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Resumo:

Olha o que a maré traz~

Aviso: hormônios adolescentes.

                                ~•○O○•~   

O movimento da casa do leme é tão suave como se deslizasse sobre veludo. Tão calmo que ele vê como Elinda adormeceu sentada entre Zoyla e Marissa. Ela tem o sono pesado e nada pode perturbá-la.

Os deuses não foram misericordiosos com ela, pois seu sono leve a impediu de aproveitar a viagem.

Tudo por causa do coro de vozes ao seu redor.

Tudo começou no navio, Alicent havia lido sua correspondência, mas um dos nortistas, Wynfrid para ser mais específico, propôs entretenimento envolvido.

Não foi uma luta de espadas desta vez. Mas eles cantarão músicas de suas regiões. Começando pelos mais populares, Vera começou timidamente, para aumentar a confiança de Marissa e Faye. Josie pegou emprestado um dos instrumentos do navio e tocou-o assim que pôde.

Ele não sabe quando eles deixaram de ser as vozes imponentes que foram treinados para ouvir desde a infância e se tornaram uma tripulação de marinheiros entusiasmados. Sem se importar se ficou perfeito, e mais focados em aproveitar o momento assim que perceberam que os demais conheciam a letra da música.

Sortudos foram os marinheiros, que lhe lançaram um olhar de pena assim que perceberam que não pararam nem ao desembarcar.

Alicent teve a ideia maluca de que Wynfrid fez isso intencionalmente. Quando percebeu seu sorriso maligno por trás do grupo, ele entendeu por que os Boltons são temidos no Norte.

É verdade que ela não esfolou ninguém como seus ancestrais, mas fez Alicent querer arrancar suas orelhas.

Galice agitou os braços, dançando no local, com Danna movendo a cabeça sem ritmo.

Pelo menos ela descobriu que muitas das mulheres do norte, como Ollive e Genya, eram naturalmente talentosas para cantar. Mas seus dons foram ofuscados pelo tumulto caótico que ela tem a infelicidade de chamar de “amigos”.

Ele os ama muito. Mas eles apenas o lembraram, com suas enormes canções de amor, que Rhaenyra já devia ter chegado a Driftmark. E Alicent não está lá para lhe fazer companhia.

Eu estava pronto para cantar para ele uma música muito diferente. Um que fosse privado. E que o instrumento utilizado é a própria Alicent, com a mão talentosa da Herdeira.

Estou ficando muito viciado.

Yenna piscou para ele, sentando ao lado dele.

–Lady Zheng me disse que, de acordo com suas perguntas, não precisaremos esperar a maré baixar. O caminho será direto – ela pegou alguns cabelos castanhos – Relaxe – diz ela com total compreensão – Nossa querida Senhora certamente vai querer que você a atenda. Em privado.

Alicent bufa – Cale a boca.

Yenna dá um tapinha no ombro dele. Maneira amigável. A jovem respeitou seu relacionamento com Rhaenyra, e não voltou a fazer investidas nela. Mas ter um amigo que sabe sobre eles e não os julga é bastante libertador.

Uma parte dele esperava que Luke descobrisse também. Ele é seu melhor amigo.

–Ouçam isso, meninas! –diz Galice com Faye, e só consegue pensar “ah, não” por não ter reagido rapidamente como Sam, que tapou os ouvidos.

O que veio foram as notas mais altas que os seres humanos poderiam ter feito. Ele acha que viu um cachorro passando pela casa do leme, fugindo e choramingando.

There is a ghost in your eyes (a promise from a better tomorrow). {TRADUÇÃO}Onde histórias criam vida. Descubra agora