Uma história de amor entre 4 pessoas que acontece quando não havia os recursos tecnológicos que tem hoje: internet,celular,redes sociais...
A história fala sobre o amor e suas alegrias,amarguras,escolhas.Como os sentimentos podem nos prender, mas ta...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Depois daquele dia arrumei mais duas casas de família para trabalhar, eu conversei com as minhas patroas e fui alternando os dias, cada dia estava em uma casa diferente, me esforçando bastante para conseguir um bom dinheiro.
Eu já não estava aguentando mais, o cansaço, as humilhações, ficar tanto tempo com a roupa molhada em frente ao tanque na lavanderia daquelas casas lavando muitas e muitas peças de roupas, máquinas de lavar ainda era uma possibilidade bem distante no país, poucos tinham, depois pegava as roupas e as colocava para secar no sol as pressas e ainda tinha que passar tudo antes de ir embora para casa.
Ainda me lembro, em uma das casas eles não permitiam que os empregados comessem carne boa, nós comíamos linguiças (um pedacinho) ou ovos, toda a nossa comida era diferente da família da casa.
Em outra casa a gente não comia sobremesas, eu apenas via e minha boca se enchia de água, não podíamos também beber sucos de frutas nem refrigerantes, só água. As frutas por vezes eram oferecidas uma laranja ou uma banana como um prêmio.
Tinha a empregada que morava lá a Terezinha, ela as vezes me dava sobremesa escondido, eu era passadeira nessa casa e via o quanto aquela pobre criança sofria, era uma menina de apenas 13 anos, mas tinha que se comportar como uma adulta e encarar todo o serviço da casa desde a hora que acordava até a hora de dormir e todo seu dinheiro era mandado para a família no interior de Minas Gerais.
Nem sonhava em estudar e mal sabia ler alguma coisa.
Em uma das casas, o marido de minha patroa a dona Carminda, era um velho tarado, ficava de longe me observando e as vezes apalpava suas partes íntimas e aquilo era tão constrangedor, eu fiquei com medo do velho.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Comprei umas fichas de telefone no boteco perto de casa e fui até ao "orelhão" (telefone público), liguei para dona Carminda e disse para ela arranjar outra lavadeira e passadeira que eu não iria mais lá.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Mas nada, nem ninguém, me faziam desistir de trabalhar muito todos os dias, até alcançar meu objetivo.
Eu trabalhava duro e pagava as contas de casa, ultimamente nem isso Pedro estava fazendo, eu comprava a alimentação de meus filhos e o resto guardava escondido com um único objetivo.