Capítulo 12

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(Izabella)

Depois de uma longa viagem na primeira classe, chegamos na cidade do pecado. O cansaço deixou meu corpo completamente assim que saímos do aeroporto para o carro que Carter tinha nos esperando. Fico maravilhada com as luzes brilhantes de Las Vegas, a extravagância dos hotéis e o luxo dos cassinos. Sempre quis vir aqui, mas ainda tenho vinte anos, então sempre me pareceu uma perda de tempo, já que não poderia nem beber nem apostar. Claro que agora minhas intenções aqui são bem diferentes, e bem longe de tudo que imaginei um dia ser capaz de fazer.

- Não acredito que estamos mesmo aqui! - mudo minha atenção da janela para a expressão relaxada de Carter e sorrio feliz para ele.

- Pensa bem, querida. - ele coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha enquanto me olha atento - Nos conhecemos a pouco tempo e nos apaixonamos loucamente, qual o melhor lugar para cometer uma loucura como se casar com um quase desconhecido? Vegas. Assim vai parecer mais verídico que estamos doidos um pelo outro, além de ser mais rápido.

- E bem mais divertido! - volto a olhar pela janela até que o carro para na porta de um hotel-cassino enorme.

Carter me ajuda a sair do carro e manda o motorista que nos pegou no aeroporto lidar com as nossas bolsas. Ele passa o braço pelo meu ombro e me leva para dentro das portas como se fosse o dono do lugar, e de mim. A ideia de pertencer a ele me deixa com borboletas no meu estômago, e o encarando de lado penso como tenho sorte desse homem ter me salvado. Não só ele é um homem bom e justo, como também o homem mais gostoso que já vi em toda a minha vida.

Ele está com seu mesmo look de sempre: calça jeans, camiseta preta e uma jaqueta de couro com apenas o corte do clube faltando. Porém, nele tudo parece ter saído de uma passarela, Carter tem uma energia dominante que poucos homens têm. Ele não precisa forçar nada, naturalmente sua presença exala perigo e intensidade. Mesmo agora, entrando nesse hotel primoroso que em uma situação normal me deixaria deslumbrada só por ser algo bem fora da minha realidade, Carter consegue ser ainda mais de tirar o fôlego. Sua presença prende totalmente minha atenção, e isso não é nada bom para o nosso casamento de mentira. Estou muito ferrada.

Não posso deixar de notar que muitas mulheres também veem o que vejo. Fica ainda mais óbvio no caminho que fazemos da porta do hotel até ao balcão da recepção, quando quase todas as mulheres na área se viram para o checar. Algumas nem mesmo disfarçam, e isso me deixa louca de ciúme. Poxa, não é porque nossa relação é inventada que elas podem simplesmente cobiçar o que é supostamente meu. Até que se prove o contrário, esse homem gostoso ao meu lado é todo meu. E é só por isso que aperto meu abraço na sua cintura, como se marcasse meu território. Por uma questão de princípio, ao mesmo tempo que tento repetir o mantra de sermos só amigos mentalmente.

- O que acha? - Carter se debruça relaxadamente de lado no balcão, enquanto a recepcionista faz o nosso check-in.

- Adorei! É tudo tão brilhante, parece que estou dentro de um filme. - ele ri do meu entusiasmo e eu o cutuco na sua barriga trincada - Só é injusto que não posso fazer quase nada divertido aqui, ainda tenho vinte anos.

Faço um beicinho, brincando como se estivesse de fato arrasada com a situação. Carter sai da sua posição relaxada e se aproxima bem de mim, pegando meu queixo entre seus dedos tatuados. Tenho certeza que paro de respirar com a tensão sexual que emana entre nós dois quando nos encaramos tão de perto. Só amigos, só amigos, só amigos. Se eu repetir vezes o suficiente, vou parar de desejar o corpo dele?

- Querida, com tanto que você esteja comigo, você pode fazer o que quiser e ir em qualquer lugar. Acha mesmo que te traria a Vegas e não iriamos ficar loucos? Por favor!

TREZEOnde histórias criam vida. Descubra agora