Uma história de amor entre 4 pessoas que acontece quando não havia os recursos tecnológicos que tem hoje: internet,celular,redes sociais...
A história fala sobre o amor e suas alegrias,amarguras,escolhas.Como os sentimentos podem nos prender, mas ta...
Raimundo o marido de Branca ia fazer aniversário, então ela planejava fazer uma festa ou um almoço para ele e me chamou para dar minha opinião, nós sentamos e discutimos e ficou decidido que haveria um almoço.
E assim foi feito.
Era domingo, fazia muito calor no Rio de Janeiro, estava um dia lindo em Niterói onde morávamos. Eu, Branca e umas amigas que fiz no trabalho estávamos atoladas na cozinha, preocupadas em deixar tudo pronto para o aniversário de Raimundo e graças a Deus quando ele chegou do futebol com seus amigos tudo estava pronto e organizado.
Foram entrando pela casa aquele tanto de homem, uns com violão, outros com pandeiro, outros com cavaquinho, os amigos que trabalhavam com ele na Marinha, a vizinhança, tinha muita gente e Branca começou a ficar aflita achando que toda a comida que fizemos não fosse dar para todo mundo.
Mais tarde todos já haviam comido bastante e ainda restava um pouco, então aconteceu a roda de samba. Havia tanto tempo que eu não me divertia, já nem sabia mais o que era dançar, deixei me envolver no ritmo da música e quando dei por mim estava no meio do pessoal requebrando e batendo palmas, só parei quando percebi que estava sendo observada no meio da multidão.
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Olhei para o lado e perto da pilastra estava um homem a me observar, eu fingi que não estava ligando, mas ele não tirava os olhos de mim, fiquei sem graça e o requebrado começou a ficar uma coisa sem jeito, então parei e fui para perto do jardim da casa e assentei-me em um toco de árvore que Raimundo havia cortado e feito um banco.
O homem veio e se assentou do meu lado no banco e começou a me olhar, eu fiquei sem graça, quando ia levantar ele me puxou pelo braço e disse:
-Ei! Ei! Não precisa ter medo de mim!
Deixe-me apresentar?
Sou o Mariano, mais conhecido como sargento Mariano, eu também sou do quartel da Marinha, sou colega do Raimundo, o Mundão, ele me conhece, não precisa ter medo de mim.
E eu respondi:
-Não é medo! Só achei estranho alguém ficar me olhando desse jeito.
Eu e Mariano fizemos uma amizade, ficamos conversando no resto da tarde. Ele se mostrou um homem divertido, inteligente, era bom conversar com ele, era agradável, me fez rir muito com suas brincadeiras, ria e debochava dos colegas contando sobre o dia a dia no quartel da Marinha.
A festa já estava acabando quando Raimundo reuniu todos e disse que estava muito feliz porque Branca lhe contou que ele iria ser pai.
Ele ganhou um banho de cerveja dos colegas, depois o carregaram jogando ele pra cima.
Foi um dia muito agradável, eu dancei, cantei, me diverti como há muito tempo não acontecia, eu fui feliz.