Capítulo 17

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(Carter)

Sento na minha cadeira tentando pensar na melhor forma de lidar com os meus sentimentos. Tenho tentado dar um tempo para a Iza, não quero pressioná-la a pensar que precisa retribuir meu amor por ela. Quero que ela se apaixone por mim como me apaixonei por ela porque é inevitável, e não por algum senso de gratidão ou porque se viu contra a parede.

Tem sido cada dia mais difícil não dizer o que estou sentindo, e por isso tenho a evitado. Ela já percebeu, e sei que está chateada, mas o que mais posso fazer? É isso ou implorar que ela me ame. E estou bem perto de quebrar. Cada minuto ao lado dela é uma lembrança da perfeição que ela representa, nunca senti tanta conexão ou amor por outro ser humano em toda a minha vida. Ela mudou completamente o meu mundo, e desde sua chegada em minha vida não consigo esconder a felicidade que sinto.

Com ela agora tenho um lar, ela transformou aquela casa vazia em um lugar acolhedor que passo o dia contando os segundos para voltar. A ver na nossa cama, junto das coisas que escolhemos juntos para nossa casa, é intoxicante pra caralho. É tudo demais para mim e tenho que me policiar. Ir dormir com ela todas as noites colada ao meu corpo, após fazê-la minha, é uma experiência transcendente. Por isso, toda manhã, acordo bem antes dela e fujo. Saio correndo antes de quebrar e dizer a ela que a amo com todo o meu coração, que nunca mais vou sair do lado dela, que para sempre é pouco tempo para nós dois. Não porque não quero que ela saiba o que sinto, mas porque se ela não sentir o mesmo, simplesmente não vou aguentar.

Escuto uma batida na porta do meu escritório, e perdido em meus pensamentos, apenas mando quem quer que seja entrar. Para meu desprazer, Candy entra com a cabeça abaixada parecendo triste. Apenas a minha sorte ter que lidar com essa merda tão cedo.

- O que você quer? - começo a mexer nos papéis que preciso enviar para meu advogado apenas para não ter que olhar na cara dessa vagabunda - Estou ocupado.

- Só queria te pedir desculpas por aquele dia. Doc não tem me deixado ficar ao seu redor, disse que o envergonhei e que não posso mais me aproximar, mas queria de verdade me desculpar.

- Tudo bem, contanto que não me encha o saco e jamais desrespeite a minha old lady, não teremos problemas.

Ainda sem a encarar, espero que ela já tenha deixado a minha sala, mas de repente ela cai de joelhos ao meu lado. Levando um susto, viro a cadeira e a encaro perplexo.

- Que merda é essa, Candy? - pela primeira vez olho bem o que ela está vestindo e vejo que seu top mal cobre seus peitos e sua saia é quase transparente. Elegante como sempre.

- Só pensei que talvez pudesse me desculpar como nos velhos tempos. - ela passa a língua pelos lábios e geme falsamente, tentando soar sensual - Você sempre amou gozar na minha boca. Doc não vai se importar, na verdade, se o convidarmos ele vai amar me ver sendo fodida por você.

Meu estômago se revira de nojo. A única coisa que sinto agora é uma extrema repulsa pela cena à minha frente. Candy já não me tentava a muitos anos, mas depois que tive um gosto da minha estrelinha, apenas não consigo nem mesmo a encarar sem me sentir enojado. Não há nada no mundo que se compare a minha esposa, e depois de finalmente saber o que é tê-la em meus braços, como é gozar fundo dentro dela, como é poderoso amá-la. Simplesmente é impossível pensar em tocar em qualquer mulher que não seja ela. Ainda que por algum motivo Lucky Thirteen nunca mais me quisesse, ainda assim, eu preferiria nunca mais tocar em ninguém do que ter menos do que o que ela me dá.

E ver algo perturbador como Candy na minha frente se oferecendo para mim de maneira tão nojenta, é estarrecedor. De repente um ódio escaldante sobe pelo meu corpo, e sem conseguir me parar, me aproximo dela a pegando forte pelos cabelos. Ela fecha os olhos e protesta de dor, apenas me dando a satisfação de saber que a estou machucando.

TREZEOnde histórias criam vida. Descubra agora