônito para falar qualquer coisa. Meu advogado já teve que atender muita merda para mim do nada, desde tirar alguém da cadeia urgentemente até a conseguir abrir uma conta em um paraíso fiscal. E claro, o maior absurdo que já pedi a ele é querer que toda a minha propriedade vá para o nome de uma mulher.

- Devil, você entende que se passarmos a titularidade para o nome da...

- Izabella. - sorrio ao dizer o nome da minha Lucky Thirteen.

- Izabella. Ainda que a Izabella seja sua noiva e vocês se casem, uma propriedade adquirida antes do matrimônio não pode ser dividida em caso de divórcio. Ela vai ser a única proprietária, e pode, se quiser, tirar o clube e tudo o mais das terras dela. Você entende isso?

Me irrita a forma condescendente com que ele fala, como se eu fosse a merda de um idiota que não entende porra nenhuma. Claro que sei muito bem das consequências do que estou fazendo, e sinceramente não estou nem um pouco preocupado.

Desde que deixei Iza sozinha se arrumando para eu planejar nossos próximos passos, comecei a pensar no que poderia dar para ela de seguro. A coisa mais importante e valiosa que tenho são as terras que minha família deixou para mim. Não só o clube fica aqui, como as casas de vários membros e a minha praia particular. Dar a titularidade para a Lucky Thirteen vai ser a maior prova de que ela pode confiar em mim acima de qualquer coisa.

Não me preocupo nem um pouco em perder minha propriedade no divórcio, porque simplesmente não vai existir um. Tenho um ano para fazer ela se apaixonar por mim e me desejar assim como a desejo. Um ano para a fazer entender que nascemos um para o outro, e é o nosso destino ficarmos juntos. Não sou de desistir, e muito menos de não conseguir o que quero, então vou fazer tudo o que for preciso para conseguir firmar meu relacionamento com a minha estrelinha. Até o fim deste ano ela vai ter a certeza que não pode viver sem mim, ela vai entender que somos inevitáveis.

- Não sou idiota, Spencer. Entendo absolutamente tudo e não me importo. Só preciso que você me mande esses papéis até o fim da tarde.

- Mas, Devil...

- Você tem umas duas horas.

Desconecto a ligação ignorando sua súplica para que eu reconsidere minha decisão. Não há nada que me faça mudar de ideia, só quero correr com isso o mais rápido possível. Quando antes esses papéis estiverem em minhas mãos, antes posso me casar com a minha noiva.

- Pres, podemos conversar? - Priest abre a porta do meu escritório e coloca metade do seu corpo para dentro esperando minha resposta.

- Entra aí.

Ele se senta na cadeira à minha frente e coloca seu notebook em cima da minha mesa. Quando ele vira a tela para mim, tomo um susto e todo meu bom humor se dissipa.

- Que porra é essa? Quando isso saiu?

- Hoje de manhã. - trago o computador para mais perto de mim e na tela vejo a foto da Lucky Thirteen em um cartaz de desaparecida - Eu consegui entrar em contato com um dos policiais da nossa folha de pagamento, ele disse que vão começar a espalhar o alerta para outros Estados.

Que porra, isso aconteceu mais rápido do que esperava. Preciso apenas do fim de semana, mais dois dias, e estamos livres desse tipo de ameaça.

- Eles precisam segurar isso aqui em Michigan até segunda. - encaro Priest com intensidade enquanto falo - Esse alerta não pode ser distribuído em hipótese nenhuma.

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